Presidente da Câmara dos EUA quer excluir a palavra “mãe” da legislação

De acordo com a esquerdista, “termos de gênero” devem ser abolidos

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A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América (EUA) Nancy Pelosi declarou no último domingo (03) seu apoio à exclusão das palavras “mãe”, “pai”, “avó”, “avô”, dentre outras, do dicionário da Câmara.

De acordo com Pelosi, palavras que demonstrem gênero devem ser abolidas para “honrar todas as identidades de gênero”.

Essa é uma atitude importante, já que Pelosi, integrante do partido de esquerda Democrata, tem o poder de determinar e guiar as pautas a serem votadas na Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados Federais brasileira).

A proposta é de Pelosi e de seu colega partido Deputado James McGovern e será votada essa semana junto a diversas regras que guiarão o trabalho da Câmara dos Representantes pelos próximos dois anos.

Caso seja aprovada essa regra de exclusão de palavras que determinem gênero, os legisladores deverão substituir as palavras impedidas por outras como “parente”, “criança” e “cônjuge”.

O que está por trás da decisão

Embora Pelosi apoie essa proposta na Câmara dos Representantes, sua própria vida pessoal é destoante da ideia, como demonstra a jornalista Ana Carolina Cury, em sua coluna no R7:

“Essa ação de Nancy que aparentemente é ‘super inclusiva’ e a colocam em uma posição de ‘prestígio’ pela maioria que defende movimentos igualitários não condiz com suas atitudes, uma vez que em sua biografia no Twitter está escrito que ela é ‘mãe, avó, apreciadora de chocolate amargo’. O Congresso não pode usar essas palavras, mas ela pode?”

De acordo com Cury, “Eliminar toda distinção entre os sexos, sendo que há comprovações científicas de que os sexos feminino e masculino existem e são relevantes, não faz sentido algum. Só consigo pensar que há algum tipo de intenção para se criar discórdia, chamar atenção das pessoas que defendem pautas de direitos humanos para, no fim, ganhar popularidade e angariar votos futuros”.

Os riscos nesse caminho

Outra jornalista disposta a demonstrar a hipocrisia de Pelosi é Abigail Shrier, do importante jornal americano The Wall Street Journal. Shrier, que é autora de “Irreversible Damage: The Transgender Craze Seducing Our Daughters” (em tradução livre “Dano Irreversível: A Louca Transgênero Seduzindo Nossas Filhas”), escreveu:

“Os democratas da Câmara não pretendem buscar essa mudança apenas para ‘simplificar’ a linguagem do Congresso. O ponto explícito é promover ‘inclusão e diversidade’ e ‘honrar todas as identidades de gênero’. Pelosi & Cia. estão desesperados para acomodar uma ideologia de gênero agressiva que insiste que ‘homem’ e ‘mulher’ são categorias confusas e subjetivas, ao invés de categorias biológicas.”

De acordo com ela, o perigo em tal situação é grande. Como exemplo, ela expressa a seguinte preocupação:

“Uma pequena mudança na linguagem garante a médicos sinal verde para remover seios normais em desenvolvimento de uma menina de 11 anos de idade”.

Isso poderia acontecer, já que a Justiça avaliaria o caso como “criança de 11 anos de idade”, e não “menina de 11 anos de idade”. O fato de não distinguir entre masculino e feminino, nesse caso, colocaria em risco o futuro de uma criança.

E esse é apenas um dos muitos casos em que a exclusão dos “termos de gênero” podem ser prejudiciais.

“Você ainda pensa que são apenas palavras?”, questiona Shrier.

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Colaborador

Redação / Imagem: Reprodução Instagram @speakerpelosi