Não tente mais se enganar

A Fogueira Santa no Vau de Jaboque é a chance para você se tornar quem desejou ser e revolucionar a sua vida

Imagem de capa - Não tente mais se enganar

A população mundial é composta por quase 8 bilhões de pessoas. Algumas poucas são conhecidas mundialmente, enquanto a maioria é anônima. Embora todas sejam conhecidas no círculo social do qual fazem parte, só a própria pessoa sabe, no seu íntimo, quem, de fato, ela tem sido. Por mais que ela tente disfarçar, o vazio e o medo revelam que ela não é quem gostaria de ser.

Mas como é possível mudar e quem poderia realizar essa mudança? Primeiramente, é preciso entender que a mudança verdadeira ocorre a partir da mudança interior – quando a pessoa reconhece quem é e decide não ser mais a mesma – e que ela só pode ser operada por Deus. Contudo Ele só -faz essa transformação quando há uma entrega completa. E é isso que caracteriza a Fogueira Santa. Nesta campanha de Fé, muitos têm enxergado a oportunidade de começar uma nova história e, assim, revolucionar as suas vidas.

Esta edição da Fogueira Santa é representada pelo Vau de Jaboque – local em que Jacó ficou a sós com Deus, reconheceu o homem enganador que tinha sido por toda a vida e foi transformado a partir de uma nova identidade, quando se tornou Israel.

Oportunidade para todos
O Bispo Júlio Freitas esclarece que a campanha da Fogueira Santa no Vau do Jaboque é a oportunidade de materializar a fé por meio do sacrifício voluntário, crendo no cumprimento da promessa Divina, e não um ato de “barganha” com Deus ou um negócio. Por isso, ela é destinada só a quem está decidido a entregar a sua vida completamente e não a aventureiros. “É ficar na dependência de Deus, é tirar a nossa dependência e a nossa confiança de pessoas, coisas, títulos, experiências e colocá-la 100% em Deus. É disso que se trata a Fogueira Santa.”

Ele destaca que essa é a maior expressão de Fé que alguém pode mostrar. “Quando a pessoa entende ou tem ouvidos para ouvir a Voz de Deus, ela não tem dúvidas e faz o que Deus está pedindo”, analisa.

Considerando a mudança completa, a Fogueira Santa é uma oportunidade para todos, tanto para aqueles que ainda não foram batizados com o Espírito Santo – que é o Único que pode transformar uma pessoa de dentro para fora – quanto para quem já é batizado, mas ainda não alcançou o cumprimento das promessas de Deus em todas as áreas. “Na Fogueira Santa a pessoa olha para dentro de si: se é liberto ou não, convertido ou não, nascido de novo ou não, batizado com o Espírito Santo ou não e, diante dessa resposta, ela toma a decisão de buscar a transformação”, reforça o Bispo.

A partir dos exemplos a seguir, você compreenderá como ocorre essa transformação. Na fama e na lama Fernando Leal, (foto abaixo) de 31 anos, achava que a fama e o status seriam suficientes para preencher o que faltava na sua vida. “Entrei de cabeça no mundo de baladas, drogas, bebidas, tudo o que me gerasse alguns minutos de fama e de reconhecimento. Eu andava com pessoas famosas e achava que aquilo me completava”, diz.

Esse modo de viver era completamente oposto ao que ele tinha enquanto frequentava a Universal. Porém, naquele período, a prioridade de Fernando era alcançar apenas as bênçãos e, mesmo conhecendo muitas pessoas na Igreja, ele não conhecia a mais importante: Deus.

A vida promíscua que Fernando levava gerou inúmeros conflitos familiares, a ponto de seu pai afirmar que ele era um “câncer para a família, de tanta bagunça que ele tinha feito”. Ao ouvir essa frase, Fernando passou a nutrir um profundo ódio pelo pai. Até que um dia, ao chegar em casa bêbado e drogado, Fernando o agrediu.

Na época, a mãe e a namorada – atual esposa de Fernando – lutavam pela mudança dele. Na Fogueira Santa a mãe dele viu a oportunidade de alcançar a transformação do filho e, posteriormente, ele próprio reconheceu que precisava deixar de ser o homem que era para ter uma nova vida. Ele entendeu que, daquela vez, agiria diferente. Ele considerou que não participaria da campanha para alcançar algumas bênçãos, como havia feito outras vezes, mas que se renderia a Deus.

“É impossível uma pessoa querer mudar de vida na força do braço. A Fogueira Santa é uma oportunidade excelente para quem quer deixar de ser quem é para mudar de vida, porque é a totalidade sua pela totalidade de Deus. Eu colocava meu tudo em pessoas e daquela vez coloquei nEle”, conta.

Fernando agiu como Jacó, que teve que entregar tudo no Vau de Jaboque para ficar a sós com Deus. “Eu tive que passar adiante o meu eu, quem eu conhecia, quem eu era, o que eu tinha feito, as acusações que vinham em minha mente, minhas redes sociais, pois ali era o meu deus. Eu amava postar foto e receber os elogios das pessoas fortalecendo o meu ego e abri mão de tudo isso. Eu disse para Deus que se fosse para ser famoso eu queria ser para Ele”, revela.

Viver uma vida de acordo com a Palavra de Deus exigiu sacrifícios constantes da parte de Fernando: “quando abri mão da vida errada e sacrifiquei, a maior dificuldade no início foi a financeira, porque eu não corria mais atrás de dinheiro fácil. Então por fora parecia ruim, mas internamente eu tinha paz”.

Depois de ter transformado seu interior, o exterior também foi mudado. Ele se casou, se formou e é produtor de TV. “Deus tem feito coisas que jamais imaginei e o mais prazeroso disso é ter o caráter dEle. Nada se compara ao fato de ter o Espírito Santo”, conclui.

“Só eu sabia como eu estava”
“Vazia, triste, solitária, depressiva, cheia de complexos e achismos, sem perspectivas para nada, com doenças e vícios.

Por fora, eu era rodeada de amigos, mas por dentro estava destruída. Eu enganava a todos, mas só eu sabia como eu estava por dentro”, declara Salena Pinheiro, (fot abaixo) de 30 anos, sobre sua condição antes de se entregar a Deus.

Salena viveu culpando a mãe por não ter crescido como toda criança: cercada de amor e com os pais presentes. Ela conta que sofreu diversos abusos até que aos 12 anos fugiu de casa. Não demorou muito para que ela mergulhasse na criminalidade, na prostituição e nas drogas.

A carência que Salena sentia fazia com que ela se relacionasse com todo tipo de pessoa, seja com outras mulheres, seja com homens casados. Por causa da depressão, ela tentou o suicídio várias vezes. “A dor era na minha alma. Eu não tinha prazer de viver, de comer nem de tomar banho.” Era na avó, que já frequentava a Universal, que a jovem encontrava algum alento e pedia ajuda em orações.

Até que um dia, ouvindo a programação da Igreja no rádio, Salena foi despertada para a fé e quis buscar uma nova vida.

Foi aí que ela decidiu participar de uma reunião. “Eu cheguei na Universal e estava acontecendo a Fogueira Santa. Quando ouvi falar do Espírito Santo, o desejo de conhecê-Lo foi despertado em mim. Tudo o que eu tinha vinha da prostituição, de uma vida errada e eu queria ser uma nova Salena. Era uma oportunidade para mim porque eu ouvia muitos testemunhos, via pessoas que tinham mudado de caráter, de pensamento e queria saber como fazer para ter o mesmo. Vi na Fogueira Santa a opotunidade de sair daquela vida”, conta.

Decidida a deixar a velha Salena para trás, ela pensou em uma forma de chamar a atenção de Deus. Como tudo o que conseguia era de modo ilícito, Salena decidiu fazer uma faxina e destinar aquela renda para o Altar. E ela não fez só isso: “sacrifiquei o meu eu, os meus pensamentos, decidi perdoar, fazer as coisas certas e ter sede pelas coisas espirituais”.

Então ela recebeu o Espírito Santo e uma nova identidade. “A Salena que vivia de aparência ficou para trás. Não foi em um estalar de dedos que as coisas do lado de fora mudaram.

Quando tomei a atitude de deixar a prostituição, ali foi o meu deserto. Eu recebia propostas de dinheiro fácil, mas eu cria que Deus estava comigo”. Ano após ano, aquela jovem que se sentia só e desamparada tem visto o cuidado de Deus em sua vida.

Atualmente, ela trabalha na indústria de produtos hospitalares, serve a Deus e pode levar para outras pessoas que são como ela foi a oportunidade de terem uma nova vida.

Chamando a atenção de Deus
Tudo o que Ioncler Jonair, de 36 anos, (foto abaixo) via em seu pai quando ainda criança ele queria reproduzir. “Meu pai era a minha referência e o vi traindo, agredindo minha mãe e minhas irmãs. Com o passar do tempo, passei a ter o mesmo comportamento.”

Sua situação piorou depois da morte do pai. Ioncler revela que foi como se tudo de ruim que estava no pai fosse transferido para ele de uma forma pior. “Eu agredia e maltratava as pessoas. Me lancei no mundo do crime, convivia com más companhias, passei a ter rivais na rua e andava armado. Quem sofria com isso era a minha família. As pessoas queriam me matar e apedrejavam a casa da minha mãe. Certa vez, sofri uma tentativa de assassinato. Eu usava drogas, vendia meu corpo na prostituição e não ficava muito tempo em emprego. Eu não tinha dignidade, não conseguia enxergar o futuro, não tinha paz, tinha medo da morte e pesadelos horríveis”.

Contudo Ioncler sabia que agindo daquela maneira não seria feliz. Até que, depois de ser traído por uma namorada, ele se lançou ainda mais em situações que o destruíam. Ele chegou a ser hospitalizado depois de várias noites em festas. “Ali eu decidi que não queria mais aquela vida. Vi que não tinha conquistado nada.”

A mãe de Ioncler já frequentava a Universal e o modo como ela o tratava chamava a atenção dele. Ioncler destaca que Deus a usou para que ele reconhecesse o quanto precisava dEle. Foi quando ele decidiu participar de uma reunião. Na época acontecia a Fogueira Santa. “O Bispo explicava que o sacrifício deveria ser pela vida espiritual. Eu vi que era como se um portal se abrisse no Altar. Era a minha oportunidade de chamar a atenção de Deus.”

Ioncler queria se libertar completamente daquela pessoa que estava sendo e sabia que para isso o sacrifício tinha que ser muito mais do que uma oferta monetária colocada no Altar. A cada sacrifício ele recebia forças para renunciar ainda mais às suas vontades, às amizades, aos vícios e a tudo que o afastava de Deus. “Muitas mudanças já tinham acontecido, mas faltava o Espírito Santo e o caráter de Deus. Foi quando me voltei completamente para as coisas espirituais.” Nutrindo dentro de si o desejo de levar para as pessoas a fé e fazer a vontade de Deus em qualquer circunstância, Ioncler recebeu a maior de todas as dádivas: o Espírito Santo.

“Em seguida muitas lutas e perseguições no trabalho surgiram, mas eu pude dar bom testemunho em tudo, pois Deus foi comigo. Hoje sou casado, servimos a Deus e há cerca de dois anos deixei meu emprego de sete anos e montamos nosso negócio no ramo de produtos naturais”. O segredo, segundo ele, é estar disposto a sacrificar aquilo que agrada a Deus ainda que desagrade pessoas e até a si mesmo.

Lugar de luta com Deus
Para participar da campanha da Fogueira Santa é preciso reconhecer o seu real estado espiritual e perguntar a Deus o que deve ser feito diante dEle. O Bispo Júlio Freitas explica que no sacrifício materializado no Altar é preciso haver a entrega do passado, do presente e do futuro, além de traumas, complexos, vícios, pecados, manias, fraquezas, ou seja, tudo o que faz parte da vida. “A sua fé pede que você sacrifique para que você fique na dependência de Deus e não de braços cruzados. Para ter a direção dEle é preciso fazer a sua parte que até então você não havia feito”, conclui.

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Colaborador

Núbia Onara / Foto: getty images e mídia FJU