Explorados por Cuba, ex-integrantes do “Mais Médicos” denunciam a realidade do programa

Implantado pelo PT, o programa era o maior financiador da ditadura cubana, segundo Departamento de Estado dos EUA

Trazer médicos de Cuba é a solução para a saúde pública brasileira? Essa foi a promessa do programa “Mais Médicos”, criado no governo de Dilma Rousseff (PT), em 2013. Agora, anos depois, o Departamento de Estado dos Estados Unidos (EUA) e grupos de direitos humanos reconheceram que o modelo do governo cubano de trazer médicos e outros profissionais de saúde para o exterior como sendo tráfico de pessoas. Além de ter sido a maior fonte de dinheiro para financiar a ditadura cubana. 

O que você precisa saber:
  • Desde 2018, uma ação judicial está em andamento nos EUA, quando quatro ex-integrantes do Mais Médicos conseguiram fugir da vigilância cubana e denunciar a Organização Panamericana de Saúde (OPAS).
  • Uma delas foi a médica Ramona Matos, que levou documentos que comprovam como era feito o financiamento da ditadura cubana com dinheiro brasileiro. “A OPAS inicialmente transferiu dinheiro do tesouro federal brasileiro para o governo cubano, porque os negociadores não acreditavam que o Congresso brasileiro autorizaria o programa diretamente”, contou o advogado Sam Dubbin, que defende médicos cubanos na justiça americana, à Gazeta do Povo.
  • Em entrevista, o advogado contou que a OPAS confiscou os salários de milhares de médicos cubanos, submetendo-os a condições de trabalho forçado. Além de terem sido mandados para o Brasil sem direito a escolha e nenhuma informação de qual cidade atuaria e nem sequer sobre quais atividades iriam desempenhar. 
  • E não para por aí, segundo Dubbin, os profissionais cubanos eram monitorados e não podiam circular nas cidades fora do horário de trabalho sem a autorização dos supervisores. Ainda, recebiam apenas aulas de português básico e de “métodos de doutrinação política da população brasileira local”, com o objetivo de apoiar Cuba e políticos brasileiros que defendiam os ex-ditadores do país, Fidel e Raúl Castro.
  • “Eles foram obrigados a ‘doutrinar’ os pacientes brasileiros com propaganda pró-Cuba – o que gerou até críticas de algumas autoridades brasileiras”, recordou o advogado.
  • De acordo com o processo, “a OPAS arrecadou mais de US$ 75 milhões (R$ 389 milhões na cotação atual) desde 2013 ao permitir, gerenciar e aplicar o tráfico humano ilegal de profissionais médicos cubanos no Brasil”.
Vale lembrar:
  • O ano era 2015, e naquela ocasião a emissora de televisão Band expôs áudios de uma reunião secreta realizada com assessores de ministérios do governo petista, antes do lançamento do “Mais Médicos”, onde se falava da necessidade de esconder que o programa, na verdade, era um acordo entre Brasil e Cuba, por isso existia um percentual baixo de profissionais de outros países. 
  • Anos mais tarde, em 2018, foi a vez de um jornal, em São Paulo, divulgar telegramas que tiveram sigilo expirado, onde a embaixada brasileira em Cuba explicava que a ideia do Mais Médicos veio de Havana, capital cubana. Inclusive, essas comunicações mostraram que, em 2012, a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos (SMC) veio ao Brasil para mapear as áreas carentes de profissionais.
  • Ainda, em 2019, foi enviada uma carta da Organização das Nações Unidas (ONU) a Cuba, exigindo esclarecimentos sobre as condições de trabalho dos profissionais do programa. 
  • Curiosamente, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito e tomou posse em 2019, o próprio governo ditador de Cuba chamou de volta todos os médicos cubanos que estavam no Brasil. Mas, alguns desses profissionais pediram cidadania para continuar no país.
O que analisar:
  • No governo de Bolsonaro, o programa Mais Médicos foi encerrado oficialmente e no seu lugar nasceu o Médicos Pelo Brasil, com o “objetivo de estruturar a carreira médica federal para locais com dificuldade de fixar o profissional e com alta vulnerabilidade social”. Valorizando, assim, os profissionais brasileiros, trazendo assistência qualificada para a saúde pública do país.
  • Em contrapartida, o Partido dos Trabalhadores (PT) já afirmou que a retomada do Mais Médicos é uma das prioridades de Lula, caso seja eleito. 

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Redação / Foto: iStock