Voluntários oferecem curso profissionalizante

Atividades foram realizadas por ex-internos do litoral paulista e seus familiares. Confira

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O Universal Socioeducativo (USE) se dedica a realizar um intenso trabalho de evangelização e atendimento social em prol dos menores internos em unidades socioeducativas do País. Fora das unidades, voluntários do grupo também desenvolvem atividades de integração e ressocialização, como cursos profissionalizantes destinados aos ex-internos e
seus familiares.

Há mais de um ano, o bloco da Praia Grande, no litoral paulista, atende cinco unidades socioeducativas. O trabalho se estende às cidades de Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Registro e Iguape. O cuidado com o interno não acaba quando a ação dos voluntários termina na unidade ou quando ele cumpre a medida socioeducativa.

“acreditamos neles”
Em janeiro teve início um curso profissionalizante para familiares de menores e ex-internos. O curso gratuito, ministrado em uma pizzaria na Praia Grande, ensina técnicas para a produção de pizzas e esfihas. O espaço foi cedido pelos proprietários do local, Kelly Rufino e Thiago Oliveira, voluntários do USE.

“Tem sido uma alegria imensa ministrar este curso. Ele é uma grande ajuda para eles que, muitas vezes, são desprezados pela sociedade. Mostramos a cada aula que acreditamos muito neles. É uma honra poder disponibilizar um tempo do nosso dia a dia tão corrido. Enxergamos lá na frente futuros profissionais e empresários de sucesso”, declarou Kelly.

As aulas são ministradas uma vez por semana. O curso terá duração de três meses. Todos os participantes ganharam gratuitamente o kit com avental, apostila teórica e outros materiais de uso pessoal. Ao se tornar um pizzaiolo e esfiheiro, o aluno tem a oportunidade de preencher uma vaga no mercado de trabalho ou, ainda, abrir o próprio negócio.

Incentivo
O pastor Christian Chiaramonti, responsável pelo trabalho do grupo na região, conta que, quando o menor sai da unidade, ele fica rotulado como ex-interno e é mais difícil que consiga uma colocação no mercado. “Ele acaba encontrando a falsa saída que é o crime e as drogas”, afirma. O curso é uma forma de incentivá-lo. “Ele sairá certificado com uma profissão”, conclui.

Assim como os menores, familiares também podem participar das aulas. É o caso do pedreiro Marcelo Santos, de 44 anos, padrasto de um interno que cumpre medida socioeducativa em Itanhaém. Além da profissão que já exerce, ele ainda trabalha vendendo lanches no período da noite. Dessa forma, com o curso, ele tem a chance de aperfeiçoar o trabalho e gerar mais renda.

Universal Socioeducativo
Durante 25 anos, o programa foi desenvolvido no Rio de Janeiro e em São Paulo e ao longo dos anos se expandiu para todos os Estados, o Distrito Federal e alguns países.

As atividades acontecem em mais de 360 unidades socioeducativas em todo o Brasil. Apenas em 2018, mais de 100 mil pessoas foram atendidas. Neste ano, a expectativa é resgatar no mínimo 5 mil jovens, envolvendo-os em projetos culturais, sociais e esportivos.

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Colaborador

Michele Roza / Fotos: Cedidas