Cristãos perseguidos devem "se comportar" durante jogos chineses
Líderes cristãos e pastores locais sabem que estão na mira do governo da China. Entenda
Imagine ter de passar por um interrogatório que dura por horas e, ainda, receber uma multa e passar a viver sob ameaça de autoridades do governo?
Essa pode ser uma das consequências para líderes cristãos na China por pregarem o evangelho. Não é novidade que o Partido Comunista da China persegue fortemente os cristãos.
Aliás, o país asiático é famoso por seu forte controle e monitoramento da população. Para os cidadãos que “dançam conforme a música” e não oferecem resistências ao governo, a vida é comum. Entretanto, os que são “pontos fora da curva” têm seus movimentos acompanhados de perto pelo Estado.
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As poucas igrejas registradas no país podem receber até mesmo intervenções das autoridades chinesas no conteúdo de suas mensagens dirigidas aos frequentadores. Em julho do ano passado, por exemplo, foi realizada uma conferência que orientava os pastores na China a incluírem um discurso do partido nas reuniões. Já as igrejas que não possuem registro são consideradas clandestinas.
Jogos de Inverno de Pequim
Assim, líderes cristãos estão receosos de chamar atenção da mídia internacional durante os Jogos de Inverno de Pequim, que acontecerão neste mês, durante 17 dias. O motivo é que se isso acontecer, as autoridades podem retaliar.
Segundo informações da organização Portas Abertas, pastores receberam ligações os intimidando a se “comportarem” em eventos anteriores. Por isso, eles sabem que, agora, durante a cerimônia esportiva não é diferente. Uma fonte da Portas Abertas disse que eles precisam ficar quietos. Tumultos ou problemas podem gerar detenções de líderes e pastores.
De acordo com a classificação da própria Portas Abertas, a China é o 17° país mais perigoso para os cristãos viverem.
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