Nazismo e Comunismo: Duas Faces da Mesma Moeda

A República brasileira ficou perplexa com a polêmica levantada pelo apresentador Bruno Aiub, que usa o codinome Monark, do Flow Podcast, ao entrevistar um deputado federal. Ele defendeu a existência de um partido nazista ainda que para isso houvesse modificação na legislação brasileira. Indo na mesma vibe, o deputado também defendeu a liberação de um partido político com essa ideologia. Não demorou muito para que essa asneira provocasse reações dos mais variados setores da sociedade, que velam pela democracia e pelo Estado de Direito.

Os comentários inoportunos repercutiram negativamente nas esferas políticas de poder, na grande mídia e na sociedade por meio das redes sociais. O podcaster confundiu liberdade de expressão com libertinagem na expressão. Não é porque o sistema democrático garante o livre pensamento que vá ser leniente com manifestações criminosas.

Para surpresa de todos e perplexidade geral da nação, o deputado federal Kim Kataguri (DEM-SP), cofundador do Movimento Brasil Livre (MBL), também saiu em defesa do nazismo. Segundo ele, o nazismo não deveria ter sido criminalizado na Alemanha, após a Segunda Guerra Mundial.

Depois dessa abominável declaração do congressista, representantes de diferentes partidos políticos pediram a cassação do mandato dele. O Procurador-Geral da República ordenou a instauração de procedimento para apurar se houve crime de apologia ao nazismo por Kataguri e pelo podcaster. O Ministério Público Federal vai verificar a ofensa às vítimas do holocausto, que matou milhões de judeus.

O nazismo é uma nefasta ideologia associada a Adolf Hitler. Trata-se de uma forma de fascismo, que se opõe à democracia liberal e ao sistema parlamentar. Ele tem como base o racismo, o antissemitismo e o uso da eugenia como credo principiológico, utiliza como ferramenta o nacionalismo extremo de origem pangermânica e se fortaleceu no movimento nacionalista ético Völkisch, que foi um dos principais aspectos do nacionalismo alemão desde o século XIX.

A fonte de inspiração desse movimento foram os grupos paramilitares dos chamados freikorps, que surgiram durante a República de Weimar, após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial.

Daí surge o “culto à violência” do partido. O termo “nacional-socialismo” surgiu a partir da tentativa de redefinição nacionalista do conceito de “socialismo”, para criar uma alternativa tanto ao socialismo internacionalista marxista quanto ao capitalismo de livre mercado. A ideologia nazista rejeitava o conceito de luta de classes, assim como defendia a propriedade privada e as empresas alemãs.

Portanto percebemos que o nazismo e o comunismo nascem de um mesmo tronco antropológico. Ambos são sistemas de governo totalitários e controladores, que usam discursos semelhantes como uma cortina de fumaça. Tudo para chegar ao poder e, quando assumem o governo, mostram sua verdadeira face: opressão, abusos, controle absoluto, perseguição e morte de qualquer opositor.

O comunismo se traduz em uma nociva ideologia política, filosófica, social e econômica. O objetivo dos comunistas é impor para a sociedade um modelo de governo socioeconômico assentado sobre as ideias de igualitarismo e propriedade comum dos meios de produção, como fábricas e empresas. Tal como na ausência de classes sociais, do dinheiro e do Estado democrático, o comunismo é uma forma específica de socialismo.

Se estamos longe de ser capturados pela ideologia nazista, não podemos dizer o mesmo do comunismo e do socialismo, que atualmente se manifestam por meio dos partidos de esquerda no Brasil.

Com a prisão de Lula, a esquerda brasileira se uniu para tentar desmentir as verdades comprovadas pelos sucessivos escândalos de corrupção, que penalizou o País durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT).

Com a aproximação das eleições, Lula ressurge como se todos não soubessem do que ele e sua turma de esquerdistas fizeram no verão passado. Apesar de o brasileiro ter fama de ter memória curta, ninguém consegue esquecer as atrocidades que o PT fez com o orçamento público, irrigando a corrupção com o dinheiro de quem ele prometeu cuidar quando chegasse ao poder: os mais pobres. Desta vez o povo brasileiro está preparado para revogar o salvo- conduto de Lula e sua trupe e a resposta será dada nas urnas.

Denis Farias é advogado, professor e consultor jurídico.

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Redação / Foto: getty images