TVI anuncia quebra de 90% dos lucros e venda é divulgada

Emissora de televisão portuguesa foi a responsável por uma campanha difamatória contra a Universal em 2017. Relembre e saiba mais

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A imprensa de Portugal tem destacado nos últimos dias a venda da Media Capital – dona da TVI (emissora de televisão portuguesa, em funcionamento desde 1993) – à Cofina, editora portuguesa fundada em 1995, dona de veículos como o Correio da Manhã, jornal de maior circulação do país.

O Grupo espanhol Prisa, que detêm 94,4% da Media Capital, convocou uma assembleia extraordinária para o próximo dia 29 de janeiro, para que os acionistas votem pela decisão de venda. A informação vem de uma nota enviada à Comissão Nacional de Valores Mobiliários espanhola (CNMV) nessa sexta-feira (27).

A venda foi anunciada em setembro desse ano, mas só recentemente as duas empresas chegaram a um acordo. A Cofina vai pagar menos de 50 milhões de euros do que o previsto. A saber, 205 milhões de euros. O ajuste do valor teria sido feito uma vez que as contas da empresa se agravaram.

Depois de prejuízos de quase cinco milhões de euros no terceiro trimestre, a TVI anunciou uma quebra de 90% dos lucros nos primeiros nove meses de 2019 – num contexto de perda de audiências. A Prisa espera fechar o negócio no primeiro trimestre de 2020.

TVI e as acusações contra a Universal

A TVI, no final do ano de 2017, iniciou uma campanha difamatória contra a Universal no país europeu. A falsa acusação era a de que a Igreja promovia adoções ilegais de crianças, na década de 1990. E, uma investigação começou após a série de reportagens exibidas pela emissora de televisão.

Apesar de todo o embate da TVI, a Procuradoria-Geral da República em Portugal não detectou qualquer irregularidade no processo. A jornalista Alexandra Borges, que produziu as reportagens, responde na Justiça pelas notícias falsas criadas contra a Universal em 2017.

Além disso, segundo a Lei de Imprensa de Portugal (artigo 24.º da Lei nº.2/99, de 13 de Janeiro), a Universal também ganhou direito de resposta na mídia portuguesa. Posteriormente, em maio de 2019, o Ministério Público de Portugal arquivou o inquérito que investigava a falsa acusação da TVI.

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Redação / Imagem: Reprodução