“Minha esposa e filhas passavam fome, enquanto eu me drogava e jogava”

Com uma vida marcada por dificuldades, o marceneiro Mauricio Antônio dos Santos, de 45 anos, conta como a Fé foi um divisor de águas no seu dia a dia

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Desde a infância, a vida do marceneiro Mauricio Antônio dos Santos, de 45 anos, foi marcada por dificuldades. “Vivíamos em uma situação bem difícil. Meus pais se separaram quando eu tinha 8 anos. Minha mãe, então, se tornou mãe e pai e teve que trabalhar para nos sustentar. Éramos seis irmãos e um morreu afogado no mesmo ano que a separação aconteceu”, recorda.

Com uma realidade dura para enfrentar, Mauricio começou a trabalhar aos 13 anos para ajudar em casa. “Minha mãe foi uma guerreira que conseguiu criar os filhos sozinha e, de todos eles, o único que partiu para o mundo das drogas fui eu”, relata.

ELE TENTOU DE TODAS AS FORMAS
Mauricio afirma que começou a beber moderadamente aos 14 anos. Aos 19 anos, ele se casou com Kátia Simone dos Santos.

Ele revela que, com o passar do tempo, sua relação com os vícios piorou. “Aos 26 anos conheci a cocaína.” Como marido e pai de Sabrine Michelle dos Santos, de 26 anos, e de Jaqueline Thamires dos Santos, de 24 anos, ele já não cuidava mais da família como deveria: “deixei minha família passar necessidade durante 13 anos para manter o meu vício. Fiquei, inclusive, quatro dias fora de casa usando droga sem pensar na minha esposa e nas minhas filhas. Eu não pensava em ninguém. Só mesmo no meu vício. Eu estava completamente dominado”, diz.

Ausente e viciado
O vício o fez perder muitas oportunidades e o impediu de obter conquistas. “Eu trabalhava e tinha um bom salário, mas o que eu ganhava era para os vícios em cocaína e em jogos de azar, como o caça-níquel. Eu não me via como viciado porque trabalhava e não roubava nada de ninguém, mas minha esposa e as minhas filhas estavam passando fome em casa e vivendo de fubá e arroz. Na verdade, minha esposa era viúva de marido vivo e minhas filhas eram órfãs de pai vivo. Eu era uma pessoa que só pensava em mim e nos meus vícios”, detalha.

Ele conta que sua ficha só caiu quando tentou largar as drogas e não conseguiu. “Tentei abandonar os vícios com a força do braço e, embora tivesse buscado de várias formas, todas foram em vão. Meu fundo do poço foi quando comecei a ficar agressivo em casa”, recorda.

TRANSFORMAÇÃO
Há sete anos, Mauricio conheceu o trabalho da Universal por meio de suas filhas. “Elas não sabiam muito o que fazer para me ajudar a não ser se apegar a Deus e, crendo em Seus planos, perseveraram em propósitos, campanhas de Fé e orações por mim. Foi assim que conheci o Tratamento para Cura dos Vícios, que acontece aos domingos”, relembra.

Insistência
“Primeiramente, minha filha Sabrine começou a buscar por mim e, durante três meses consecutivos, me convidou para participar das reuniões. Quando ela me chamava, no entanto, eu sumia no horário em que sair de casa se aproximava. Ela insistiu tanto que não teve jeito e eu acabei participando de uma reunião. Logo na primeira vez eu saí diferente. Já não queria mais aquela vida e, a partir daí, não senti mais vontade de usar drogas ou de voltar aos vícios. Não tive recaídas”, detalha.

Obediência
Mauricio conta que o segredo para se manter na fé foi e é obedecer à Palavra de Deus: “a fé em Deus e a obediência ao Altar foram fundamentais para que a mudança ocorresse. A partir do meu Encontro com Deus, que me aceitou como filho, a transformação aconteceu”. Ele esclarece que nada é mais como era antes: “sou uma pessoa totalmente diferente. Sou um bom marido e amigo da minha esposa e das minhas filhas.

Todos nós nos damos muito bem. Nossa família foi restaurada e somos felizes. Temos paz e nada se compara com a vida que vivíamos. Eu era cativo dos vícios e, hoje, tenho minha família de volta. Para mim, a fé é fundamental até para manter o que ganhei de mais precioso, que é a minha Salvação”, finaliza.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Demétrio Koch