Um único exame custaria R$ 14 mil

Depois de passar por diversos especialistas para descobrir a origem de uma dor de garganta, o aposentado Antonio Rodrigues foi diagnosticado com um câncer cujo tratamento ele não conseguiria pagar, mas sua fé o guiou e salvou

No final de setembro de 2020, o aposentado Antonio Lucir Rodrigues, de 57 anos, começou a ter uma dor de garganta forte.

“Era como se tivesse um espinho de peixe entalado na minha garganta. Fui ao médico, tomei a medicação e nada da dor passar. Percebi que um caroço crescia na região do pescoço e confesso que não me importei muito, mas observei que a dor de garganta não passava. Logo deixei de sentir o gosto da comida e o caroço começou a crescer mais a cada dia. Fui a vários médicos, tomei diversas medicações para dor de garganta e nada adiantava. Eu já tinha passado em mais de cinco médicos até que um me encaminhou para um especialista, visto que não se tratava de uma dor de garganta comum”, descreve.

Inicialmente, havia possibilidade de que fosse uma inflamação na amígdala. Ao visitar o especialista, Antonio foi encaminhado para outro, desta vez em cabeça e pescoço. “Chegando lá, o médico suspeitou de um linfoma (câncer na região da garganta), mas era necessário fazer uma biópsia (procedimento cirúrgico para retirada de uma pequena amostra para análise mais profunda) para chegar ao resultado mais correto. Contudo, por conta de os hospitais estarem vivendo o ápice da pandemia de Covid-19, eles não estavam realizando nem a cirurgia nem a internação”, relata.

Já era dezembro quando outro médico também levantou suspeitas de que poderia ser um linfoma, pois, além de todos os sintomas, Antonio perdia muito peso. No entanto era realmente necessário fazer uma biópsia. “Como eu estava sem convênio, eu e meus filhos, que sempre estiveram comigo, perguntamos qual seria o valor para realizar o exame e seria algo em torno de R$ 14 mil, fora a medicação e a internação”, revela. Ao saber da possibilidade de realizar o procedimento pelo SUS, o médico fez um encaminhamento e a solicitação de cirurgia. Entretanto havia uma fila de espera que poderia demorar mais de dois meses. Mesmo assim, todos os exames pré-operatórios foram solicitados.

“Eu estava com câncer”
Em janeiro de 2021, Antonio foi informado que sua biópsia seria realizada naquele mês. “A cirurgia foi um sucesso e depois de uns 15 dias, em fevereiro, recebi o resultado: fui diagnosticado com linfoma não-Hodgkin (LNH) difuso de grandes células B (LDGCB). Realmente eu estava com câncer e seria necessário um tratamento mais intensivo com quimioterapia e, se preciso, radioterapia também. Fiquei surpreso ao receber o diagnóstico, pois não esperava. Os médicos também ficaram admirados, já que nunca tive vícios ou histórico dessa doença na família e, por isso, não seria tão propenso a desenvolvê-la. Meu tratamento teve início no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), que é referência em atendimento e tratamento de câncer no Brasil. Não havia uma previsão de quantas sessões de quimioterapia eu teria de fazer, mas a obrigatoriedade é de que o hospital faça ao menos seis sessões a cada 15 dias. Também foram recomendadas quatro sessões de tratamento intratecal (medicação injetada diretamente na medula da coluna central) a cada mês. No meio do tratamento passei mal e fiquei duas vezes internado com suspeita de Covid.”

O LINFOMA NÃO-HODGKIN:

O linfoma não-Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e se espalha de maneira não ordenada.

O sistema linfático faz parte do sistema imunológico, que ajuda o corpo a combater doenças. “Como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer lugar. Ele pode ocorrer em crianças, adolescentes e adultos, mas, de forma geral, o LNH torna-se mais comum à medida que as pessoas envelhecem”, descreve o Inca. Homens são mais predispostos a terem o problema do que as mulheres.

Os sintomas envolvem aumento dos linfonodos (gânglios) do pescoço, axilas e/ou virilha, suor noturno excessivo, febre, coceira na pele e perda de peso maior do que 10% sem causa aparente. Para obter o diagnóstico, é indicada biópsia (retirada de pequena porção de tecido para análise em laboratório), punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, associação de imunoterapia e quimioterapia ou radioterapia. Em linfomas com maior risco de invasão do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) é feito o uso da terapia preventiva (com injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal). A detecção precoce do câncer possibilita mais chance de o tratamento surtir efeito.

Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA).

VIDA NOVA
Antonio, que conhece a Universal há 18 anos e serve a Deus como obreiro, ressalta o papel indispensável da Fé que nunca lhe trouxe dúvidas, mas lhe garantiu que tudo daria certo: “minha família me deu todo apoio necessário, meus filhos me acompanhavam em todas as sessões e consultas, organizavam os remédios, davam bronca quando necessário, mas sempre entregamos a situação nas mãos de Deus. Me coloquei no Altar totalmente dependente dEle e pedia forças para enfrentar cada etapa do tratamento”.

Ele ainda destaca que durante o tratamento os exames mostraram que, desde a biópsia até o início da quimioterapia, o tumor cresceu mais de um centímetro. Exames seriam realizados a cada três sessões de quimioterapia para analisar os efeitos da medicação e estudar a possibilidade do aumento de dose. Ele relata o que ocorreu: “na segunda vez que fiz o exame já não apareceu mais nada.

O tumor tinha desaparecido e eu estava curado”. Antonio acrescenta que ele e seus familiares receberam a notícia em agosto, mas, como a recomendação era realizar seis sessões de quimioterapia, ele fez o tratamento até o fim. “Hoje, graças a Deus, estou bem, curado e sei que minha Fé em acreditar que Deus é poderoso para nos dar uma vida nova e para nos dar força para superar qualquer dificuldade fez toda a diferença”.

O Bispo Misael Silva, que realiza a Corrente dos 70 às terças-feiras no Templo de Salomão, declara: “neste período de pandemia, muitas pessoas têm se deparado com problemas que podem impactar a saúde física e mental e as portas da Universal estão abertas para realizar orações de Fé para a cura das enfermidades. A própria ciência reconhece a importância da Fé, pois ela leva o paciente para cima”.

Se você também enfrenta um problema difícil na sua saúde ou na de algum familiar, participe da Corrente da Cura, em uma Universal, onde muitos milagres têm acontecido. No Templo de Salomão, em São Paulo, as reuniões da Corrente dos 70 acontecem às 10h, 15h e 20h. Para outras localidades, clique aqui e encontre um endereço mais perto.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Arquivo pessoal