Na China, câmeras de reconhecimento facial são instaladas pelo governo nas igrejas

O intuito é intimidar os frequentadores. Caso ocorreu na província de Jiangxi

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Mais uma vez, o governo chinês se envolveu em uma polêmica relacionada com a perseguição cristã. Cerca de 200 câmeras de reconhecimento facial foram instaladas em igrejas, na província de Jiangxi. Segundo apontou a organização Barnabas Fund, o intuito é intimidar os frequentadores. A iniciativa ocorreu entre os meses de julho e setembro deste ano.

Em uma das igrejas, por exemplo, sabe-se que duas pessoas já deixaram de frequentar os cultos com medo de perderem os benefícios sociais concedidos pelo governo chinês. Uma fonte revelou que um dos oficiais do Departamento da Frente Unida de Trabalho explicou que as câmeras estavam ligadas ao sistema “Sharp Eyes” (Olhos Afiados), projeto de vigilância lançado em 2015. Também foi confirmado por oficiais que as câmeras podem escutar o conteúdo das pregações ou monitorar pessoas que tiram fotos das ações do governo contra igreja, como, por exemplo, quando ocorrem a remoção de símbolos religiosos do prédio.

Sociedade controlada

Não é de hoje que o governo chinês monitora a população do país. Em 2016, havia cerca de 176 milhões de câmeras de vigilância espalhadas pelo território. E, em fevereiro deste ano, a organização Open Doors (Portas Abertas), que mapeia a perseguição cristã pelo mundo, também havia notificado que as autoridades chinesas instalavam câmeras de reconhecimento facial em igrejas locais. Portanto, este não é um evento isolado ou recente.

Infelizmente, a perseguição contra os cristãos é frequente no mundo todo. Segundo a Open Doors, no ano passado, mais de 250 milhões de cristãos sofreram algum tipo de discriminação por sua fé.

Durante o 7º Alerta da Salvação, o Bispo Renato Cardoso falou sobre o tema da perseguição cristã pelo mundo. Clique aqui e confira.

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Colaborador

Da Redação / Foto: Getty Images