Em Botsuana, país do continente africano, com cerca de 2,3 milhões de habitantes, junto com a pandemia de COVID-19 também vieram alguns agravamentos sociais. Visto essa condição e diante dos desafios decorrentes, o trabalho social e espiritual da Universal nunca cessou.

Respeitando todas as normas sanitárias e de distanciamento, voluntários têm alcançado famílias com visitas e distribuição de cestas básicas em comunidades e vilarejos ao redor do país. Ademais, levam ajuda material, além de fé e esperança, por meio da Palavra, a instituições. A exemplo do grupo Woman in Action (Mulheres em Ação), formado por esposas de pastores.

A cada duas semanas, por exemplo, o grupo visita a escola inclusiva, que atende jovens com deficiência visual, ‘Linchwi Junior School’.

A saber, localizada no vilarejo de Muchudi, a 40 quilômetros da capital Gaborone, e que conta com mais de 500 estudantes. 45 deles, com deficiência visual, entre 13 e 25 anos, moram no alojamento da escola e, portanto, voltam para casa apenas no período de férias.

“Junto aos pastores e obreiros, chegamos ao local por meio do pedido de um dos professores, que soube do trabalho feito na Universal com pessoas que já sofreram algum tipo de abuso, trauma ou passam por problemas emocionais. Fizemos nossa primeira visita em outubro de 2020 com o objetivo de ajudar os alunos que vinham sofrendo com depressão, afetados emocionalmente devido à solidão que enfrentavam. E, também, com problemas familiares, o que vinha acarretando violência no meio dos alunos, e até mesmo tentativas de suicídio”, contou Amanda Valle, responsável pelo grupo em Botsuana.

Aprendendo a Palavra de Deus

Além dos aconselhamentos individuais, orações e mensagens de fé, também é oferecido aos alunos café da manhã e são distribuídos álcool em gel, máscaras (faceshield). Bem como kits de higiene pessoal (contendo sabonete, hidratante de corpo, absorvente, desodorante, pasta e escova de dentes) e peças de roupas para os rapazes e moças.

Ademais, em uma ação especial, o grupo doou a Bíblia em áudio, que pode ser ouvida através do circuito de cinco aparelhos de rádios, um em cada alojamento. “Trabalhar com esses jovens tem sido um privilégio e uma grande oportunidade de espalhar amor e compreensão entre os alunos. Essas visitas dão aos alunos esperança. E, também tem dado a eles a oportunidade de conhecer a Palavra de Deus por meio da Bíblia em áudio, disse a voluntária Gaone Tladi, de 34 anos.

O grupo ainda realiza projetos quinzenais como o “bate-papo entre meninas/rapazes”. Na ocasião, eles têm a oportunidade de debater sobre comportamento, higiene, tiram dúvidas sobre o dia a dia. Além de aprenderem sobre a Palavra de Deus.

Em recente visita realizada pelos voluntários, oito jovens decidiram entregar a vida para Jesus se batizando nas águas. O Bispo Luís Valle, responsável pelo trabalho da Universal no país, também visita o local, sempre dividindo uma palavra de fé e encorajamento aos jovens. “Esses jovens enfrentam dificuldades diárias. Mas, ao crerem que o Senhor Jesus está com eles onde quer que estejam, não precisam temer. Pois, Deus os fará mais que vencedores”, disse.

Crescimento pessoal e espiritual

A senhora Barati Ntshole, responsável pela educação especial dos alunos na escola, comenta que antes dos voluntários começarem a fazer este trabalho, os alunos eram muito rebeldes. Muitas vezes incontroláveis, o que os levavam até mesmo à suspensão, como uma forma de reflexão sobre seus atos. “Mas, desde que a Universal chegou até nós, não houve mais suspensão. Tivemos uma grande melhora no comportamento dos alunos, e muitos têm apresentado progresso nos estudos”, afirmou.

“Após darmos uma mensagem de fé e orarmos pelos presentes, percebemos a motivação e o encorajamento no rosto deles. Por isso, consideramos este trabalho extremamente importante para o crescimento espiritual destes estudantes. E, visamos a salvação dessas almas como o maior alvo”, concluiu o Bispo Luís Valle.

Grupo WiA

Criado em 2009, o grupo Woman in Action (Mulheres em Ação) conta com 264 voluntárias na África do Sul, Botsuana, Tanzânia, Quênia, Lesoto e Zâmbia. E, atua no apoio às vítimas de abuso e violência sexual. Bem como realiza campanhas contra o tráfico humano e auxilia mulheres com histórico de vício e prostituição.

O programa é reconhecido e respeitado pelas ações desenvolvidas em prol das vítimas de câncer e reconhecido pela União para o Controle Internacional do Câncer (UICC), órgão não governamental com representação na Organização das Nações Unidas (ONU).

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