Mortes por overdose de drogas aumentam durante pandemia

Apesar disso, muitos conseguem se livrar do vício com a fé antes de o pior acontecer. Sim, a cura é possível. Saiba como

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A “atração” da mídia no momento é a covid-19, mas ela não exclui outras doenças e males que afetam a sociedade. Tanto que, nos Estados Unidos, 100.306 pessoas morreram de overdose de drogas entre abril de 2020 e abril de 2021, em comparação com 78.056 no ano anterior, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

Esse foi o maior índice de mortes por overdose entre os norte-americanos em um ano, conforme o CDC, e é 18,2% maior do que nos 12 meses anteriores.

No mundo todo, cerca de 275 milhões de pessoas usaram drogas entre junho de 2019 e junho de 2020, segundo o Relatório Mundial sobre Drogas 2021, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), que também revelou que o consumo de maconha aumentou quatro vezes em 25 anos. No Brasil, embora ainda não haja pesquisas consistentes sobre esse aumento, isso é bem visível nas ruas de qualquer cidade, com pessoas fumando a erva sem o menor constrangimento, apesar disso ser proibido por lei.

Projeções do UNODC indicam que o uso de drogas pode crescer 11% mundialmente até 2030.

Perigo bem perto
Enquanto alguns sabem sobre as mortes por overdose somente pelo noticiário, muitas famílias amargam perdas de entes queridos pelas drogas, que fazem parte da realidade de muitos jovens. Um deles foi Vitor de Jesus de Souza, de 21 anos, de São Paulo (SP). “Nasci na Universal, participei ativamente, mas me afastei por influência de ‘amigos’ da escola. Uma garota de quem eu gostava usava maconha e me apresentou a droga. Como eu queria ficar com ela, aceitei e logo comecei a me envolver com outras drogas, com bailes funk e com o mundo do crime, cujas portas as drogas me abriram.”

Vitor entrou para o tráfico e realizou assaltos e furtos até em cidades distantes. “Sabia de gente que morria por overdose ou pela violência que cerca as drogas. E se acontecesse comigo? Mas eu não conseguia parar. Percebi que era dependente e estava no fundo do poço. Fui apreendido e levado para a Fundação Casa, onde comecei a repensar minha vida ao participar das reuniões do Socioeducativo, da Universal. No primeiro momento eu resisti, claro, mas, com o passar do tempo, comecei a participar das atividades. Relembrei-me de quando eu era firme na fé e da paz e da alegria que eu tinha.”

Ele passou a planejar sua vida. “Propus a Deus que, se Ele me tirasse dali, eu seria diferente. Claro, dei minhas ‘cabeçadas’. Não foi fácil. Eu fumava maconha em uma praça e um homem armado apareceu, dizendo que me mataria por fumar na frente de sua casa. Corri e estilhaços de bala chegaram a atingir minha orelha. Entendi o livramento e passei a questionar minhas atitudes, a me lembrar daquela promessa na Fundação Casa. Peguei firme, me batizei nas águas, me envolvi de verdade nas coisas de Deus, quis com muita sede o Espírito Santo e entreguei minha vida. Ao recebê-Lo, me vi de volta a Deus e um jovem feliz de novo. Não precisei mais de droga nenhuma. Eu estava livre.”

“Use a fé”
Vitor dá um recado a quem está no vício: “eu sei bem que às vezes você se vê em um mundo que parece não ter saída, não ter volta, não consegue nem ter perspectivas de vida. Eu também me falava muito ‘não, eu não consigo mais’ e chegava a fumar cinco, dez, 14 ‘baseados’ em um só dia, fora as dezenas de cigarros comuns, porque meu organismo já tinha se acostumado. Foi difícil eu dar o braço a torcer e me dizer que eu conseguia me livrar daquilo tudo, o que só aconteceu através da fé. Ver gente na Universal querendo mudar também mudou o meu pensamento e eu quis sair daquela situação”, diz.

Ele afirma que constatou a diferença em sua vida quando começou a usar a fé indo às reuniões da Igreja. “Percebi que usava cada vez menos drogas conforme ia entendendo melhor as coisas de Deus. Passei a obedecer ao que me ensinavam sobre Ele e Sua Vontade. No mundo, as pessoas só vão chamar você para as drogas, para a farra, enquanto outros o julgam, mas, quando você está envolvido com as coisas de Deus, ninguém vai julgá-lo, mas ajudar. Você terá palavras que o jogarão para cima. Mas, para isso, você precisa ir em busca do Senhor Jesus, que é o primeiro passo para usar a fé”, pondera.

Vitor adverte: “mesmo que no começo você não acredite na mudança e pense que não tem jeito, vá. É a melhor oportunidade. Eu tentei de várias formas parar de usar drogas antes, mas não conseguia. Com a fé, que todos nós temos mas precisamos usar, percebi que podia vencer. Desafiei o obreiro que me orientou: queria ver resultado ou desistiria. Ele me disse ‘vá, mas com o desejo real de mudar, pois assim esse vício em sua vida acabará de vez’. Com o pouco de fé que eu sabia que tinha, fui. Essa semente cresceu muito. Participei das reuniões, do tratamento no Vício Tem Cura, de tudo. Fui buscar, sedento. Só assim me libertei”, diz o jovem, hoje empresário no ramo de operadoras de internet e TV por assinatura.

Como funciona
A iniciativa Vício tem Cura, da Universal, mostra a qualquer pessoa que queira se livrar das drogas como elas agem. O tratamento leva a entender a razão de hábitos insanos e prejudiciais que fogem ao controle da mente de pessoas que sofrem com os vícios; a compreender como o vício age na vida e nos pensamentos de quem o possui; e a aprender o que fazer para se livrar definitivamente deste mal, com uma equipe de obreiros e pastores preparados para dar orientações.

Quem pode frequentar o tratamento? Qualquer pessoa que sofre com qualquer tipo de vício, familiares e amigos dispostos a ajudar e qualquer um que busca mais informações sobre o problema, independentemente da religião que frequente ou mesmo que não tenha nenhuma. Saiba mais pelo WhatsApp 55 11 95935-6793 ou acesse o QR Code abaixo.

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Colaborador

Marcelo Rangel / Foto: getty images e cedida