O que fazer para evoluir na fé?

Ir apenas à Igreja não basta. Saiba quais atitudes tomar para que o seu crescimento espiritual seja possível

Imagem de capa - O que fazer para evoluir na fé?

Quando uma pessoa chega à Igreja, tudo é novidade. A reunião, as músicas, a Palavra, a recepção, etc. Aquele ambiente normalmente encanta e desperta curiosidade. E o caminho natural de uma pessoa que está em processo de conversão é se batizar nas águas, abandonar os erros e pecados, se libertar de todo mal espiritual e frequentar as reuniões para aprender mais sobre a Palavra de Deus.

Feito isso, infelizmente, muitos se acomodam na fé. Ou seja, a evolução estaciona. E, como esse crescimento estagna, a vida espiritual não evolui. Por isso, a Bíblia diz que as pessoas não devem se contentar apenas com os primeiros passos do cristianismo. “Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.” (Hebreus 5.13,14).

O que isso quer dizer na prática? Que onde não há crescimento espiritual há um problema, porque, para receber as bênçãos de Deus, é preciso ser maduro na fé. Podemos compará-lo com uma linda árvore, que se origina de uma semente, forma raízes, enfrenta grandes tempestades e, assim, dá frutos.

Quando a Palavra de Deus penetra no coração de uma pessoa, ela precisa gerar frutos. Para isso, é preciso que haja envolvimento, amor e dedicação da parte do cristão, que ele cultive o relacionamento com o Altíssimo, supere provações e dificuldades, vença os desertos e adquira força e perseverança.

Atentar para a fé
Mayara Santos Resende, de 24 anos, assistente de contas, relata que entendeu a necessidade de investir em sua vida espiritual quando vivenciou o término de um namoro. “A minha mãe me levava para as reuniões da Universal com a minha irmã, quando éramos pequenas. Porém ela esfriou na fé e, consequentemente, não participava mais. Aos 15 anos eu iniciei um relacionamento que durou três anos. Fiz dessa pessoa o meu ‘tudo’. E, com o término, comecei a me sentir angustiada, vazia e triste. Mesmo saindo para barzinhos ou baladas, continuava da mesma maneira”, se lembra.

Por meio da rede social, ela viu que um amigo postava vídeos e publicações gerais da Igreja. “Decidi chamá-lo e pedi ajuda. Fui convidada para participar da reunião do grupo FJU (Força Jovem Universal). Lembro que fui resistente no começo, achando que poderia estar na Igreja e, ao mesmo tempo, no mundo. Certa vez, fui a uma balada, mas me senti tão mal que só conseguia pensar em me entregar para Deus. Na manhã do dia 24 de maio de 2015, um domingo, decidi me batizar, matar a velha criatura e não olhar para trás.”

Depois do batismo, ela começou a mudar seu jeito de pensar e agir. “Tudo o que o homem/mulher de Deus falava, eu absorvia. Comecei a enxergar o lado espiritual das coisas, a fazer jejum, a ler a Palavra de Deus, a fazer orações sozinha em casa, a ler o blog do Bispo Macedo, livros da fé e evangelizar”, detalha.

Essa entrega trouxe um grande presente espiritual. “No dia 31 de julho de 2016 fui batizada com o Espírito Santo. Foi algo inexplicável! As dúvidas, os complexos e o vazio desapareceram. A vontade era só de falar do Senhor Jesus e passar para as pessoas o quanto é bom sacrificar, renunciar, para ter a verdadeira alegria dentro de si”, constata.

Hoje, casada e com a vida transformada, ela conta que segue investindo em seu crescimento espiritual. “Sou obreira, faço parte da FJU, sou secretária do Esporte e auxilio meu marido, que é coordenador. Isso é apenas reflexo do empenho para aprender e crescer mais com Deus. Leio a Bíblia diariamente, oro, jejuo e busco ajudar as pessoas necessitadas.”

Invista na sua alma
Infelizmente, há uma multidão nas Igrejas – formada por membros, evangelistas, Pastores ou Bispos – que ainda não morreu para si. Eles estão em grupos e projetos, mas seus corações seguem voltados para as próprias vontades. E é como Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.” (João 12.24).

Ou seja, antes de servir, é preciso nascer da água e do Espírito, como explica o Bispo Edir Macedo: “não é possível servir a Deus sem antes ter nascido de Deus. Só Quem pode revelar a Vontade de Deus é o Espírito de Deus.

Portanto, para servi-Lo, primeiro o servo tem que ter sido gerado do Espírito Santo. Só a partir daí o servo é transformado em semente de Deus na Terra, a exemplo do Senhor Jesus. Se os servos não morrerem para si e para o mundo, como gerarão outros grãos?”, observa. E para que isso, de fato, aconteça é preciso seguir todos os passos de Jesus”, conclui o Bispo.

Então, não adianta culpar Deus se não tem acontecido o que você gostaria em sua vida. O caminho é inverso: será que você tem sido para Deus o que Ele quer que você seja? Será que tem valorizado a sua evolução espiritual ou tem feito coisas que ele reprovaria?

Porque, para conquistar o crescimento espiritual, é importante frequentar as reuniões, ler a Palavra, orar, jejuar, sacrificar, evangelizar, mas, além disso tudo, é preciso ser fiel, amigo e, sobretudo, filho de Deus. É necessário ser um exemplo de cristão por onde quer que você passe e não apenas quando estiver dentro da Igreja.

imagem do author
Colaborador

Ana Carolina Cury / Fotos: Fotolia e Arquivo Pessoal