Essa doença silenciosa merece a sua atenção

A osteoporose acomete homens e mulheres. Saiba mais

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A osteoporose é uma doença silenciosa e isso dificulta seu diagnóstico. Ela é caracterizada pela perda de massa óssea, o que a torna a principal causa de fraturas na população acima de 50 anos, pois provoca mudanças no formato dos ossos, o que compromete a força e o equilíbrio.

Segundo a Federação Internacional da Osteoporose (IOF na sigla em inglês), a doença atinge cerca de 200 milhões de mulheres no mundo. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o problema afeta 10 milhões de pessoas, especialmente mulheres na pós-menopausa, mas não são somente elas que sofrem com esse problema. A doença acomete de 10% a 15% dos homens com mais de 65 anos. Segundo a IOF, as complicações das fraturas nos homens podem até ser mais graves.

Em entrevista à BBC Brasil, o reumatologista Charlles Heldan de Moura Castro, presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) e professor-adjunto da disciplina de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), afirma que os homens têm uma vantagem: “a geometria dos seus ossos. Eles são maiores e mais fortes, mas, pelo fato de demorarem mais a procurar o médico, também obtêm um diagnóstico tardio, feito normalmente depois do aparecimento de alguma fratura”, explica.

Além do sexo e da idade, existem outros fatores de risco para o desenvolvimento da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, o principal é a deficiência de cálcio, provocada por dieta pobre no mineral ou por alguma síndrome de má absorção como, por exemplo, a doença celíaca, inflamação intestinal provocada pela ingestão de glúten. O histórico familiar, o baixo peso, o sedentarismo, o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o uso prolongado de medicamentos à base de corticoide e a baixa exposição à luz solar também são causas prováveis. Ainda entram na lista: ser portador de doenças como artrite reumatoide, aids, diabetes e alguns tipos de câncer, ter deficiência ou excesso de certos hormônios e ter se submetido a cirurgia bariátrica.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson