“Fiquei três horas andando na rua e planejando minha morte”

Caroline da Costa sacrificou a vida antiga a Deus para conquistar uma nova

Imagem de capa - “Fiquei três horas andando  na rua e planejando minha morte”

Os maiores problemas de Caroline da Costa Amorim, de 27 anos, começaram na adolescência. Em 2004, ela frequentava a Universal mas, por causa de uma decepção, acabou se afastando de Deus. “Eu era uma pessoa complexada desde criança, pois convivíamos com o vício do meu pai. Ele gastava todo o salário com bebidas e ficava muito agressivo, mas tudo piorou quando me afastei de Deus.”

Para tentar aliviar as dores internas provocadas pelos problemas, Caroline consumia bebidas alcoólicas e até se tornou dependente delas.

Ela também recorria às amizades. “As amizades aparentemente me faziam esquecer um pouco dos meus problemas. Também conseguia alívio nas baladas e fumando narguilé, mas a tristeza sempre voltava”, conta.

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Apesar de aparentar felicidade, ela sentia como se estivesse com um buraco dentro de si. Isso a tornou uma pessoa nervosa e prepotente.

“Eu tinha resposta para tudo. Não abaixava a cabeça para ninguém nem para nada. Mas ninguém sabia que, quando eu estava sozinha, apenas chorava e sentia um vazio enorme. Foi quando descobri que tinha depressão.”

Sua infelicidade aumentava a cada dia. Então, ela também tentava encontrar paz nas relações amorosas, mas elas sempre lhe traziam frustração. “Tive um relacionamento muito abusivo e, por isso, me separei da pessoa. Porém me envolvi com outro rapaz logo em seguida achando que conseguiria curar o que o outro fez, mas aí começou o verdadeiro inferno na minha vida.”

O rapaz com quem ela havia se envolvido tinha muito ciúme. Além disso, a ex-esposa dele a perseguia. “Fiquei muito doente, mas nos exames não constava nada. Então, descobri que a ex-esposa dele estava frequentando casa de rezas para tê-lo de volta. Depois, quase tive leucemia. Virei pele e osso”, diz.

Descrente da vida, Caroline tentou o suicídio. “Sempre ouvia uma voz que dizia que eu não tinha mais jeito. Fiquei três horas andando na rua e planejando minha morte. Eu estava escolhendo a cor do carro, o tamanho e qual seria mais rápido para me
atropelar”, recorda.

Caroline não concretizou seu objetivo. Ela se lembrou das palavras que tinha ouvido na Igreja e, depois de 15 anos de afastamento de Deus, ela decidiu voltar e pedir ajuda a Ele. “Me dói lembrar desse dia e quão difícil é admitir que precisava de ajuda. Por mais que eu quisesse, parecia que tinha uma mão que me segurava. Mas naquele dia implorei pelo socorro Divino. ”

Depois de tantos anos de sofrimento, a jovem encontrou o alívio definitivo para sua alma. “O Senhor Jesus me libertou do deserto e sou uma pessoa completa, pois tenho o Espírito de Deus dentro de mim.”

Ela conclui que a transformação aconteceu por meio do sacrifício a Ele: “quando voltei, estavam falando da Fogueira Santa. Vi a oportunidade de mudança. Subi no Altar e entreguei a minha vida a Deus. Hoje, olhando para trás, vejo o deserto que atravessei, mas nunca penso em desistir, pois o Altar nunca falha”, afirma.

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Colaborador

Camila Teodoro / Fotos: Cedidas