A política vai muito além do voto

Escolher os políticos e deixá-los agirem como quiserem durante o mandato é um grande erro que afasta o povo da verdadeira cidadania e não contribui para termos uma sociedade melhor

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A Constituição Federal do Brasil estabelece, em seu artigo primeiro, que o poder emana do povo, que pode exercê-lo diretamente ou por meio de representantes eleitos. Mas não é porque os representantes estão no poder que o povo vai deixar tudo nas mãos deles e cruzar os braços. Compete à população fiscalizar aqueles a quem elegeu, um direito também garantido pela Constituição.

Assim, se engana quem pensa que sua obrigação política termina ao apertar o botão “confirma” na urna eletrônica e que só precisará pensar nisso de novo depois de dois anos. Quando eleitos, os representantes devem ter suas atuações acompanhadas tanto por aqueles que os elegeram quanto pelos que não votaram neles.

Afinal, quem está na política deve governar pelo bem de toda a população, como determina o regime democrático.

A política é feita no dia a dia, incessantemente, e o cidadão deve ter consciência disso. Você sabia, por exemplo, que todo cidadão tem direito a comparecer às sessões plenárias e audiências públicas nas câmaras municipal ou federal ou nas assembleias legislativas de seus Estados?

Além disso, as câmaras municipais (onde trabalham os vereadores), as assembleias legislativas (onde trabalham os deputados estaduais) e o Congresso Nacional (onde atuam os deputados federais e os senadores) realizam, constantemente, consultas públicas on-line e cada cidadão pode votar nos temas discutidos nelas.

A opinião do cidadão também pode ser enviada direto ao gabinete de cada legislador, via e-mail oficial deles, disponível no site de cada Casa Legislativa. Aliás, esses sites (assim como os sites do Poder Executivo) trazem todas as informações sobre comissões, projetos de lei em discussão, verbas utilizadas, etc. Nesses tempos tão digitais, as principais informações sobre os representantes políticos estão ao alcance de todos os cidadãos.

Acesso à Informação
Desde 2011, vigora no Brasil a Lei de Acesso à Informação (LAI), cujo princípio fundamental é garantir o acesso à informação pública. Ela possibilitou à população acompanhar seus representantes por meio de diversas ferramentas disponíveis. Uma delas é o Portal da Transparência do Governo Federal. Lá existem informações de como o dinheiro público é usado pelo Poder Executivo na esfera federal (Presidência da República e ministérios). O endereço eletrônico é portaltransparencia.gov.br.

Além desse portal específico do Governo Federal, também há os relativos aos Poderes Legislativo e Judiciário e os destinados aos governos estaduais e municipais. Pesquise nos sites de busca colocando o nome do órgão, adicione a palavra transparência e o endereço do portal (sempre terminado com gov.br) será mostrado.

Também um dever espiritual
“Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens” (Salmos 115.16). Sim, está na Bíblia que Deus nos confiou Sua criação, motivo mais do que suficiente para não ficarmos de braços cruzados achando que basta votar e ponto. Ele entende que tudo o que rege nosso dia a dia – e que é tratado pelos representantes em quem votamos – é importante para a plenitude de nossa existência neste mundo.

Votar seria o começo de tudo isso? Não, nosso trabalho começa ainda antes disso: no período de refletir qual é a escolha mais correta do nome de quem receberá nosso voto e nos representará. A urna é uma “peneira” que não trabalha sozinha, pois ela depende de nós para, ao apertarmos seus botões, separarmos aqueles que só agem em prol do interesse próprio dos que exercem a verdadeira democracia para o bem de todos.

Sim, nós somos responsáveis por colocarmos no poder um dirigente hábil e honesto ou um corrupto que só fará a sociedade ficar pior.

Por isso mesmo é importante sabermos não só como estão agindo nossos representantes, mas, também, antes que eles ocupem seus cargos, quais são suas propostas, plataformas e o que seus partidos defendem. Eles sugerem valores que fortalecem a família, por exemplo, ou são daqueles que querem prejudicá-la, tornando a sociedade o caos que querem para lucrarem mais com isso? Ao pensar nisso fica mais fácil entender que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”.

Como participar de perto
José de Arimateia foi um homem muito influente na época em que o Senhor Jesus esteve na Terra como homem. Senador e membro do Sinédrio (Corte Suprema), ele tinha privilégios que lhe permitiram acesso ao governador Pôncio Pilatos para lhe pedir permissão para fazer o correto sepultamento do corpo do Messias, o que não era permitido a outros condenados mortos na cruz e que o povo, sem acesso político pleno, não conseguiria.

Idealizado pela Universal, o Grupo Arimateia leva esse nome exatamente pelo fato de simbolizar o elo direto entre a política e o povo de Deus, para conscientizar o cidadão brasileiro sobre a importância de exercer seu direito de escolha de representantes políticos com bons princípios, que defendam ideologias favoráveis à nação, como a família, e que lutem em prol dos interesses coletivos e não os de pequenos grupos com objetivos mesquinhos e prejudiciais à sociedade.

Por isso é tão importante derrubar os velhos e enganosos clichês de que fé e política não se misturam e de que todo político é corrupto.

A corrupção acontece justamente pelas más escolhas e em razão dessa distância entre eleitor e eleito.

Qualquer cidadão pode participar do projeto, esteja ele em um cargo político ou não, para ajudar na conscientização do povo. Para saber mais, acesse as redes sociais @arimateia_oficial (Instagram) e facebook.com/arimateiaoficial.

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Colaborador

Redação / Foto: Getty Images