“Comecei a roubar para comprar uísque”

Apesar de ver o álcool destruir a vida de seu pai, Bruno Costa se rendeu ao vício quando se afastou de Deus

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A história do autônomo Bruno Vinicius Costa, de 26 anos, começa antes mesmo de seu nascimento. Segundo ele, sua mãe servia a encostos e, ao descobrir que estava grávida, o pai de santo lhe pediu o bebê como oferta. Por outro lado, seu pai o rejeitou, alegando que o filho não era dele, e chegou a agredir sua mãe. Com medo do que poderia acontecer depois do nascimento da criança, ela tomou remédios para tentar encerrar a gravidez, mas, nessa época, conheceu a Universal e desistiu daquele plano.

Bruno nasceu e cresceu na Igreja e aprendeu desde cedo sobre a Fé. No entanto, em casa, a situação era delicada: “meu pai e minha mãe se separaram e reataram oito vezes”, lembra. Bruno também viu seu pai se afundar no alcoolismo e nas drogas, a ponto de abandonar a família e ir morar nas ruas.

Ele conta que sua infância e adolescência foram conturbadas. “Com isso, acabei me tornando um jovem revoltado”, diz ele, que decidiu se afastar da Igreja. Bruno desejava ser diferente de seu pai, mas admite que se tornou um homem pior do que seu genitor: ele começou a beber e, para sustentar o vício, chegou a roubar a empresa em que trabalhava e quase se envolveu com estelionato.

“Uma vez eu bebi de uma da tarde até as nove horas da noite e não fiquei bêbado.Era vício mesmo. Por causa disso, eu queria consumir bebidas mais caras e comecei a roubar para comprar uísque, manter o vício e mostrar para os outros”, recorda.

Assim, ele foi se afundando no álcool, como seu pai. Além disso, Bruno se envolveu em vários relacionamentos. Na roda de amigos, ele sempre defendia a fidelidade até que, indo contra seus próprios ideais, traiu a namorada que tinha na época.

O exemplo certo
Certa manhã, Bruno acordou exatamente às 8h30, depois de beber muito, e se lembrou de que era nesse horário que ele acordava para ir à Igreja, da qual estava afastado havia quatro anos. Nesse período, seus pais tinham restaurado o casamento com o apoio da Terapia do Amor e estavam firmes na Fé.

Então, abalado com o rumo que sua vida tinha tomado e inspirado pela mudança na vida de seus pais, ele aceitou o convite para voltar à Universal. “Retornei numa quinta-feira. Quando cheguei, a Palavra que eu ouvi foi ‘você, que não quer mais ser esse homem, venha aqui na frente’. Com tudo que eu já tinha passado e tudo que já tinha ocorrido, percebi que aquela Palavra era para mim e fui decidido”, recorda. Bruno tomou a decisão de se desvencilhar do passado e escrever uma nova história.

Seu processo de libertação foi rápido: “em três meses eu já tinha recebido o Espírito Santo, mas, ao mesmo tempo, foi difícil tirar toda a bagagem, todo o peso e toda a podridão do mundo que eu carregava”, diz. Depois desse esforço, ele explica que finalmente teve sua vida restaurada, se libertou de todos os vícios e aprendeu a ter caráter, postura e a manter sua palavra.

Hoje, Bruno tem uma família feliz e unida em sua casa e, em breve, constituirá sua própria família ao lado da atual noiva e terá Deus como base dessa união. Ele também é integrante voluntário do Grupo Socioeducativo e ajuda outras pessoas a reescreverem suas histórias por meio da Fé.

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Colaborador

Laís Klaiber / Foto: Demetrio Koch