Filhos que agridem os pais

3 atitudes que os pais devem tomar diante de agressões

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Milhares de crianças agridem seus pais todos os anos. De acordo com o último levantamento realizado pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)*, foram notificados 9.077 casos de violência de filhos contra seus pais.

Esses são apenas os casos graves o suficiente para os pais precisarem de atendimento médico. Nesses casos, os hospitais são obrigados a relatar o ocorrido.

Entretanto, milhares de outras agressões acontecem dentro de casa, sem que ninguém de fora saiba. Filhos gritam, xingam e até batem em seus pais.

A educadora Andrea Villas Boas explica que é normal ver agressividade na criança, já que ela não sabe expressar o que está sentindo como nós, adultos. “[Ou seja], o comportamento agressivo é uma forma de expressar o que ela está sentindo. Ela pode ser agressiva para se defender ou pode ser por um problema que ela vê acontecer em casa”.

Para pais que estão enfrentando situações como essa em casa, ela listou três atitudes essenciais:

1- Observe seu próprio comportamento

Andrea Villas Boas é coordenadora da Escola Bíblica Infantil (EBI). Experiente em lidar diretamente com as crianças, ela explica que o comportamento dos pequenos, geralmente, é reflexo do comportamento dos pais. Por isso, antes de cobrar dos filhos, é necessário que os pais vigiem seus próprios atos.

“Na maioria das vezes, o comportamento agressivo da criança é uma reprodução de um comportamento agressivo dos pais ou de pessoas com quem ela convive. A criança tende a imitar os comportamentos de quem está ao seu redor, tanto bons quanto maus comportamentos”, explica ela.

“Para prevenir casos de agressão, física ou verbal, os pais devem observar os comportamentos para não deixar fugir do controle. Não só o comportamento da criança, mas dos pais, também. Pois são grandes influências para seus filhos. É preciso saber agir nos momentos certos, saber falar, conversar e buscar ajuda quando necessário”.

2 – Imponha limites

“Educar e impor limites podem ajudar a corrigir esse tipo de comportamento. Dizer ‘não’ muitas vezes pode parecer cruel, mas é necessário e faz parte do processo”, orienta Villas Boas.

Essa repetição do “não” é importante, porque as crianças estão dispostas a “testar limites”. Faz parte do aprendizado delas descobrir até onde podem ir. Assim, muitas vezes, é necessário que os pais expliquem repetidamente as regras e imponham limites.

É importante lembrar também, que os pais devem ser equilibrados. O escritor Renato Cardoso ressalta isso em seu blog:

“Pai e mãe devem agir em conjunto para determinar certos limites e regras aos seus filhos, visando o bem deles. Comunicar bem essas regras aos seus filhos e não ter medo de aplicá-las. E sempre lembrar que o objetivo é protegê-los do mundo e deles mesmos—mas não exagerar na dureza e rigor. Pais devem ser equilibrados, permitir certos errinhos de seus filhos e não viver pegando no pé deles toda hora por qualquer coisa. Mas nas coisas principais, devem ser firmes e justos”.

3- Busque ajuda espiritual

Villas Boas também ressalta a necessidade de “entender quando esse comportamento agressivo sai do plano físico e entra no plano espiritual. Quando os pais tentam de tudo e nada resolve, o problema pode ser espiritual. E pode ser a hora de buscar ajuda espiritual”.

De acordo com ela, “muitas crianças hoje passam por problemas espirituais e são atormentadas sem entender o que está acontecendo. Na maioria das vezes, sofrem caladas por não conseguir discernir o físico do espiritual”.

Para pais nessa situação, Villas Boas indica a própria EBI:

“Todas as sextas há uma reunião específica nesse sentido no Templo de Salomão. E as crianças também recebem acompanhamento espiritual. Enquanto os pais estão no salão, as crianças estão na EBI, recebendo ajuda necessária”.

Os horários no Templo de Salomão são: 7h, 10h, 12h, 15h e 20h, sempre às sextas-feiras.

Para saber mais sobre os horários da EBI, clique aqui.

(*) Números de 2016

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images