Tabagismo: Perigo pessoal e social

Bilhões de reais são gastos para arcar com os danos diretos ou indiretos do hábito de fumar, que leva 160 mil brasileiros à morte todos os anos. Elas poderiam ser evitadas

Cerca de 440 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo, segundo um levantamento do Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária (IECS), da Argentina, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira. Aliadas ao já lamentável custo de vidas humanas, as doenças causadas pelo hábito de fumar geram cerca de R$ 125.148 bilhões de despesas diretas e indiretas ao sistema de saúde e à economia do País. Os fumantes passivos também entram nessa conta e representam cerca de 12 mil mortes ao ano.

Segundo a Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde [CID-11], o tabagismo é “uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco” e “integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais em razão do uso de substância psicoativa”, conforme atualizações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa doença é a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo, segundo a instituição.

No mundo todo, segundo a OMS, o fumo mata mais de 8 milhões de pessoas anualmente, sendo cerca de 7 milhões por fumo direto e mais de 1 milhão por uso passivo. A Anvisa aponta os vários modos pelos quais as pessoas consomem o tabaco: cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, cigarrilha, bidi (um cigarro enrolado em determinadas folhas de vegetais, em vez de em papel, bem popular na Ásia), narguilé (cujo uso de uma só vez equivale a mais de 200 cigarros), fumo de rolo, dispositivos eletrônicos para fumar (cuja comercialização é proibida no Brasil) e outros. E não é só o tabaco que se fuma que causa doenças, mas também quando ele é mascado, cheirado (rapé) ou usado como óleos.

Portas abertas a doenças
O tabagismo, além de uma enfermidade em si por causa do vício que promove, abre as portas para vários tipos de câncer, como leucemia mieloide aguda e os de pâncreas, bexiga, colo do útero, esôfago, rim, ureter, laringe (cordas vocais), cavidade oral (boca), faringe (pescoço), estômago, cólon, reto, traqueia, brônquios e pulmão. E, como se o câncer não bastasse, o fumo ativo ou passivo também contribui para o surgimento e o desenvolvimento de doenças e problemas como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrointestinal, impotência sexual, infertilidade, osteoporose, catarata e outras, incluindo acidente vascular cerebral (AVC) e ataques cardíacos.

Os prejuízos do tabagismo são tão alarmantes que, na tentativa de acabar com o mau hábito de fumar, parlamentares da Nova Zelândia estão tentando implantar uma lei que, se aprovada, proibirá a venda de tabaco para a próxima geração do país: qualquer pessoa nascida depois de 2008 não poderá comprar cigarros ou produtos derivados do tabaco durante toda a sua vida. A Oceania quer reduzir sua taxa de fumantes para 5% até 2025 e, quem sabe um dia, eliminá-la totalmente. O Ministério da Saúde local afirma que o fumo causa um em cada quatro casos de câncer no país, sendo a principal causa de morte evitável em sua população de apenas 5 milhões de pessoas.

A pandemia do novo coronavírus também revelou mais números espantosos: o fumo aumenta as chances de internação por contágio da Covid-19 em 80%, segundo um estudo do Reino Unido.

Vício bem caro
Ainda que muitas pessoas considerem o fumo um vício barato (apesar de o Governo brasileiro pegar pesado na aplicação de impostos sobre produtos com tabaco para refrear o consumo), o Brasil gasta anualmente cerca de R$ 60 bilhões para cuidar dos danos causados pelo tabagismo, com despesas médicas diretas e indiretas (morte prematura de trabalhadores ou sua incapacitação, por exemplo).

A indústria do tabaco alega que gera empregos e paga impostos que ajudam na economia do País, mas isso cai por terra quando um simples cálculo é feito. De que adianta a indústria fumageira gerar cerca de R$ 13 bilhões de impostos anuais (segundo o Ministério da Saúde), se esse mesmo dinheiro e mais R$ 47 bilhões do bolso do contribuinte são usados para combater os males causados pelo fumo?

Essa conta fica ainda mais negativa quando lembramos que todo esse dinheiro poderia ser investido em educação, segurança e infraestrutura, por exemplo.

A Cura é espiritual
Além das mortes decorrentes do vício, a qualidade de vida de qualquer fumante ativo ou passivo é severamente comprometida, o que prejudica imensamente a realização de uma das promessas de Deus: a vida plena para todos aqueles que O seguem, à qual a saúde e a prosperidade estão intimamente ligadas. Quem fuma atrai doenças que podem matar a si e aos entes queridos, além de ter seu dinheiro devorado pelo vício.

Mas quem segue os preceitos de Deus também sabe que qualquer tipo de vício é, antes de tudo, um espírito maligno que enfraquece o espírito do viciado, tornando-o uma presa fácil para outras maldições. Tanto o preço individual quanto o social são altos, como já explicou certa vez o Bispo Edir Macedo em seu blog: “o vício é um espírito e esse espírito desgraçado é o que leva a juventude à morte prematura. É o que leva a nação à destruição”. Tanto é verdade que até a Nova Zelândia tenta, com sua legislação, preservar as futuras gerações desse mal tão danoso e ao mesmo tempo tão aceito no mundo inteiro.

Como mal espiritual que é, o tabagismo também precisa de uma cura espiritual – e ela está disponível a qualquer pessoa, de qualquer crença ou condição social, gratuitamente, na iniciativa Vício tem Cura, da Universal. Saiba os locais, horários e mais informações acessando o QR Code abaixo.

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Redação / Foto: getty images