Militante trans compara sexo biológico com imposição social e violência 

A declaração foi publicada em artigo que diz que pais não devem “impor” gênero nos filhos

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Uma ativista transexual chamada Marina Mathey publicou um artigo em que afirma que os pais não devem “impor” um determinado gênero aos seus filhos. Para ela, que se descreve como “multiartista e militante pelos direitos de pessoas trans”, tratar um criança conforme seu sexo biológico seria uma obrigação social e se compara a um ato de violência.

O artigo também traz diversas palavras na então chamada linguagem neutra, que substitui ele e ela, por “elus”, por exemplo. Seguindo o mesmo pensamento de autores progressistas e de esquerda, a militante resguarda a ideia de que gênero seria uma mera construção social, devendo ser algo diferente do sexo biológico.

“Me impuseram – a sociedade, minha família, os médicos, todes! – o gênero masculino. A performance masculina, as vestimentas, os brinquedos, os gostos, os desdéns”, declarou ela, que nasceu com o sexo masculino.

Essa é uma discussão que sempre vem à tona, sendo que especialistas já se posicionam contra a realização de cirurgias de mudanças de gênero em menores de idade e o grande índice de arrependimento de pessoas que fizeram o procedimento.

Infância roubada

Em uma recente reportagem, a psicóloga Alessandra Amorim afirma que existe de fato um conflito definido. “Passa a ser prejudicial a maneira como [a ideologia] é imposta. Isso, sim, vai trazer um conflito para a criança, porque ela não tem maturidade emocional para lidar com esse tema tão complexo para a vida dos adultos, quanto mais para uma criança”, disse ela.

Já a mãe Flávia Mayere, também ouvida pela reportagem, declarou sua preocupação sobre isso estar roubando a infância, até mesmo nas escolas. “Será que nós temos permitido que elas vivam a infância como crianças? Dentro de suas realidades de crianças, das suas brincadeiras, das suas fantasias de criança? E como isso vai ser levado? Vai ter uma verdade do professor? Vai ter algo que ele acredita ou que ele não acredita? Será que ele não vai trazer ideologias dele para essa ideologia de gênero?”, ponderou ela.

Essa distorção da infância e do perigo da ideologia de gênero para as crianças é mostrado no documentário “O Vestido Roxo”, que retrata a história de vida de Walt Heyer, que teve uma infância marcada por abusos sexuais e incentivo da avó para que o neto se vestisse como menina. As difíceis experiências o fizeram se questionar sobre sua sexualidade. Porém, um dia Walt resolveu procurar um especialista e foi diagnosticado com disforia de gênero. 

O documentário está disponível na plataforma Univer Vídeo.

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Colaborador

Redação / Foto: iStock