Parado por desmaios, mas seguindo pela Fé
Descubra como uma família unida em oração mudou um diagnóstico de invalidez
Por anos, dirigir era a forma de Luiz Cláudio Belo Corrêia, de 50 anos, motorista de caminhão, sustentar e dar dignidade à família. Sua esposa, Adriana da Rocha Belo Corrêia, de 51 anos, parceira de vida e de Fé há mais de duas décadas, sempre esteve ao seu lado. Eles têm três filhos e enfrentaram um dos episódios mais difíceis de suas vidas quando uma doença misteriosa quase parou não só o caminhão, mas também a vida de Luiz Cláudio.
A doença
Tudo começou em 2019, quando Luiz Cláudio tinha desmaios frequentes. A princípio, os médicos não identificavam a causa. “Eles falavam que era problema no coração, que as veias estavam entupidas, mas, na verdade, ninguém sabia dizer exatamente o que ele tinha”, diz Adriana.
Luiz Cláudio foi submetido a um cateterismo, procedimento em que é colocado um cateter em um vaso sanguíneo do punho ou da virilha que vai até o coração para diagnosticar e tratar condições cardíacas, principalmente obstruções das artérias coronárias, que levam sangue ao coração. O resultado mostrou que as veias não estavam entupidas.
Depois de mais uma série de exames e internações, o diagnóstico foi conhecido: hipertireoidismo severo, uma disfunção na tireoide que, entre outros problemas, afetava o coração dele, causava falta de oxigênio no seu cérebro e o desmaio. Os médicos explicaram que a doença fazia o coração dele trabalhar de forma acelerada, o que não permitia o bombeamento suficiente de sangue. A filha dele, Gabriela da Rocha Corrêia, manicure de 26 anos, conta o que acontecia com o pai: “O coração dele disparava tanto que o próprio organismo entendia que ele precisava apagar para não morrer. Era como se o corpo dissesse: ‘Desliga para não falhar de vez’”.
Ele foi afastado do trabalho por tempo indeterminado e relata que o cardiologista foi categórico: “Venda seu carro e sua moto. Você não vai poder mais dirigir, pois está inválido”.
A revolta
Adriana se recusou a aceitar o diagnóstico. Membro da Universal, ela se agarrou à sua Fé. “Eu disse para o médico: ‘Doutor, eu não aceito isso. Eu sirvo ao Deus Vivo e Ele vai curar meu esposo’”.
Enquanto ele estava internado, ela fazia propósitos de oração, levava água consagrada aos domingos na Universal para o hospital e a dava para que ele bebesse. Além disso, diz, os filhos se uniram a ela em orações pela cura do pai.
O caminho não foi fácil. Luiz Cláudio, que antes de adoecer pesava 105kg, perdeu 40kg. A família enfrentou a doença por quase um ano e ele desmaiou cinco vezes nesse período, além do abalo emocional e financeiro. Adriana relembra parte das dificuldades: “No início, ele tomava até 12 comprimidos por dia. Gastamos muito com medicamentos que nem sempre estavam disponíveis na farmácia popular”.
Deus deu a direção e a cura
A situação começou a mudar com o acompanhamento do endocrinologista, que iniciou o tratamento para o hipertireoidismo. Aliando a Fé ao tratamento médico, aos poucos, os sintomas regrediram. Ele chegou ao peso saudável (hoje está com 85kg), voltou a ter disposição e a frequência cardíaca se normalizou.
O momento mais marcante para a família foi quando ele visitou o mesmo cardiologista que lhe deu o diagnóstico. Luiz Cláudio detalha a reação dele: “O médico olhou os exames por uns 20 minutos e não entendeu. Por fim, ele disse: ‘Parece que você fez um transplante de coração. Seu coração é outro, é novo’”.
Adriana não tem dúvida de que essa transformação foi um milagre e afirma: “Eu respondi ao médico: ‘Parece não, doutor, foi a mão de Deus que fez essa obra na vida do meu marido’.”
Luiz Cláudio retomou suas atividades normalmente, dirige caminhão, pilota moto, pesca e faz academia. Tanto a doença como sua superação fortaleceram a Fé e o amor do casal. “Continuo indo todos os domingos na Universal e não é porque Deus curou meu marido, mas porque sei que foi a Fé que nos trouxe até aqui. A gente venceu, não só a doença, mas o medo, a tristeza e o desespero”, finaliza Adriana.