Exumações na Irlanda: 796 menores de idade morreram em lar religioso
A investigação foi iniciada pela historiadora irlandesa Catherine Corless
O processo para as exumações de 796 bebês e crianças encontrados em valas comuns em um lar religioso da Irlanda começaram no dia 16 de junho.
O motivo das exumações na Irlanda:
- A historiadora irlandesa Catherine Corless, de 71 anos, comprovou que menores de idade morriam no abrigo Santa Maria do Bom Socorro de Tuam, a 200 quilômetros ao oeste de Dublin. O caso veio à tona em 2014, mas somente agora o processo para a exumação dos corpos começou. A escavação está prevista para o próximo mês.
- A instituição católica se encerrou em 1972. E recebia mães solteiras grávidas ou acompanhadas dos filhos.
- Assim, o quadro deu início a uma investigação no país europeu contra as crueldades que ocorreram em lares semelhantes. A apuração mostrou que, entre 1922 e 1988, 56 mil mães solteiras e 57 mil crianças frequentaram 18 dessas instituições.
- Igualmente, vale ressaltar que o governo da Irlanda e a Igreja Católica geriam essas instituições para manter em cativeiro mulheres que engravidavam fora do contexto do casamento. Posteriormente, a família ou a Igreja Católica conduzia as mulheres a um abrigo, porque a situação era considerada vergonhosa. Quando a criança nascia, ia para adoção. Contudo, obviamente, muitas delas morriam por maus-tratos.
- Catherine explicou que os corpos ficavam no sistema de esgoto da instituição. Além disso, ela compartilhou que sofreu pressão para não revelar o caso. Entretanto, ela queria que as crianças fossem reconhecidas e veladas.
Em 15 de janeiro de 2021, o Jornal da Record havia divulgado o início das investigações na Irlanda:
Saiba também:
Além disso, na plataforma Univer Vídeo, há a série “Alberto“, inspirada na história real do Dr. Alberto Rivera, que foi um ex-padre jesuíta que compartilhou episódios vivenciados por ele durante o período como religioso.