Após 16 minutos morto, Bispo Adilson volta à vida sem sequelas
No Templo de Salomão, ele contou o que aprendeu com essa experiência
Neste domingo (22), durante a reunião das 9h30, no Templo de Salomão, o Bispo Adilson Silva, acompanhado da sua esposa Rosana e também do Bispo Jadson Santos e Bispo Renato Cardoso, esteve presente no Altar para contar a sua experiência de morte.
Bispo Adilson, nos primeiros minutos da madrugada de 11 de junho (quarta-feira), sofreu um infarto e ficou 16 minutos sem vida. Esse tempo se decorreu do momento em que ele caiu desacordado no campo de futebol — onde comumente joga às terças-feiras — até a chegada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Maria, zona norte da capital paulista, e o recebimento dos primeiros socorros. O Bispo estava desacordado, cianótico (coloração azulada ou arroxeada da pele devido à falta de oxigenação no sangue) e não apresentava pulso, ou seja, o coração não estava batendo.
O que os médicos disseram:
Ao iniciar a reunião, o Bispo Renato Cardoso apresentou os relatos dos médicos que testemunharam o acontecido com o Bispo Adilson.
- O médico de emergência Leonardo Dino foi o primeiro especialista que prestou atendimento na UPA e contou que o paciente chegou em estado grave. Então, foi diagnosticada uma parada cardiorrespiratória. Foram 8 minutos de medidas para ressuscitação cardiopulmonar até que o coração voltou a bater e o Bispo voltou a ter sinais de vida. De acordo com Dino, via de regra, o cérebro aguenta de 2 a 3 minutos sem oxigenação para que não haja sequelas no paciente. A partir disso, os neurônios passam a morrer e o paciente quando volta pode sofrer com uma série de lesões. Em seu depoimento, o médico pontuou: “O coração parar é a coisa mais grave que temos na medicina (…) Um paciente que tinha tudo para dar tudo errado (…) Realmente existem algumas coisas que você não consegue explicar”.
- Por sua vez, a cardiologista Roberta Azzolini, do Hospital Moriah, para onde o Bispo Adilson foi transferido ainda na madrugada de 11 de junho, explicou que uma grande preocupação era com as sequelas. O Bispo permaneceu dois dias em coma induzido para proteção neurológica. Nesse ínterim, alguma sequela era prevista. Contudo, no mesmo dia da extubação, que ocorreu na sexta-feira, 13 de junho, ele já estava conversando. A médica ainda apontou que aproximadamente 10% das pessoas que sofrem evento semelhante sobrevivem, e destacou: “O que aconteceu com ele não está no livro, na explicação, na medicina. Eu considero um verdadeiro milagre”.
- O médico Guilherme Sangirardi, cardiologista e intervencionista no Moriah, relatou a gravidade do quadro clínico, pois conseguiram detectar que havia uma artéria totalmente obstruída e outra com 90% de obstrução. Dessa forma, o Bispo passou por uma angioplastia e ainda durante o procedimento teve uma arritmia. Ele considerou o caso como “não comum”. E ressaltou: “Em 20 anos de experiência e de prática de cardiologia, nunca me deparei com um caso com esse de tempo de reanimação e o estado final do paciente”.
‘Deus, eu não aceito sequelas’:
Em seguida, antes mesmo de começar a contar a sua história, o Bispo Adilson passou a palavra para a esposa. Rosana relatou como agiu diante de tudo o que ocorreu e, principalmente, ao ouvir dos médicos tudo o que poderia acontecer.
- “Os médicos falavam e eu ia aos pés do Senhor Jesus. Eu ouvia os médicos, mas clamava: ‘Deus, eu não aceito sequelas’. Quando ele foi retirado do coma (e foi respondendo a todos os exames, a reconheceu e o filho também), eu falei: ‘Ninguém explica Deus, é um milagre’. Então, tudo o que os médicos viam ali naquele momento era o verdadeiro milagre. Eles ficaram felizes, porque ele não tinha sequelas”, destacou Rosana.
O Bispo Adilson contou que a primeira memória que tem é a dos médicos fazendo os primeiros exames para checar se havia ficado alguma sequela. Destacou a boa sacada da doutora Filomena que pediu que levassem um violão até ele. E o Bispo, ainda na UTI, tocou e cantou duas canções, o que foi o teste “mais confiável” para provar que não havia sequela, pois a música é matemática, memória e coordenação motora.
Sobre o período que ficou morto, o Bispo Adilson comentou:
- “Eu não vi nada. E se vi, não lembro (…) Eu sei que tem gente que teve experiência semelhante e relata que viu anjos, demônios, o céu. Mas eu não vi”, reforçou.
A nossa vida é como o vapor:
Ele relembrou que, dias antes disso tudo acontecer, firmou um propósito de oração com a esposa, de lerem a Bíblia juntos. E depois de tudo, quando já estava fora do coma, no quarto do hospital, começou a refletir. Então, o Espírito Santo trouxe os seguintes versículos para reflexão:
“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.” Tiago 4: 14
- E continuou: “Eu nunca vivi tanto isso. Porque eu não sabia o que ia acontecer (…) A gente vê nessa passagem a fragilidade da vida humana. Nós somos como o vapor. A nossa vida é como o vapor. E o que isso serve para você? Eu tenho absoluta certeza que se eu não voltasse, estaria com Deus. Não pela minha justiça. Embora a gente procure andar em justiça todos os dias praticando a Palavra. Mas, porque, antes da morte, eu aceitei a Salvação que Jesus me ofereceu. A pergunta é: você já aceitou? Ou você é aquele que ainda diz ‘amanhã eu me batizo’, ‘uma hora eu me entrego’, ‘vai chegar a hora que eu vou me consertar’. Será que vai dar tempo? Ninguém sabe o dia de amanhã”, disse.
Tudo coopera para o bem:
Ele citou também outra passagem em que Deus falou com ele, neste período — e que ainda o inspirou a compor um nova música durante a sua recuperação — a exemplo de Romanos 8:28 (“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”).
- “Deus trabalha com conhecimento, saber. Você tem que ter conhecimento. Não adianta você sentir. Se você ama a Deus, ainda que o que aconteceu não seja bom, Deus vai transformar isso em bem. A dor não é boa, mas Ele transforma a dor em bem para você, se você O ama. Jesus disse que quem O ama, obedece os Mandamentos. Não adianta dizer que O ama por sentimento, se você não tem usado a cabeça, não tem andado na presença de Deus. Então, tudo coopera para o bem daqueles que amam, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito”, reiterou o Bispo.
Em seguida, o Bispo Adilson realizou uma oração especial aos que estavam presentes e a todos que acompanhavam a transmissão ao vivo.
Mais uma coisa para você aprender com esta história:
Em seguida, o Bispo Renato esclareceu uma questão que foi levantada durante a recuperação do Bispo Adilson de que a Universal estava escondendo o fato. Ele falou sobre o quanto é importante vigiarmos nossos ouvidos para não dar atenção a fofocas. E como devemos agir em oração diante das nossas lutas, para depois contar o nosso testemunho ao mundo.
- “Quando você vem para a Igreja, o nosso trabalho é abençoar você. É tirar as ansiedades, os problemas. É passar fé, espírito, confiança, esperança; e não colocar mais problemas sobre os seus que já são pesados. Então, não falamos porque não tínhamos nada de bom para falar ainda. Isso é uma coisa que você tem que aprender. Porque muitas pessoas que não vivem a fé, quando são atingidas por uma má notícia, desabam, choram, murmuram, reclamam, ficam falando para o mundo inteiro, nas redes sociais buscando empatia. E não faltam os aproveitadores que querem cliques e vão fofocar a má notícia que ouviram. Eu queria lembrar que fofoca não é de Deus, é de Satanás. (..) Se você está passando por uma luta, você tem que falar com Deus, orar, e não falar com as pessoas. Então, quando você tiver o testemunho, aí sim ‘bota a boca no trombone’. Os testemunhos são para todo mundo saber”.
Crer não por um milagre, mas pela Palavra de Deus:
Logo depois, Bispo Renato citou a passagem em João 11:25-26: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?”
- “Jesus, quando chamado pelas irmãs de Lázaro para curá-lo, se demorou. Lázaro morreu. Depois de quatro dias, Jesus chegou e deu essa lição sobre a morte para todos nós. Veja, Jesus nos ensinou sobre como vencemos a morte. Se tivesse acontecido do Bispo Adilson falecer, para nós ele teria morrido. Mas não para Deus. Para nós ele teria morrido porque na Bíblia a palavra morte significa separação (…) Quando a pessoa em vida crê em Jesus como seu Senhor e Salvador, então, Ele que é a ressurreição e a vida faz com que essa pessoa mesmo morrendo, viva. Você que crê nEle, vive a sua vida em obediência a Ele, não tem medo da morte porque você sabe que nunca vai morrer. Não há morte para quem está salvo no Senhor Jesus”, pontuou.
E concluiu:
- “Muitos vieram aqui hoje porque ouviram essa notícia. Precisou o Bispo Adilson morrer para alguns de vocês voltarem à Igreja. Mas há quem já morreu por você há dois mil anos. Jesus ressuscitou e está vivo. Às vezes, a gente pensa que a pessoa precisa ver o milagre para crer. Mas não. Ela precisa ouvir a Palavra e crer. Se você crê por causa de um milagre, isso não é base para a fé. A gente tem que crer por causa da Palavra de Deus”.