Amiga, me solidarizo com sua dor, sei o que é viver escrava dos sentimentos e amarrada a relacionamentos destrutivos.
Vivi de migalhas por não saber do meu valor nem ter qualquer amor próprio. Buscava me sentir bem nos outros, não conseguia ficar só nem comigo mesma, necessitava, dependia de alguém como se fosse a minha droga para me dar a felicidade que eu não tinha. Eles não eram os culpados da minha desgraça, mas na minha doença emocional e neurose, achava que com o próximo seria diferente, que todos os meus problemas terminariam quando eu encontrasse a pessoa certa, que me amaria e seria a minha família, já que nunca havia sido amada por pai nem mãe. Vivi em constante rejeição, violência e abuso de todos os tipos.
Mas tive que sofrer muito antes de perceber que nenhum homem, por melhor que fosse, poderia me salvar de mim mesma. Eu tinha que ser radical – ou deixava Deus dirigir minha vida e confiava totalmente nEle, ou ia continuar dando meu jeito e sofrendo a cada relacionamento. Eu queria amor, mas não tinha amor para dar nem para mim mesma; era mal resolvida, complexada, invejosa, egoísta, manipuladora, ciumenta, etc. Eu sofria e fazia sofrer.
Amiga, não vai acontecer uma mágica nem um milagre para tudo mudar; não acredito que Deus vai dar um jeitinho nas escolhas erradas que tomamos nem resolver por nós os problemas. Ele nos dá força para fazer o que é certo, cabe a nós decidir se vamos ou não fazer o que deve ser feito.
Podemos dar mil desculpas e ficar dizendo que não conseguimos, mas isso só prolonga nosso sofrimento. Deus pode transformar qualquer pessoa, inclusive restaurar relacionamentos, mas não é com o outro que Ele está falando, é com a gente.
Nós precisamos ser transformadas para depois podermos viver relacionamentos transformados. Dê um voto de confiança a Deus, sacrifique a sua vontade, se entregue a Ele sem reservas, confie. Ele pode lhe restaurar e preencher todos os seus vazios e preparar você para ser a pessoa certa para alguém e viver um relacionamento de filha de Deus.
Vanessa
*Comentário sobre o post “Eu quero, mas não sei como conseguir”