“O que você quer não é o que você realmente quer”

Na reunião do Godllywood Autoajuda, Cristiane Cardoso explicou por qual motivo isso acontece. Entenda

Imagem de capa - “O que você quer não é o que você realmente quer”

Nesse sábado último (26), aconteceu no Templo de Salomão a reunião do Godllywood Autoajuda, com transmissão simultânea para todas as capitais do Brasil.

Na reunião exclusiva para mulheres, Cristiane Cardoso falou sobre as duas fontes de vontade que existem dentro de todo ser humano: a mente e o coração. Por isso, a escolha da frase emblemática, e que foi tema da reunião: “O que você quer não é o que você realmente quer. ”

Duas fontes de vontade humana

Isso explica porque, muitas vezes, queremos fazer a coisa certa e acabamos fazendo a errada. Porque a vontade do coração (sentimento), muitas vezes, é mais forte do que a vontade da mente (espírito).

“Você quer se sentir feliz, então, às vezes, para saciar essa vontade, você faz aquilo que não deveria. Por exemplo: você está apaixonada por alguém, mas essa pessoa é casada, ou é comprometida, ou ela não teme a Deus. Então a sua mente fala: ‘você não deve alimentar essa paixão’. O seu coração, porém, começa a procurar justificativas para satisfazer o desejo dele. ‘Ah, mas ele é tão bacana, ele é educado, ele não se opõe a minha fé, ele não é feliz com a esposa dele, ele é uma pessoa verdadeira, de caráter…’. É o coração que faz isso. O coração quer sentir, ele não quer fazer o que é certo”, explicou.

Coração submisso ao espírito

Cristiane esclareceu ainda que Deus fez o Homem com corpo, alma e espírito. Sendo que o espírito/mente é a razão, onde avaliamos, pensamos, fazemos escolhas e temos consciência do que é justo ou injusto, certo ou errado. Enquanto que o coração tem como única finalidade sentir. Ele não foi feito para tomar decisões, mas para sentir as consequências das decisões tomadas pelo espírito/mente. Ou seja, o coração deve estar submisso ao espírito que é quem deve estar no controle da nossa vida.

O coração está sempre em busca de sentimentos, sejam eles bons ou ruins. Se alguém faz algum mal para a pessoa, em vez dela fazer o que Jesus pediu — dar o outro lado da face –, o coração se recusa a fazer isso. Por isso é tão difícil perdoar. Porque o coração quer sentir raiva, mágoa, tristeza, paixão, aventura, ilusão…

Cristiane usa como exemplo a pessoa que decide economizar para comprar um carro, mas ao se deparar com um vestido lindo na vitrine se sente tentada a comprá-lo. O espírito dela diz para não comprar porque sua prioridade agora é o carro, o vestido pode esperar. Mas, o coração começa a buscar justificativas para ela ceder àquele desejo. “Você merece”, “você trabalha tanto”, “ele é a sua cara”, etc.

Você entregaria sua vida nas mãos de uma criança?

O que o coração pede é uma coisa mais imediata, então é mais atrativo, destacou Cristiane. “Porque a mente, o espírito, faz você ponderar, avaliar, esperar. Mas o que o coração pede normalmente é mais gostoso inicialmente, é mais atrativo, é mais forte, pesa mais na hora, Mas, depois você fica com a conta. Porque o coração não está avaliando nada. É como se você desse sua vida na mão de uma criança e falasse para ela: o que você quer fazer hoje?  ‘Hoje eu quero brincar’. E amanhã? ‘Amanhã também’. O coração é assim, ele não vive na realidade”.

Então, o grande problema de termos essas duas fontes de vontades dentro de nós é que quando a pessoa se deixa dominar pelos sentimentos (coração) ela acaba se dando muito mal. E esse prejuízo vai muito além das questões do cotidiano, como no exemplo citado acima. O maior problema é quando afeta as decisões da vida, como o casamento, os filhos, a fé, a vida espiritual.

Pergunte a si mesmo

Outro exemplo citado por Cristiane é o da jovem que quer servir a Deus. Então o coração trata logo de convencê-la de que para servir a Deus ela precisa ser obreira e, portanto, precisa agradar o Pastor, ser ativa nos grupos da igreja, estar sempre disponível. Então, o que começou com um desejo sincero do espírito, o coração, que é enganoso, transformou em algo carnal.

Por isso, é importante todo dia se perguntar: ‘Porque eu quero isso?’

“Porque, muitas vezes, o que você quer incialmente é espiritual, é real, verdadeiro. Você quer agradar a Deus. Mas se você não vigiar, o coração consegue pegar aquilo e levar para o lado carnal”, alertou.

O coração é enganoso e se não tivermos essa consciência, que dentro de nós há duas vontades, e qual delas estamos fazendo, então tenderemos a fazer a vontade do coração, porque é muito mais fácil e atraente.

Parceria com Deus

Por outro lado, o espírito quer o que é certo, porque ele tem parceria com Deus. Por isso, todo ser humano tem senso de justiça, independentemente de crer em Deus ou não. Está na sua essência, pois Deus nos deu o espírito justamente para que tivéssemos um norte.

Entretanto, para fazer o que é certo e ser espiritual, é preciso sacrificar, negar nossas vontades, ser diferente, em um mundo que incentiva justamente o contrário: “siga o seu coração”. Então, realmente, é muito difícil ir na contramão do mundo, por isso, Deus nos deu o Espírito Santo para nos auxiliar nessa batalha.

No entanto, infelizmente, muitas pessoas, embora O tenham, escolhem não dar ouvidos à Sua voz para satisfazer o desejo do coração.

“É assim que muitas pessoas têm apagado o Espírito Santo. O coração não vai desistir, até o dia da sua morte seu coração vai pedir. Então você tem que fazer uma escolha. Quem vai mandar na sua vida, quem vai tomar suas decisões? Qual dessas fontes? O coração ou o espirito? Se você decidir que vai viver pela razão, pelo espírito, então saiba que vai trilhar um caminho difícil, porque o mundo não está contribuindo para isso”, destacou Cristiane.

Clique aqui e assista a esta reunião na íntegra.

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Colaborador

Jeane Vidal / Fotos: Reprodução