“Eu queria que acontecesse uma tragédia para que eu morresse”

Emanuelly conheceu as drogas e o tráfico aos 13 anos e com problemas internos desejava morrer

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A jovem Emanuelly Manzoni, assistente comercial de 22 anos, teve uma infância e juventude conturbadas. “Eu nasci em um lar destruído, cheio de brigas, confusões, marcado pelos vícios e com isso me tornei uma criança traumatizada, agressiva e com complexo de inferioridade”, explica.

Por não receber atenção, ela desenvolveu uma carência emocional e foi procurá-la em outras pessoas e lugares. “Foi por conta disso que aos 13 anos acabei conhecendo o cigarro, a maconha, a cocaína e posteriormente o tráfico, além de frequentar baladas e festas para me sentir bem em alguns momentos”, conta.

Tudo o que Emanuelly procurava era ter paz e ficar longe de sua família para esquecer os problemas. “A carência era tão grande que sempre procurei compensá-la com a atenção de rapazes e, para recebê-la, eu usava roupas vulgares e sempre me envolvia em brigas e confusões. Além disso, eu tinha prazer em fazer mal às pessoas como forma de devolver meu sofrimento”, diz.

Ela desenvolveu muitos problemas psicológicos e internos e sua mãe a levou a consultas com especialistas, mas nada resolveu. Tudo piorou quando ela teve uma desilusão amorosa e desenvolveu depressão aos 14 anos. “Eu já tinha vivido vários relacionamentos tanto com homens quanto com mulheres. Fiquei depressiva e ficava vários dias no quarto sem tomar banho nem comer. Passei a ver vultos, a ouvir vozes e a ter pesadelos ao dormir”, recorda.

Na adolescência, ela já se via como uma pessoa frustrada, com muitos problemas e sem perspectiva de vida, o que a levou a ter desejo de morrer. “Eu não acreditava que tinha como resolver os meus problemas, então passei a desejar a morte. Eu tentei me enforcar embaixo do chuveiro, mas não consegui. Esse desejo era tão grande que onde quer que eu fosse queria que acontecesse uma tragédia para que eu morresse.”

Tendo uma vida tão conturbada, o fundo do poço dela foi quando fez a segunda tentativa de suicídio. “Dessa vez eu usei medicamentos fortes, porque queria morrer sem sentir dor, mas fiz o seguinte desafio a Deus: se minha alma tivesse valor e houvesse solução para a minha vida, que Ele fizesse algo por mim”, diz.

A tentativa de se matar não deu resultado e ali ela viu que Deus tinha a solução para sua vida. Ela já conhecia o trabalho realizado pela Universal, que frequentou algumas vezes. “Fui à igreja à procura de paz e, mesmo que a mudança fosse difícil, eu queria parar de sentir aquela dor. Então, decidi entregar minha vida a Deus, mudei meu comportamento, esqueci o passado e me batizei nas águas.”

Obedecendo ao que era ensinado nas reuniões pelos pastores, seu interior foi transformado, ela buscou o Espírito Santo e, ao recebê-Lo, encontrou a paz e felicidade que tanto procurava. “Eu não queria mais algo passageiro. Ter Deus dentro de mim foi algo inexplicável. Senti uma paz enorme, a certeza que Ele estava dentro de mim e a partir dali tudo foi diferente”, afirma.

Hoje, Emanuelly está com sua vida e interior totalmente transformados. “Não preciso de drogas, de amizades nem de baladas. Sou feliz, tenho paz, um casamento e um trabalho bem-sucedidos e quero levar essa mudança que Jesus fez em mim para outras pessoas”, conclui.

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Colaborador

Camila Teodoro / Fotos: cedidas