thumb do blog Renato Cardoso
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Quebrando hábitos: habilitadores e acionadores

Imagem de capa - Quebrando hábitos: habilitadores e acionadores

Há duas coisas que você tem que vencer para quebrar um hábito. A primeira é a preguiça de pensar. Um hábito é uma atividade que o seu cérebro já assimilou e se programou para fazer todas as vezes que ela é acionada. Portanto, você não pensa mais enquanto está fazendo aquilo.

Por isso o primeiro passo é tirar seu cérebro da hibernação e fazê-lo pensar a respeito. Você começou a fazer isso no último post quando parou para pensar e identificar um mau hábito. Se você o escreveu em algum lugar como recomendei, você está ainda mais focado nele, mais consciente dele agora. Por quê? Porque você acordou a parte do seu cérebro que está programada para fazê-lo.

Depois de acordar o seu cérebro para identificar e escrever o seu mau hábito, você precisa fazer a segunda coisa: procurar os facilitadores e os acionadores dele.

Habilitadores: são todas as coisas e situações no seu ambiente que facilitam o seu hábito. Quer dizer, são lugares que você frequenta, objetos ao seu redor e a maneira que eles estão situados, e também pessoas com quem você mantém contato. Se você é viciado em café, por exemplo, você provavelmente tem uma cafeteira ou máquina de café bem próxima à você a maior parte do tempo. Se você tem o hábito de dormir tarde (mesmo sabendo que precisa acordar cedo) é porque provavelmente tem uma TV no seu quarto, computador ou outra coisa que habilita atividades (quase sempre desnecessárias) que você faz antes de dormir. Lembre-se de que pessoas também podem ser habilitadores. Viciados em droga, por exemplo, sempre têm um habilitador que lhe fornece a droga.

Quais os habilitadores do seu mau hábito?

Identifique todos eles. Escreva-os num papel. Você já deve ter imaginado que terá de se livrar deles. Decida o que vai fazer a respeito. Quais os que você pode simplesmente eliminar, mudar de lugar, jogar fora? Quais os que você não pode eliminar (talvez seu marido queira que a TV fique no quarto, por exemplo) e o que você vai fazer mesmo assim para não mais ser dominado por aquilo? Quais as pessoas que você terá de cortar de seu círculo de amizades ou no mínimo evitá-las?

Acionadores: tudo o que você faz, vê, pensa ou sente que aciona o hábito. O programa de hábitos no seu cérebro precisa receber um comando, uma ordem que diz “agora é hora daquele hábito” para poder ativá-lo. É como apertar um botão, acender uma luz, ou clicar em um link na Internet como este aqui. Uma ação aciona uma reação, um resultado. Todo hábito precisa de pelo menos um acionador, às vezes mais. O que aciona a vontade de beber bebida alcoólica em uma pessoa, por exemplo? Varia de pessoa para pessoa, mas pode ser estresse, a busca de um escape ou uma forma de paz ou relaxamento, um vazio que a pessoa sente, o medo de encarar a realidade, um desgosto, uma memória ruim que a pessoa está tentando esquecer — e muitas outras coisas.

O que você faz, vê, pensa ou sente que aciona o seu mau hábito?

Passe a se observar atentamente. Identifique os acionadores do seu hábito e escreva-os num papel. Para cada acionador, determine uma estratégia para superá-lo, contorná-lo, ser mais esperto que ele. Novamente, use seu cérebro e criatividade para encontrar a solução. Lembre-se: dizer “não sei o que fazer” também é um hábito. Sempre há algo que você pode fazer.

Depois de fazer isso, você estará pronto para o próximo passo: substituir o mau hábito por um bom. No próximo post falaremos sobre isso. [Cadastre-se nesse blog e seja avisado de novos posts…]

Jesus saiu e foi [orar], como de costume, ao monte das Oliveiras;
e os seus discípulos foram com Ele.
Lucas 22.39

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