“A prostituição e os namoros curtos foram meu fundo de poço”

Depois de anos marcados por festas e bebidas, Juliana Carvalho encontrou uma razão para viverKelly Lopes

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A carioca e estudante de educação física Juliana Carvalho Rodrigues dos Santos, de 24 anos, conta que pagou um alto preço por ter vivido parte de sua vida para satisfazer suas vontades.

Filha de um casal de obreiros, ela afirma que desde muito nova ouvia falar sobre o amor de Deus. “Fui criada na presença dEle, mesmo assim quis conhecer os prazeres do mundo. Ainda na adolescência me envolvi com um rapaz bem mais velho e usuário de drogas. Passei a andar com más amizades e já não respeitava meus pais”, recorda. Juliana relata que já nessa época tinha muitos pesadelos e sentia medo de estar sozinha.

Aos 15 anos, ela estava em seu segundo relacionamento e diz que acreditava que as amizades e a curtição preencheriam o vazio que sentia.

“Dali em diante fui de mal a pior. Passei a fazer coisas que eu nunca imaginaria, comecei com a bebida, depois com o vício em cigarro. Foi uma grande decepção para os meus pais, eles já não tinham controle sobre mim. Eu passava noites e dias fora de casa em bailes funk, boates e festas”, detalha.

Com o passar do tempo, Juliana afirma que a situação foi se tornando cada vez pior e sua vida se resumia a baladas, bebedeiras, obsessão pelo corpo e até prostituição. “Minha prioridade era o lado de fora, eu tinha que mostrar para todos que estava bem, que tinha um corpo sarado. A prostituição e os namoros curtos foram meu fundo de poço. Eu vivia tentando preencher meu vazio com a bebida e com novos relacionamentos, mas tudo acabava mal. Cheguei a ir a cemitérios fazer oferendas para entidades, mas meus relacionamentos eram fracassados. Eu sofria calada, no fundo sabia que eram os frutos de minhas escolhas.”

Juliana conta que estava revoltada com Deus e procurou ajuda em “uma casa de encostos”, mas, depois disso, já não conseguia dormir, ouvia vozes e não tinha paz. “Guardava uma faca embaixo da cama, não queria mais viver, mas, ao mesmo tempo, tinha medo de cometer suicídio por conhecer a Palavra de Deus.” Ela acrescenta que tinha ódio do próprio pai.

Juliana admite que deu muito trabalho, porém, seus pais nunca desistiram dela: “lembro que um dia minha mãe me falou que eu seria uma mulher de Deus e teria um casamento abençoado, eu respondi que ela deveria perder as esperanças”.

Nova vida
Em 2019, Juliana recebeu mais um convite dos pais para assistir a uma reunião na Universal e resolveu aceitá-lo. Dessa vez, ela estava decidida a recomeçar. Por isso, levou a sério tudo o que era ensinado na Igreja e, em pouco tempo, se libertou dos vícios e das perturbações. “Passei a caminhar com Jesus, abandonei o passado e as amizades e me batizei nas águas. Hoje sou uma pessoa feliz, tenho paz, sou casada com um homem de Deus. Amo minha família, me dou muito bem com meu pai e quero viver para honrar o Senhor Jesus pela transformação em minha vida.”

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: Mídia FJU Sede de Iguaba Grande/RJ e arquivo pessoal