“Ou o Senhor muda a minha vida ou me mata”

Presa aos vícios e machucada pelo fim de uma relação abusiva, Ana Natalia de Moraes fez um ultimato a Deus

Imagem de capa - “Ou o Senhor muda a minha vida ou me mata”

Nem sempre o aprendizado rumo à Salvação é fácil, mas o que não se aprende por meio do amor é ensinado pela dor. Ainda assim, devemos agradecer a Deus quando a lição de fato transforma nossas vidas em algo bom e nos renova. A contabilista paulistana Ana Natalia dos Santos de Moraes, de 28 anos, é um exemplo desse tipo de situação. Apesar de conhecer a Universal desde o nascimento, pois a família dela frequentava as reuniões, Ana Natalia se afastou da instituição durante a adolescência e passou a trilhar um caminho que quase a destruiu completamente. Isso ocorreu porque ela queria “conhecer o mundo”, conforme relata.

O princípio do fim

"Ou o Senhor muda a minha vida ou me mata"Aos 14 anos, Ana Natalia conheceu um jovem em uma festa. Ela conta como isso ocorreu: “eu me envolvi e ele foi preso poucos dias depois. Foi coisa muito rápida. Eu estava muito apaixonada, passei a visitá-lo na cadeia e, quando ele saiu do presídio, após três anos, fomos morar juntos. Só depois disso é que fiquei sabendo que ele realmente era envolvido com o crime e também viciado em cocaína. Minha vida começou a virar um inferno porque, antes mesmo disso, eu era uma pessoa muito triste, vazia e já usava drogas. Eu comecei com lança-perfume, maconha, bala (ácido) e bebia praticamente todos os dias”.

Ela avalia que a influência do namorado sobre ela era grande: “se você convive com uma pessoa que consome drogas, é impossível não se influenciar, principalmente se você não tem Deus. Ele também era controlador, possessivo, ciumento e vigiava todos os meus passos, inclusive meu celular. Se eu ia visitar a minha mãe, ele questionava por que eu não ficava com ele. Ele me deixava ir sozinha e logo em seguida aparecia na casa da minha mãe atrás de mim. Eu fechava os olhos porque gostava muito dele. Hoje entendo que coloquei todas as minhas expectativas nele”.

Mas, depois de oito anos de relacionamento, o rapaz terminou com ela. “Daí comecei a ir mais para as baladas e a me envolver com outras pessoas e ainda assim eu me sentia triste e vazia”, recorda Ana Natalia.

Na metade de 2023, ela tomou uma decisão: “em junho, resolvi voltar à Universal. Reconheci que eu precisava de Deus na minha vida. Em dezembro, veio a Fogueira Santa, eu estava desempregada e só tinha uma quantia no banco para passar um tempo. Eu falei para Deus que era tudo por tudo: ‘ou o Senhor muda a minha vida ou me mata’. Eu não tinha mais saída”.

Ela conta que foi um período longo de libertação até que conseguiu largar as drogas: “eu passava o dia inteiro fumando maconha e depois assistia às palestras da Universal, mas Deus já estava agindo na minha vida. Comecei a ler a Bíblia e acordava de madrugada para orar. Demorei a entender que não era só me batizar nas águas para me libertar, mas que necessitava de algo a mais”.

"Ou o Senhor muda a minha vida ou me mata"Esse “algo a mais”, diz Ana Natalia, era toda a sua existência. Ela se entregou completamente a Deus no Altar durante a Fogueira Santa e, dessa maneira, recebeu o Espírito Santo.

A partir daí, a vida dela mudou totalmente. Ela encontrou a verdadeira paz, passou a se sentir plena e até sua vida profissional andou, pois ela conseguiu um emprego em sua área de formação depois de cerca de dois anos de buscas frustradas.

Para Ana Natalia, é tudo como está escrito na Bíblia, em Mateus 6.33: “Buscai primeiro o Reino de Deus e as outras coisas serão acrescentadas”. Foi o que ela fez. Hoje, Ana Natalia afirma que, “com Deus, sempre temos uma chance, independentemente da situação pela qual estejamos passando, seja em uma prisão física, seja espiritual. Se estivermos com Deus, se entregarmos a nossa vida a Ele e os nossos caminhos para que Ele nos conduza, obteremos sucesso em todas as áreas”, conclui.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: Demetrio Koch e Arquivo Pessoal