Youtube censura pregação que afirma que Deus fez “o homem e a mulher”

Segundo a plataforma, o conteúdo da pregação foi rotulada como "discurso de ódio"

Recentemente, aconteceu mais um episódio de censura contra conteúdos cristãos na internet. Dessa vez, o Youtube restringiu o vídeo de uma pregação, baseada na Bíblia, rotulando-a como “discurso de ódio”, apenas por não ser a favor do movimento LGBTQIA+.

O caso aconteceu em Los Angeles, com o pastor John MacArthur da Grace Community Church. Ele pregou sobre a sexualidade de acordo com a Bíblia Sagrada. “Não existe transgênero. Você é XX ou XY, é isso. Deus fez o homem e mulher. Isso é determinado geneticamente, isso é fisiologia, isso é ciência, isso é a realidade”, disse ele durante o sermão.

Além de ensinar o que diz a Palavra de Deus sobre a criação do homem e da mulher, a pregação foi uma forma de protestar contra uma lei, que entrou em vigor este mês no Canadá. 

De maneira ampla, a nova legislação irá proibir ensinamentos bíblicos sobre ética sexual e até limitar as comunicações pessoais sobre o assunto. Dessa forma, a decisão do Youtube só veio a confirmar que essa lei, de fato, quer banir toda e qualquer oposição ao transgenerismo e ao movimento LGBTQIA+.

E mesmo a lei sendo canadense e a pregação de origem americana, o pastor MacArthur argumentou que logo irá atingir os Estados Unidos. “Aqueles que não cederão, serão aqueles que são fiéis à Bíblia. E é isso que já está levando a leis que são contrárias ao que somos ordenados a fazer nas Escrituras, que é confrontar esse pecado”, declarou ele à Fox News.

E continuou: “E isso só vai aumentar, já atingiu um nível lá no Canadá que ainda não atingiu aqui, mas está chegando. Está chegando rápido.”

Criminalização do Cristianismo

Em outras palavras, até mesmo uma mãe ou pai que ensine seus filhos a serem livres do pecado sexual, por meio do arrependimento e da fé no Senhor Jesus, poderá ser preso e condenado até a cinco anos de detenção. Diante deste cenário, pastores de todo o mundo têm se unido em oração e jejum. Inclusive, o grupo jurídico Liberty Coalition Canadá organizou uma petição convocando outros pastores e igrejas a se posicionarem contra essa lei.

“Eles cometeram alta blasfêmia ao se referirem ao ensino bíblico como ‘mitos’ nesta legislação. Todos nós devemos, portanto, tremer ao considerar que julgamentos aterrorizantes serão visitados sobre nossa nação por esse gesto ousado de ódio ao Deus Altíssimo”, declarou o texto.

Do mesmo modo, o comentarista Todd Starnes afirmou em seu blog que atitudes como essa tendem a perpetuar a perseguição religiosa nos Estados Unidos. “Os americanos devem estar se preparando para um momento em que pastores e líderes religiosos enfrentarão perseguição por ensinar a Palavra de Deus”, alertou.

Aumento da censura

E não é apenas nos Estados Unidos e no Canadá que a censura aos conteúdos cristãos vem aumentando. Na Finlândia, a parlamentar Päivi Räsänen enfrentou acusações e processos criminais depois que a polícia começou a investigá-la sobre a publicação e distribuição do folheto “Masculino e feminino, ele os criou – as relações homossexuais desafiam o conceito cristão de humanidade”, que apenas explica a visão bíblica sobre o assunto. Se ela for condenada corre o risco de ser presa com até dois anos de detenção.

Ainda, logo no início do ano o site Christian Concern relembrou como as liberdades cristãs foram impactadas em 2021. No artigo de Andrea Williams foi citado diversos casos que aconteceram no Reino Unido e no mundo. Como o da polícia que prendeu e multou um cristão por pregar o evangelho nas ruas de Londres e outro pregador de rua, que também foi multado e processado por evangelizar em uma Sexta-feira Santa.

“A história nos ensina que as liberdades pelas quais não lutamos são liberdades perdidas. Estamos vivendo em uma época em que há um verdadeiro ataque às liberdades cristãs. Corremos o risco de perder liberdades vitais, a menos que as valorizemos o suficiente para defendê-las”, destacou Andrea.

E prosseguiu chamando os cristãos a continuarem se posicionando e defendendo a sua fé. “Cada um é importante, e cada um é uma pessoa que se preocupa com a forma como a expressão de sua fé cristã pode impactar sua vida ou carreira. Ao entrarmos em 2022, planejamos continuar a lutar pela liberdade. Esta é uma batalha que vale a pena lutar. Não é apenas para a nossa geração, mas para as gerações futuras”, concluiu.

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Colaborador

Redação / Foto: Reprodução Grace Community Church/ YouTube