Estudo aponta aumento de suicídio entre jovens após estreia da série “13 Reasons Why”

Após três meses no ar pela plataforma Netflix, houve um aumento de 13% nos casos. Entenda melhor

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A série “13 Reasons Why” (Os 13 porquês), lançada pela plataforma de streaming Netflix em março de 2017, conta a história de Hannah Baker, uma adolescente de 17 anos que tirou a própria vida. Em cada capítulo, a série traz questões como sexualidade, depressão, bullying, estupro e consumo de álcool e suicídio.

À época que foi lançada, a série causou discussões por todo o mundo. Entidades que atuam na prevenção ao suicídio criticaram o programa. Alguns especialistas também se manifestaram contra a produção.

E, claro, a preocupação é verdadeira. Um estudo publicado na revista Jama Psychiatry apontou que nos três primeiros meses após a estreia da série, houve um aumento de 13% em casos de suicídio entre jovens (homens e mulheres) de 10 a 19 anos. A pesquisa foi realizada pela Unidade de Promoção de Saúde Mental e Pesquisa Suicida da Universidade Médica de Viena.

Além disso, o estudo ainda apontou 66 casos a mais que o esperado entre os homens. Isso representa um aumento de 12,4%.

Semelhantemente, houve um aumento de 21,7% em casos de suicídio entre as mulheres no período de 1 de abril a 30 de junho de 2017.

“O fato de que esta associação foi vista apenas no grupo demográfico, que foi semelhante ao da garota de 17 anos da série – Hannah Baker -, e o aumento mais forte entre as meninas, bem como a ausência de alterações nos suicídios em outras faixas etárias, é, claramente, consistente como um possível efeito imitação”, declarou o Doutor Thomas Niederkrotenthaler, principal autor do estudo.

Má influência

Em entrevista ao programa “Brasil Notícias”, apresentado pelos jornalistas Ana Carolina Cury e Décio Caramigo, pela Rede Aleluia (99,5 FM) e Rádio Record (1000 AM), a psicóloga Mônica Raouf El Bayeh alerta que jovens podem ser influenciados pelo que assistem.

“O que passa pelo celular, internet e televisão dá a ideia do que pode ser feito. Então, coisas que não tinha pensado, você passa a pensar. Esse é o grande perigo das influências dos filmes, das séries e das músicas”, alertou a especialista.

Além disso, para Mônica, os pais devem estar atentos ao que os filhos veem e ouvem. “Quem é pai deve perceber o que está acontecendo e o que os filhos estão assistindo. Hoje em dia, os filhos assistem coisas sozinhos, mas nem sempre têm discernimento se aquilo é bom e que a pessoa que ele está admirando está fazendo um monte de besteira”, recomendou a psicóloga.

Semelhantemente, a Master Coach, Ana Paula de Freitas, ainda alerta que as informações consumidas pelo ser humano são armazenadas e podem influenciar nas atitudes.

“Os conteúdos pesados e negativos influenciam sim na nossa vida, uma vez que o nosso subconsciente registra como um arquivo de informações. Então, tudo o que nós assistimos e ouvimos influencia em nossas atitudes”, destacou Ana Paula.

Uma mentira que não deve ser propagada

 A série conta a história de uma garota que se suicidou e deixou uma sequência de mensagens gravadas em fitas. Durante os episódios, pessoas que estariam relacionadas às causas pelas quais motivaram a jovem tirar sua vida, deveriam escutar.

Além disso, a série ainda apresenta conflitos que a maioria dos adolescentes enfrenta nessa fase da vida, que pode ser a mais difícil para o ser humano. Contudo, nas entrelinhas, a série sugere que a única forma de acabar com o sofrimento causado pelo bullying, depressão e abuso é a automutilação e o suicídio.

Uma narrativa bem construída no aspecto técnico, mas nada verdadeira. Aqui em nosso portal Universal.org, por exemplo, constantemente são apresentados casos de pessoas que conseguiram vencer a depressão e o desejo de suicídio.

Cláudia Sofia Cruz, de 19 anos (foto ao lado), por exemplo, é portuguesa, vive em Lisboa, em Portugal. Ela conta que o bullying e os problemas familiares foram fatores determinantes para que ela se sentisse deprimida e tentasse o suicídio.

“Eu sofria bullying, mas achava que ia passar. Até que um dia me derrubaram e eu fui parar no hospital com traumatismo craniano”, recorda a jovem.

Após o acontecimento, Cláudia passou a se cortar para sentir-se aliviada daquele sofrimento. “Entrei em depressão e pensava que a culpa de tanto sofrimento era minha.  Vivia isolada no quarto. Quem me via, achava que eu estava bem, mas se eu falasse sobre bullying eu chorava. Eu me cortava, desfalecia e caía no chão. Eu sabia que não iria acabar, mas aliviava o que eu estava sentindo”, relata

Contudo, um dia Cláudia foi apresentada à fé. Uma fé inteligente e funcional que a ajudou e superar a depressão e o desejo suicida. “Me libertei dos complexos, da depressão, dos pensamentos e tentativas de suicídio e de todo o inferno que habitava em mim”, comemorou a jovem.

Tem cura, sim!

Assim como Cláudia, qualquer pessoa que deseja ser livre da depressão e pensamentos suicidas também pode. Basta dar uma chance à fé, assim como ela fez.

O Bispo Edir Macedo, em uma publicação em seu blog, esclarece que a depressão e o suicídio são problemas espirituais. “Que droga medicinal é capaz de curar uma enfermidade espiritual? Quantas pessoas se suicidam, após crises depressivas? E o que as filosofias freudianas têm feito para reverter tal quadro? Nada!”, aponta o Bispo, acrescentando que  se o problema é de origem espiritual, sua solução também é espiritual.

E acrescentou: “Em se tratando de problema espiritual não há como evitar apelar para a fé”.

Se você está passando por situações difíceis, tem se sentido extremamente triste e vazio, não encontra sentido para continuar vivendo e tem pensado até em tirar a própria vida, participe de um dos encontros que acontecem na Universal.

Especialmente, às sextas-feiras, em diversos horários, há reuniões especiais e orações pela cura da alma. Procure aqui uma Universal mais perto de sua casa e compareça.

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Colaborador

Rafaela Dias / Foto: Divulgação