Godllywood, uma palhaçada?
“Frescura, palhaçada, tanta alma pra ganhar e fica aí: um monte de mulheres vestidinhas de rosa… mas é a filha do bispo né… Eu é que não entro nisso”
Vergonhosamente eu digo que essas frases eram ditas por mim em alto e bom som. Não só estava contaminada como contaminava a muitos.
Só que eu não era uma simples membro da Igreja. Estava como obreira e era líder de grupo. Minha opinião tinha influência sobre as pessoas. E neste momento era uma super influência negativa. Não gostava do grupo, mas acompanhava cada post apenas com o intuito de criticar. Reclamava das viagens das sisters, falava mal dos trabalhos e ridicularizava o modo como se vestiam. Mas mesmo assim acompanhava cada matéria que saía aos domingos na Folha Universal, lia cada post de dona Cris, tudo que se referia ao grupo eu lia, sabia, comentava e compartilhava a minha visão negativa.
E assim Deus fez o maior milagre que poderia ter acontecido em minha vida! Me fez ver o quão amargurada e infeliz eu estava. O quanto não me amava e não me valorizava por uma série de tempestades a qual passei em minha vida. Me escondia atrás do meu uniforme de obreira, de meus títulos, dos elogios a minha eficiência no trabalho na igreja e competência em fazer tudo… Era uma ótima obreira exteriormente… Afinal de contas a “podridão” interior leva tempo para aparecer exteriormente e assim eu levava adiante o mal que havia em mim, vendo todo trabalho não como ele era , mas sim da forma como meu interior estava (sujo, magoado, contaminado,…) Mas quem pode ver o interior senão Deus? E quem pode ter tamanha misericórdia como Ele?
E Ele me amou!
Me amou acima de meus defeitos. Me amou acima do que eu fazia contra Sua Obra… E Ele mudou a minha história de forma “forçada”.
Cada post que eu lia, ali escondidinha, para não manchar a minha imagem. Era Ele falando. Ele me despia… mostrava cada podridão de minha nudez e o pior que Ele fazia só para mim mesma… E isso me doía demais… Mas ali estava a minha cura.
Um dia eu tive que pedir transferência de igreja e fui ser obreira em uma igreja bem menor… Nesse tipo de igreja se fica mais visível aos olhos de todos.
Chegando lá conheci a esposa do pastor e para minha “triste” surpresa: Ela era sister!!!
Ela falava do grupo, fazia reuniões e me “intimava” a estar nessas reuniões. Afinal eu ainda era a obreira que ajudava em tudo na igreja… é claro que eu ia… Afinal de contas tinha minha reputação de excelente obreira para manter, não é?!
E assim começou a mudança! Começou minha reconstrução…
Essa mesma esposa um dia chegou para mim super contente com uma carta na mão, um sorriso largo e feliz da vida me diz: “Abriu inscrição para o Godllywood, toma essa carta e vai se inscrever!”Naquele momento o chão saiu dos meus pés, mas ali comecei a viver…
Apenas por obediência fui, me inscrevi e passei… Fui para o rush e no final de quase um ano o resultado: Passei!!! Estava no Godllywood!!!
Hoje já se passaram quase três anos que estou no grupo. E não me vejo em outro lugar nem fazendo algo diferente.
A primeira coisa que o Godllywood fez por mim, foi me fazer ver quem eu era.
A Valeria era magoada por ter sido abandonada pelo marido, estava infeliz, se sentindo menor, sem qualquer valor, vivendo por viver, fazendo tudo para não ter tempo para ver que na verdade não era nada….
O grupo me levou a tratar meu interior. Me ensinou a me valorizar. A me por em primeiro lugar e a ver que tudo deve ser para a Glória de Deus e não minha. O grupo me ensinou que para ser feliz não há necessidade de pessoas mas sim de Deus e de estar bem consigo mesma.
Eu era masculina, me vestia com roupas largas, usava boné o tempo todo e queria a todo tempo “competir”, ” mostrar que “eu era melhor”… e quantas não foram as vezes em que dizia:”tá pra nascer um homem que faça alguma coisa que eu não faça melhor!”…
Hoje vejo quão inoportuno e egoísta era esse sentimento.
Hoje sou feliz! Feliz em ser mulher…
Não quero, nem vou competir com homem algum. Sei o meu lugar e amo estar nele!
Agradeço a cada dia pela vida da dona Cris. Agradeço pela dona Priscila Santos, que me levou a entrar no grupo. A cada sister que me acompanha até hoje…
E digo tudo isto por que sei que infelizmente ainda existem pessoas que pensam como eu pensava e espero que elas lendo isso percebam que o problema é muito maior e está dentro de cada um e não no grupo.
Espero que vocês se deem a oportunidade de conhecer o Godllywood e assim poder crescer, melhorar e amadurecer não para os outros mas para você mesmo.”
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