O que está por trás do caso da barbie humana australiana

O dismorfismo corporal faz a pessoa vê defeitos onde não existem. Entenda

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Quem é capaz de investir mais de R$ 1 milhão de reais em cirurgias e procedimentos estéticos para ficar parecida com uma boneca? O caso da influenciadora australiana Tara Jayne McConachy tem despertado a preocupação de especialistas sobre transtornos mentais.

A modelo de 33 anos já fez seis plásticas no nariz, aumentou o volume dos seios cinco vezes, além de ter feito preenchimento labial e aplicações de botox. Tudo isso na tentativa de ficar igual a boneca Barbie.

Contudo, o caso da australiana não é isolado, pessoas com o chamado dismorfismo corporal e outras influenciadas por corpos inalcançáveis da internet estão surgindo cada vez com mais frequência.

Para quem não sabe, o dismorfismo corporal é um transtorno mental, que faz a pessoa ter um foco obsessivo em um “defeito” que ela considera ter na própria aparência.

Vê defeito onde não existe

Recentemente, a influenciadora e modelo brasileira Thais Braz fez uma cirurgia de frontoplastia, para diminuir o tamanho da sua testa. Um procedimento cirúrgico incomum, feito por conta de tanto bullying que a mesma sofria nas redes sociais.

A neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner alerta sobre essa influência das redes sociais na busca por padrões de beleza cada vez mais inalcançáveis e distantes da realidade.  

“A cultura exerce influência no ideal de corpo e a sociedade está cada vez mais exigente em relação ao padrão de beleza; estes comportamentos podem estar associados a distorções cognitivas”, que são as formas distorcidas que as pessoas têm de interpretar determinadas situações do cotidiano, com consequências negativas para a sua vida, causando sofrimento desnecessário.

Analisando o caso da australiana, a neuropsicóloga afirmou que ela, possivelmente, tem algum tipo de doença mental e que deveria ser encaminhada para o tratamento psicológico e não para mais cirurgias estéticas.

“É necessário procurar ajuda de profissional da saúde mental; e não de cirurgias plásticas para a ‘construção de um corpo’ fabricado por bisturis”, disse.

Roselene também explicou que nosso ego físico necessita de esquema de representação cerebral, saudável e real, o que engloba as imperfeições e assimetrias inerentes a condição humana.

Busca insaciável

A colunista Núbia Siqueira reflete que essa busca por se sentir bem com a própria aparência e querer estar cada vez mais bonita, seja por influência da internet ou por pura vaidade, é insaciável. Ela destaca que existem pessoas que já não sabem mais o que fazer para se sentir bem, porque todas as propostas oferecidas por este mundo foram experimentadas e nada a satisfazem de forma permanente.

“Essa autoestima que depende de coisas e pessoas é enganosa e vulnerável, porque deixa o ser humano nas mãos de terceiros. Afinal, quem já não ouviu alguém dizer que estava se sentindo um lixo, porque foi ignorado ou esquecido por um determinado amigo? Como pode, seu estado físico, emocional e espiritual depender da boa vontade de outros?”, argumentou ela.

Godllywood Autoajuda

Sendo assim, com o intuito de resgatar os verdadeiros valores femininos e ensinar sobre a autovalorização da mulher, são realizadas as reuniões do Godllywood Autoajuda, um movimento criado por Cristiane Cardoso.

Uma oportunidade para ajudar as mulheres a serem melhores em todos os aspectos: em casa, no trabalho, como esposa, profissional, mãe, filha e, sobretudo, como pessoa. Além de mostrar que a sua beleza está além da aparência. Com o principal objetivo de conectar-se com Deus e buscar n’Ele a verdadeira valorização.

Para saber quando será a próxima reunião do Godllywood Autoajuda acompanhe o perfil oficial do movimento no Instagram.

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Colaborador

Redação / Foto: iStock