Por que as franquias podem ser um bom investimento?

Mesmo durante a pandemia, o setor movimentou R$ 167 bilhões no Brasil

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Elas surgiram nos Estados Unidos na década de 1950 e começaram a chegar no Brasil nos anos 1990. Muitas delas são destaque em diversos segmentos, como alimentação, construção, entretenimento e lazer, moda, saúde e bem-estar e serviços automotivos, entre outros. Estamos falando das franquias: um modelo de negócio em que o franqueador concede ao franqueado o direito de usar sua marca ou patente. No Brasil, mesmo com uma redução de 2,6% de unidades no total de franquias em 2019 por conta da pandemia, o setor movimentou R$ 167 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Para Caio Massao Ito, especialista em marketing e consultor do Sebrae/SP, as franquias podem ser vantajosas para novos empreendedores. “As vantagens são que a franqueadora detém o conhecimento da dinâmica do mercado de atuação e passa essa experiência para o franqueado, além de deter a expertise da operação, normalmente, com todas as fases do negócio já vivenciadas.

Considerando essa visão do modelo de franquias, a estatística de risco do negócio pode ser menor”, avalia.

Ito explica que o empreendedor que deseja transformar sua empresa em uma franquia deve seguir as normas previstas na Lei 13.966/19, que regulamenta esse modelo de negócio. “Empresas de qualquer porte podem se privilegiar do sistema de franquias. Cada empresa franqueadora determina os valores mínimos e máximos de investimento, a começar pela taxa de franquia, que é o valor que o investidor deve pagar na assinatura do contrato”, esclarece.

Antes de iniciar o processo de franquia da empresa, é necessário ter o registro da marca que deseja franquear. “O próximo passo é formatar todos os processos operacionais e jurídicos, incluindo a infraestrutura necessária para sua viabilização. Não existe correlação de empreender em franquia e trabalhar pouco. A questão é que o empreendedor em franquias não precisará testar a operação e terá uma marca já testada no mercado, além de ser acompanhado e orientado pela franqueadora, e aproveitará a divulgação capilarizada em razão do número de unidades franqueadas”, observa.

Também há obrigações, como seguir as regras e padrões estabelecidos, fazer a gestão da empresa e prestar contas da operação. “Para isso é importante a relação entre franqueadora e franqueado, que deve ser uma via de mão dupla, uma parceria. O franqueado está na linha de frente e pode transmitir a realidade da operação (dificuldades, ameaças, oportunidades, etc.) e o franqueador pode aproveitar as informações passadas pelos seus franqueados e direcionar estrategicamente a marca para que ela obtenha mais resultado”, afirma Ito.

Independentemente do valor do investimento, Ito recomenda que o empreendedor estude o tema para não embarcar em uma jornada de insucesso. “Conheça a lei que rege o sistema de franquias e, quando identificar a marca adequada ao seu investimento e perfil, a palavra de ordem é pesquisar tudo sobre essa marca. Converse com os franqueados da marca pesquisada e analise minuciosamente a Circular de Oferta de Franquia (COF), documento em que constam as regras do jogo”, alerta Ito.

Para quem está buscando empreender e ainda não escolheu o seu modelo de negócio, uma dica é participar do Congresso para o Sucesso, palestra motivacional que ocorre no Templo de Salomão, em São Paulo, todas as segundas-feiras, às 7h, 10h, 12h, 15h, 18h30 e 22h, ou na Universal mais próxima de você. Faça como milhares de pessoas que estão sendo bem-sucedidas depois que encontraram uma nova visão para seus empreendimentos.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Foto: Getty images