Um jornal jogado na lama a tirou do buraco

Carmen Lúcia Messias teve uma infância de tormentos e complexos e tentou preencher o seu vazio de diversas formas, mas bastou uma palavra para que tudo mudasse

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A professora Carmen Lúcia Lopes Guimarães Messias, de 52 anos, teve uma infância conturbada e cheia de medos, pois ouvia vozes e via vultos, o que afetou seu convívio social e causou grandes impactos em sua vida adulta. Seus medos eram tão intensos que a levavam a fugir dos adultos por temer que eles pudessem lhe fazer mal. “Eu era vazia, triste e vivia com a sensação de que faltava algo. Tinha um buraco dentro de mim que nada era capaz de preencher. Eu me sentia deprimida, chorava bastante, tinha medo de tudo e não entendia porquê”, diz.

Cheia de complexos e vivendo altos e baixos, ela também não sabia reconhecer suas qualidades. “Parecia que eu não tinha valor para ninguém. Eu sempre me sentia sozinha. Eu até tinha momentos de distração, mas sempre voltava a sentir tristeza. Casei e pensei que seria diferente, que a tristeza e o vazio passariam, mas não foi o que aconteceu”, lembra.

Apesar de estar casada e ter dois filhos, Carmen Lúcia ainda sentia o mesmo vazio. Seu casamento também era afetado por causa do vício do seu marido em bebidas alcoólicas. Um dia, ela viu um exemplar da Folha Universal jogado em uma poça de lama e algo chamou sua atenção. “Peguei aquele pedaço de jornal molhado e sujo e tinha uma mensagem do Bispo Macedo sobre o Espírito Santo que me tocou profundamente. Comecei a perceber uma mudança dentro de mim”, conta.

Como Carmen Lúcia morava em Pedro Afonso (TO), local que não tinha uma Universal, ela acompanhava a programação pela TV e enviava cartas para o endereço que aparecia na tela para pedir que fosse aberta uma igreja na cidade, o que representaria uma esperança de ajuda para outras pessoas que sofriam como ela.

Carmen Lúcia descobriu que havia uma Universal na cidade vizinha e começou a frequentá-la semanalmente, apesar das dificuldades financeiras e da oposição do marido. “Sempre que tinha oportunidade e conseguia algum dinheiro, eu levava meus filhos”, diz.

Entretanto foi com a abertura da Universal em sua cidade que sua jornada de mudança avançou. “Entendi que eu precisava me libertar da opressão e da depressão e agarrei essa oportunidade. Obedeci a tudo que era ensinado e, aos poucos, passei a ter paz, a dormir, já não sentia medo e, desde então, nunca mais me senti só. Aprendi a colocar a minha fé em prática”, relata.

A vida dela mudou completamente, em especial seu interior, pois ela não sente mais o vazio nem enfrenta perturbações. Ela conseguiu um bom emprego, sua situação financeira mudou, tem uma família feliz e hoje transmite a Palavra de Deus, que a salvou, para ajudar outras pessoas.

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Colaborador

Michele Nascimento / Fotos: Cedidas