Como lidar com um filho que responde com rispidez e desrespeito
É papel dos pais descobrirem o que está por trás desse mau comportamento. Saiba mais
Seu filho anda irritado e respondendo mal, com rispidez e desrespeito? Chega até mesmo a gritar, a bater porta e a gesticular de forma grosseira? Claro, que isso não deve ser encarado com naturalidade. Contudo, é um processo pelo qual a maioria das crianças e adolescentes passa. Assim, é papel dos pais descobrirem o que está por trás desse mau comportamento.
O que pode levar um jovem a ter essas atitudes, afinal, é ainda não saber como resolver os problemas que começa a enfrentar na vida. Questões como bullying, dificuldade de aprendizagem, conflitos com irmãos ou mesmo a negativa a um desejo de consumo por algum produto de última geração, como um smartphone. Muitas vezes, são situações que geram uma chateação.
Daí, vem a birra, a resposta mais ofensiva, a rebeldia. Outras vezes, são as frustrações com o vínculo ou a falta de um que criam com novas amizades e relacionamentos na escola, na igreja, na vizinhança e mesmo dentro de casa. O jovem ainda não aprendeu a lidar com suas emoções e fica abalado.
Ele ainda não sabe lidar com isso sozinho
Para Edineia Dutra, responsável pelo trabalho do Escola de Mães em todo o Brasil (grupo que orienta mães a lidarem com questões relacionadas à criação e à educação dos filhos – foto ao lado), quando a criança ou o adolescente começa a ter um mau comportamento ele está reagindo a uma frustração. Está chateado e, cheio de emoções, não sabe lidar com o problema sozinho.
“Desde muito pequena, a criança sempre testa os limites dos pais, impondo suas vontades e contrariando as regras dos adultos. Começa a dar respostas atrevidas e gestos como mostrar a língua e fazer caretas. Apesar desse comportamento inadequado ser assustador para os pais, faz parte do desenvolvimento. Ela está em um processo de aprendizagem dos ‘nãos’, de conviver com as frustrações e de perceber que ela não é o centro do mundo. Nesse período surge a raiva, uma das primeiras emoções que experimenta. Pois, ela nasce cheia de vontades e agora percebe seus desejos sendo contrariados. A agressividade é a forma de comunicar seu desconforto”, diz.
Como resolver esse problema
Os pais nunca devem medir forças com o filho. Nem esperar que crianças e adolescentes tenham atitudes tão maduras quanto as de um adulto. E, mesmo tudo isso fazendo parte de um processo de desenvolvimento emocional da criança, o papel dos pais aqui é não se acomodar. Não devem ceder às vontades do filho, mas também não o criticar.
“A agressividade não é consciente ou intencional. Mas, é importante não deixar o filho responder com grosseria, para que esse comportamento não se transforme em característica desse jovem”, comenta Edineia.
Por isso, é tão importante que os pais debatam o problema com o seu filho e o convide a pensar e desenvolver as próprias soluções para o que o está afligindo. Dessa forma, não só ajudará o jovem a entender a situação, como o relacionamento, o respeito e a confiança entre pais e filhos melhorará.
“É preciso ter uma dose a mais de paciência. Entender o que estão querendo comunicar por meio daquele comportamento inadequado que, de fato, causa irritação aos pais. O melhor a fazer é esperar o calor da emoção passar, para depois retomar a conversa e procurar a solução para o problema”, completa.
Como agir diante dessa situação
Abaixo, Edneia ainda listou algumas dicas de como os pais podem agir diante dessa situação sem enfraquecer o relacionamento com o filho.
– Independentemente da idade é preciso tratar o filho com respeito para que você seja respeitado por ele. Fazendo assim, aumentará as chances dele te responder com educação;
– Não deixe de corrigir nenhuma situação de ofensa ou desrespeito cometido pelo filho, mesmo um bebê que ainda não fala. Você pode usar de uma expressão facial séria e dizer a ele que não gostou de tal atitude;
– Fale claramente à criança ou ao adolescente quando não gostar de uma resposta mal criada. Aproveite para ajudá-lo a nomear o que está sentindo no momento (contar o que aconteceu que o chateou);
– Mostre que todo os atos dele têm consequências e que ele vai precisar reparar tal atitude com um pedido de desculpas. Não é punição ou castigo e, sim, uma reparação.
Escola de Mães
Quer saber mais sobre esse e outros temas que abrangem o relacionamento de pais e filhos? Conheça o grupo Escola de Mães. O objetivo principal é auxiliar mães (e pais também) a desvendarem os mistérios da maternidade. Nele, elas recebem apoio por meio de orientações de fé e conselhos práticos. Além de trabalhar com os filhos ensinando valores como obediência, respeito e disciplina.
As reuniões acontecem mensalmente em todas as capitais brasileiras. Em São Paulo, na capital, você pode comparecer em dois endereços. No Templo de Salomão, Avenida Celso Garcia, 605, Brás (zona leste). Ou, em Santo Amaro, Avenida João Dias, 1800, Santo Amaro (zona sul).
Para mais detalhes e outras regiões, você pode buscar um endereço da Universal mais perto de sua casa e se informar com um pastor ou com a responsável pelo grupo na localidade.
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