Cirurgia de mudança de gênero é proibida para crianças e adolescentes, em Utah, nos EUA
Uma nova lei determina que médicos não podem operar menores de idade, além de outras medidas. Entenda
Em Utah, nos Estados Unidos, um projeto de lei passa a proibir que médicos realizem cirurgias de mudança de sexo em menores de idade.
Quadro geral:
O governador do estado de Utah, Spencer Cox, aprovou a lei que cria uma série de medidas que envolvem a mudança de gênero em crianças e adolescentes. Tudo isso em meio à discussão que tal decisão impactaria no futuro deles e na quantidade de casos de pessoas arrependidas do procedimento, conforme envelhecem.
“Mais e mais especialistas, estados e países ao redor do mundo estão interrompendo esses tratamentos permanentes e que alteram a vida de novos pacientes até que mais e melhores pesquisas possam ajudar a determinar as consequências a longo prazo”, declarou o governador.
Entre as medidas da nova lei estão:
- Novos requisitos para que médicos prescrevam bloqueadores hormonais e hormônios sexuais cruzados para crianças com disforia de gênero.
- Fica proibido que profissionais de saúde prescrevam terapias hormonais para novos pacientes que não tenham sido diagnosticados com disforia de gênero antes de um determinado período de tempo e exige que os provedores atendam a certos requisitos.
- Fica proibido que médicos realizem cirurgias de mudança de sexo em menores.
- As pessoas podem entrar com um processo de imperícia contra os provedores de tratamento a que foram submetidos quando menores de idade, se não consentirem mais com a mudança de sexo.
O que analisar:
Existe um crescente número de casos de pessoas arrependidas de realizarem o tratamento de mudança de gênero ao redor do mundo. Inclusive, um documentário da Fox Nation, chamado “Transgressive: The Cult of Confusion”, mostra pessoas que alteraram seu sexo e se arrependeram da decisão.
Como foi o caso de Helena Kerschner, que tem sua história contada na produção. Desde os 15 anos ela começou a se identificar como menino, enquanto sofria de depressão e ansiedade.
Ela conta que foi encorajada a mudar o seu gênero cirurgicamente, por meio das redes sociais, mas hoje se arrepende da decisão e deixou de se reconhecer como homem.
“Eu tive um grande momento de realização, onde percebi o quanto me arrependi de tudo isso, e eu estava errada e não sou trans. E foi como se a nuvem tivesse acabado de se levantar e eu imediatamente me tornasse uma pessoa normal novamente. Eu imediatamente me tornei eu mesma novamente”, afirma ela.
Relembre também casos de jovens que arrependeram do procedimento:
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