Você não precisa mais sofrer!

A vida de erros, de sofrimento e de dores que você tem levado pode ser transformada. O ato de Jesus na cruz do Calvário confere a você esse direito. Entenda como

Quando se fala em cruz, muitas pessoas, imediatamente, lembram do ato do Senhor Jesus, razão pela qual ela se tornou um dos principais símbolos do Cristianismo, mas, equivocadamente, a associam à morte. De fato, o costume de utilizar a cruz em execuções de morte é antigo. Em Roma, na Itália, o ato de crucificar representava a humilhação de um condenado e, no tempo de Jesus, foi um instrumento de tortura que caracterizava maldição e sofrimento. Contudo a cruz deixou de ter esse significado negativo quando o Senhor Jesus foi pregado nela. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.” (Gálatas 3.13).

Quando o Senhor Jesus foi crucificado, Ele carregou sobre Si toda sentença de condenação, toda a maldição e todo o sofrimento. Com isso, o Filho de Deus, que nunca tinha cometido nenhum pecado, por amor à Humanidade pecadora, tomou o lugar dela, sacrificou a Própria Vida e Se tornou Vencedor, para que todos pudessem ser livres e salvos: “Mas Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos” (Isaías 53.5-6).

A cruz depois de Jesus
A cruz – o objeto em si – não emana poder e, por isso, não deve ser adorada. O significado dela, no entanto, é que foi modificado depois daquele sacrifício. Os dois lados opostos da cruz representam a relação entre a vida e a morte, o mundo espiritual e o mundo terreno e a condenação e a redenção. Assim, por meio do sangue do Senhor Jesus derramado na cruz, toda a Humanidade encontrou o perdão, a chance de recomeçar depois de um passado de erros e a vitória proporcionada por Ele.

No entanto, apesar de comemorarem a Sexta-Feira Santa e terem uma cruz em casa ou entre os objetos pessoais, muitas pessoas não se beneficiam do significado dela, como explicou o Bispo Adilson Silva à Folha Universal: “embora seja símbolo de algo tão forte, por desconhecer o real significado da cruz, a maioria das pessoas usa esse símbolo apenas como um amuleto. Muitas fazem o sinal da cruz, carregam um pingente em forma de cruz, mas continuam vivendo nos limites da dor, da miséria e do sofrimento”.

Ele informou que a partir do momento que uma pessoa compreende qual é a verdadeira mensagem da cruz, ela passa a tomar posse de um direito. “É um direito adquirido que nos foi dado quando Jesus morreu na cruz e pagou o preço da nossa liberdade espiritual. É somente quando a pessoa entende isso que ela pode se beneficiar do que Jesus fez.”

Assim, o sacrifício de Jesus está relacionado à mudança de vida. “Independentemente do passado de uma pessoa, por maiores que tenham sidos os seus erros ou os seus pecados, quando ela os reconhece e aceita o que o Senhor Jesus fez por ela e O recebe como o seu Senhor e Salvador, todo passado dela é anulado e ela passa a ter uma nova vida. Isso explica o que muitos na sociedade não conseguem entender. Por exemplo, como alguém, que cometeu crimes e que viveu uma vida promíscua, de repente aparece regenerado e com uma conduta exemplar? É porque ele foi iluminado pela mensagem da cruz”, declara o Bispo.

“A cruz estava vazia”
A mensagem da cruz vem transformando a vida de milhões de pessoas quando elas reconhecem o que o Senhor Jesus fez nela, como aconteceu com a atendente Caliane Rodrigues de Jesus, (foto abaixo) de 25 anos. Ela conta que por um período a cruz despertava nela um sentimento de pena. “Eu ia às missas aos domingos e precisava muito de ajuda, mas olhava para a figura da cruz e sentia dó e pena de Jesus naquela situação. Então eu pensava como poderia pedir ajuda a Ele.”

Caliane nasceu na cidade de Pontal (SP), mas, aos 6 anos, se mudou para Mato Verde (MG), depois que sua mãe sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e não teve mais capacidade de criá-la. Ela lembra que teve muitos traumas: “meu pai era alcoólatra e agredia minha mãe, que estava inválida por causa da doença. Com isso, fui morar na casa de três tias e fui abusada sexualmente por duas pessoas próximas. Foi bem difícil, pois eu nunca era cuidada da mesma forma que os filhos delas. Cresci sem nenhuma base de valores”, expõe.

Na adolescência, Caliane voltou a morar com a mãe, que tinha se recuperado da doença. No entanto ela tinha se tornado uma jovem rebelde e saía todos os dias para beber. “Comecei a beber aos 12 anos e a me envolver em vários relacionamentos. Eu não conseguia ficar sem beber e sem ter alguma companhia, por mais que eu soubesse que seria somente usada pela pessoa”, diz.

Muito carente, em 2018, Caliane, segundo relata, conheceu um ex-presidiário que tinha envolvimento com o crime e, por se sentir cuidada e protegida, foi morar com ele. No entanto, depois de um mês juntos, ela presenciou o assassinato do rapaz em casa com quatro tiros na cabeça. Ela afirma que essa situação foi seu fundo do poço. “Ele era a minha esperança de ter uma vida diferente de todo o sofrimento que eu já tinha enfrentado. Então, ali eu vi a minha vida desmoronando.”

Depois deste fato, Caliane mudou de cidade e começou a ir novamente às missas, mas a tristeza era constante. Logo, ela passou a ter desejo de suicídio. Naquele mesmo ano, ela foi orientada por uma amiga, obreira na Universal, a buscar ajuda nas reuniões de libertação realizadas às sextas-feiras.

“Procurei uma Igreja Universal e foi uma guerra chegar até lá, pois sentia muita dor no corpo e andava me arrastando. Eu ouvia uma voz dizendo que eu não tinha jeito e que se me jogasse na frente de um carro acabaria com tudo aquilo”, revela.

Ela cita uma mensagem que chamou sua atenção: “quando cheguei à Universal, observei que a cruz no Altar estava vazia e eu não entendia, até que ouvi de um pastor que ela estava vazia porque Jesus tinha vencido até a morte. Minha visão se abriu e eu pude vê-Lo como Salvador, Alguém que poderia mudar minha vida e que me amava a ponto de ter se entregado por mim”.

Caliane seguiu batalhando por sua mudança e, por meio da Fé, ela se libertou dos vícios, dos traumas e dos complexos. Ela passou a não sentir mais dores nem desejo de morrer e, buscando o Espírito Santo, encontrou uma nova vida. Hoje ela se declara feliz independentemente de estar na companhia de pessoas, vive em harmonia com a família e em paz com sua história. “Fiz muita coisa errada antes de conhecer o Senhor Jesus, mas, depois de receber o Espírito Santo, tive certeza que tudo foi pago na cruz, que o sangue dEle me limpou e que meu passado não me condena”, finaliza.

Chance de regeneração
Ninguém acreditava na mudança de Edimario Leite de Santana, (foto abaixo) de 57 anos, corretor de imóveis. Natural da Bahia, ele, seus pais e seus sete irmãos se mudaram para São Paulo para fugir da vida precária que viviam. Assim que chegaram à cidade grande, ele conta que as dificuldades foram muitas, a começar pelo falecimento do pai em decorrência do abuso de álcool. Depois de um ano, a família sofreu mais uma perda: a do irmão mais velho de Edimario, que foi vítima de um atropelamento.

Edimario então começou a trabalhar muito jovem, mas ao mesmo tempo enveredou pelos caminhos errados. “Aos 14 anos, eu comecei a trabalhar, e aos 16, a fumar maconha. Logo estava consumindo cocaína, bebidas e outros tóxicos. Minha vida se resumia a baladas, drogas, prostituição e eu tinha um vazio que nada preenchia. A depressão e a angústia eram maquiadas com as drogas e os remédios controlados.”

Ele também não tinha êxito na vida amorosa. Nem os quatros filhos que ele teve com mulheres diferentes sustentaram os relacionamentos. As dificuldades que ele tinha de permanecer no emprego o levaram a ser feirante, mas a iniciativa não deu certo e, por orgulho e vergonha, ele abandonou a família, foi morar em uma comunidade e, lá, o seu declínio foi maior.

Ele conta como passou a viver: “passei a traficar e a fazer pequenos furtos e roubos em residências e a carros e, em um deles, fui preso em flagrante. Por ser primário, saí no dia seguinte, mas continuei na criminalidade e passei a buscar a direção dos espíritos malignos para tudo o que pretendia fazer. Fornecendo drogas, ganhei muito dinheiro e arrumei muitas inimizades.” Ele lembra de uma situação: “tomei quatro tiros, fui socorrido e depois preso por dois meses. No entanto fui solto mais uma vez, não ouvi os conselhos de ninguém e novamente fui para o tráfico”.

Levando aquela vida, ele foi coautor de um assassinato e, meses depois, matou uma pessoa. Ele foi preso pela terceira vez e sua pena foi estimada em 30 anos. Ele conta as consequências disso: “me bateu o desespero e o desejo de fugir, mas fui transferido para outro presídio. Lá, depois de duas semanas, consegui fugir com outros presos. Em seguida, mudei de casa, de aparência, os documentos, mas tinha consciência de que era fugitivo e que respondia por dois homicídios.”

Assim, ele mergulhou mais fundo na criminalidade.

Um tempo depois, Edimario conheceu uma moça que o convidou para ir à Universal. Ele foi com ela a uma reunião em uma sexta-feira e recorda que uma mensagem o marcou: “ouvi do pastor que, se eu quisesse, a minha vida poderia mudar. Na outra sexta, fui de novo à igreja, até que decidi parar com o crime e eu e essa moça passamos a morar juntos. As pessoas do crime me perguntavam de quê eu viveria e diziam que eu estava me escondendo atrás da Bíblia”.

Com o passar dos dias, o dinheiro de Edimario acabou e a companheira dele o abandonou. As pessoas acharam que ele voltaria para a criminalidade, mas ele continuou frequentando a Universal. O desejo de mudança crescia em Edimario: “me batizei nas águas e, em uma Fogueira Santa, sacrifiquei meus móveis. Eu queria o Espírito Santo, mas eu sabia que era um fugitivo.

Então vinham na minha mente pensamentos de acusação, dizendo que eu era assassino, ladrão e que Jesus não me queria”, alega.

Nas reuniões, Edimario entendeu o real significado da cruz e tomou posse do seu direito. “Quando entendi que na cruz o Senhor Jesus tinha carregado todos os meus pecados para que eu pudesse ter vida, tudo mudou. Eu venci os pensamentos acusatórios, me perdoei e recebi o Espírito dEle.”

Pouco tempo depois, ele recebeu de Deus a direção de se entregar para a Justiça e cumprir sua pena. “O Espírito Santo me mostrou que Ele era comigo e fiz o trabalho evangelístico dentro do presídio. Confessei meu crime e fui condenado a 20 anos e quatro meses. Quando fui transferido para a penitenciária do Estado, continuei fazendo o trabalho de evangelização lá dentro e fui levantado a obreiro. Dois anos depois, passei para o regime semiaberto. Foi quando conheci minha esposa, que hoje também é obreira.”

Graças ao bom comportamento, depois de dez anos de reclusão, ele ganhou a liberdade e se casou. Hoje, ele trabalha com a esposa e Deus o abençoou em todas as áreas. “Voltei a estudar, Deus restaurou meu convívio com meus filhos, tenho dois netos e um casamento feliz, mas o que tenho de mais importante é o Espírito Santo, que me perdoou, me sustentou no presídio e mudou a minha história”, diz.

As dores já foram levadas
A dona de casa Regiane Moreira da Silva, (foto abaixo) de 44 anos, de Diadema (SP), conta que sua vida era marcada por sofrimentos. Na adolescência, ela presenciava o desentendimento de seus pais e, por isso, passava a maior parte do tempo na rua. Isso lhe trouxe consequências: “me tornei grosseira com as pessoas, principalmente com minha mãe. Com 14 anos, eu tive o primeiro namorado e, pelo fato dos meus pais não permitirem meu contato com ele, eu brigava em casa. Como eu já trabalhava, eu pensava que podia fazer o que quisesse. Mas esse relacionamento não durou”.

Aos 18 anos, Regiane teve o segundo relacionamento, mas o rapaz consumia bebidas alcoólicas e as brigas eram frequentes. Para sair da casa dos pais, aos 20 anos, Regiane se casou com ele e, um mês depois, ela engravidou. Seu sofrimento aumentou porque, em razão do nervosismo causado pelas brigas, a gestação se tornou de risco. Triste, ela passou a carregar mágoas do marido que deixava faltar alimentos em casa para suprir o vício. Anos depois, com dois filhos, Regiane
se separou.

Depois do divórcio, ela teve depressão, ficava trancada no quarto e não tinha ânimo para cuidar da casa, dos filhos nem de si mesma. “Eu era muito triste e vazia, até que um dia resolvi sair e, assim, aos finais de semana, eu tentava preencher o vazio conhecendo pessoas. Também passei a beber e a sair nas noites e foi quando conheci meu atual marido.” Seu sofrimento só aumentava: “em cinco meses de relacionamento engravidei dele e minha filha faleceu com poucos dias de vida. Assim, me afundei na depressão, achei que tudo aquilo era culpa de Deus e que Ele não queria que eu fosse feliz”.

Regiane passou a ter pensamentos de suicídio. “Eu achava que acabando com a minha vida solucionaria os meus problemas e os dos meus filhos porque não havia paz dentro de casa. Eu não conversava com eles, pois criava uma barreira. Quando eu pensava em ir à igreja buscar ajuda, já vinha o pensamento de me jogar da ponte.”

Em setembro de 2017, enquanto se arrumava para concretizar seu plano, Regiane recebeu a visita de uma amiga que insistia para que ela a acompanhasse a uma reunião na Universal. Nesse dia, Regiane aceitou o convite. “Passei pelo processo de libertação e me livrei da depressão e dos pensamentos de morte. Ao ver a mudança na minha vida, meu esposo passou a frequentar a igreja comigo e Deus nos abençoou com outro filho.”

A tristeza deixou de fazer parte da vida de Regiane quando ela entendeu que Jesus já tinha levado com Ele todo sofrimento no lugar dela. Ela usou as armas da Fé contra os problemas e hoje vive em harmonia com os filhos, com o marido e consigo mesma. “Eu recebi o Espírito Santo e Ele é a fonte da minha alegria, mesmo em meio às dificuldades. Ele é meu equilíbrio e a minha paz. A Regiane de hoje é outra mulher. Ela valoriza e ama a mensagem da cruz”, conclui.

Seja transformado
Agora você já sabe que tem uma chance de mudança, mas é preciso abandonar os hábitos que separam você de Deus e, assim, você será santificado, ou seja, separado para Deus. A Semana Santa, que tem início hoje, é apropriada para isso, conforme observou o Bispo Renato Cardoso: “será uma semana separada de todas as outras. É a semana principal no calendário cristão, porque marcou os últimos dias da vida de Jesus na Terra”.

Ele destacou os dias vividos pelo Senhor Jesus, começando pelo Domingo de Ramos. “Na segunda, Ele purificou o Templo e amaldiçoou a figueira; na terça, ela já estava morta; na quarta, a mulher pecadora quebrou o vaso com um perfume caríssimo, lavou os pés dEle e os secou com seus cabelos; na quinta, foi Sua agonia no Jardim do Getsêmani, a Santa Ceia, a traição de Judas e a prisão; na sexta, Ele foi crucificado, até que, às três da tarde, disse ‘está consumado’; no sábado, Ele desceu às profundezas, tomou a chaves do inferno das mãos do diabo e pregou para os mortos; e, no domingo, Ele ressuscitou”.

Portanto, busque a Deus o máximo de dias desta Semana e veja a diferença. “Trate esta Semana Santa como a semana mais importante do ano na sua vida. […] É uma semana especial, diferente, Santa”, afirmou o Bispo.

imagem do author
Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: getty images e Demetrio Koch