O plano da esquerda para destruir a língua portuguesa

Deputada catarinense apresentou projeto que tem como objetivo inibir o uso da linguagem não-binária em escolas públicas e privadas, uma pauta LGBTQI+ que tem apoio de partidos de esquerda. Entenda

Imagem de capa - O plano da esquerda para destruir a língua portuguesa

Recentemente, a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC) apresentou o projeto de Lei 2650/2021, que tem como objetivo vetar a utilização de pronomes neutros em escolas públicas e privadas em todo o território nacional.

O projeto da deputada propõe a inclusão do trecho: “Fica vedada às escolas públicas e privadas a utilização de linguagem neutra em todos os seus materiais didáticos e documentos oficiais”, no artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Para justificar o projeto, a parlamentar afirmou que “não é aceitável que essa ilegítima invenção seja reproduzida justamente no local onde os estudantes deveriam aprender a utilizar a Língua Portuguesa de acordo com as regras gramaticais”.

A parlamentar se une à luta contra a imposição da linguagem não-binária nas escolas. Recentemente, o estado de Santa Catarina, por onde a deputada foi eleita, proibiu o uso de pronome neutro em escolas e departamentos públicos.

Na prática, a linguagem neutra muda pronomes, pois, militantes de esquerda acreditam que o idioma do País não é inclusivo. Por isso, a sugestão dos que defendem a abordagem é que letras “a” e “o” sejam substituídas pela letra “e”, ao final de adjetivos. 

Por exemplo, a palavra “amigo” se transformaria em “amigue”. Já a palavra “aluno” daria lugar a “alune”, pois eles entendem que, assim, seria mais inclusivo.

Esse movimento conta, principalmente, com partidos políticos, que desejam ver essas pautas inseridas nas escolas, onde deveriam ser espaços de aprendizagem da norma culta da língua.

Por isso, recentemente, o Partido dos Trabalhadores (PT) ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação foi protocolada contra o governo do estado de Santa Catarina e o decreto estadual 1.329/2021.

O decreto proíbe instituições de ensino catarinenses, sejam públicas ou privadas, de adotarem o pronome neutro, assim como também veta que órgãos públicos utilizem o pronome neutro em documentos oficiais, pois são contrários às regras gramaticais consolidadas e ensinadas em todo o País.

Esse modo de falar tem ganhado, principalmente, os jovens e artistas. Em um vídeo em seu canal no YouTube, Giovanna Ewbank, por exemplo, entrevistou a atriz global Bruna Linzmeyer. No vídeo de pouco mais de 11 minutos, as duas artistas ajudam a disseminar a ideia do uso do gênero neutro para os mais de 4 milhões de inscritos no canal de Giovanna.

Essa ideologia tem ganhado adeptos em jovens, famosos, anônimos e políticos, mas fere a língua portuguesa.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, a professora de português, Cíntia Chagas, esclareceu que “quando o latim deu origem ao português, o masculino passou a compreender o gênero neutro”, portanto, tentar incluir linguagem não-binária no idioma do País “é um assassinato. Uma esquizofrenia”.

Já o professor Felipe Nery, em entrevista ao programa Opinião no Ar, afirmou que “na prática, você tem um discurso claramente deles ( da esquerda)” e que “só pode ser este discurso”, que bane “o que a gente tem de tradição biológica do que se tem de conhecimento”.

“Como é que você vai fazer análise morfológica, sintática, como é que vai fazer isso daqui, se começa a tirar as partes do discurso? [Ou seja], você vai começar a não aprender direito a sua própria língua…”, completou o professor.

imagem do author
Colaborador

Rafaela Dias / Fotos: iStock