Você tem direito à justiça?

Muitos querem vê-la sendo feita, mas não a praticam – pelo contrário, camuflam seus próprios erros. Entenda os efeitos dessa atitude

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O Brasil é mundialmente conhecido por suas paisagens de tirar o fôlego e pelo jeito acolhedor do seu povo. No entanto também possui uma característica profundamente enraizada na cultura nacional: o chamado “jeitinho brasileiro”. Longe de ser apenas uma demonstração de criatividade, a expressão define a tendência de buscar alternativas para se beneficiar em determinadas situações, usando práticas desonestas que visam o favorecimento pessoal.

Infelizmente, o “jeitinho” está presente nas ruas, nas empresas e até nos lares brasileiros, como:

  •  na sonegação de impostos;
  •  na venda de combustível adulterado;
  • nas ligações clandestinas de energia (“gatos”);
  •  no uso de TV Box ilegal;
  • na venda de vale-refeição e vale-transporte, etc.

Essas ações, muitas vezes vistas como “normais” ou justificadas por dificuldades financeiras, são crimes que afetam toda a sociedade. Na prática, essa lógica de obter vantagem pessoal tem um custo coletivo. Quando há sonegação de impostos, por exemplo, o governo arrecada menos recursos essenciais para áreas como saúde e educação. Para compensar os prejuízos, repassa os custos para toda a população por meio de novos impostos ou cortes de serviços. O resultado é que, mesmo quem acha que está “se dando bem”, está, na verdade, contribuindo para a piora da qualidade de vida de todos.

Trilhar o caminho da justiça

Essa tendência de querer se dar bem enganando o próximo faz parte da cultura popular que acredita que o “mundo é dos espertos”. Mas aqueles que querem agradar a Deus e ver a justiça Divina em sua vida precisam renunciar a si mesmos, às suas vontades e até às supostas verdades que aprenderam ao longo da vida.

“Jesus disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6)

Ao refletir sobre esse ensinamento, compreendemos que a nossa referência de vida deve ser o Senhor Jesus. E, sendo Ele a Verdade, precisamos trilhar esse mesmo caminho, renunciando a qualquer vantagem momentânea que a mentira possa oferecer, ainda que isso nos custe algo.

Duas naturezas

O ser humano naturalmente é pecador e carrega dentro de si inúmeras vontades e desejos que contrariam a Deus. Essa natureza carnal, no entanto, perde força quando há o Novo Nascimento (o arrependimento e a decisão de abandonar os pecados, representados pelo batismo nas águas). Esse evento espiritual marca o início de uma nova vida. Não se trata de uma mudança superficial, mas de uma transformação profunda, em que a mente passa a ser guiada por Deus.

Muitas pessoas estão dentro da igreja e até já receberam bênçãos em suas vidas, mas estão com os olhos apenas no mundo físico e não valorizam o que é espiritual. Assim, elas ainda não entraram, de fato, no Reino de Deus, porque se recusam a renunciar àquilo que ainda as prende ao mundo. Elas permanecem agarradas a:

  • Vontades da carne;
  •  Hábitos nocivos;
  • Sentimentos ruins; e
  • Tradições.

Se o Reino de Deus é um Reino de Justiça, para estar nEle é preciso abandonar o reino do mundo e andar na Justiça, através da prática da Palavra de Deus. A partir disso, a prioridade deixa de ser satisfazer os próprios desejos e passa a ser agradar ao Criador, vivendo segundo a Sua Vontade. O resultado desta renúncia é uma vida completa, como citado abaixo:

“Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria” (Salmos 126:5)

O justo é perfeito?

Assim como todo ser humano, o justo também comete erros. A grande diferença é que ele carrega dentro de si a natureza divina e, por isso, não permanece no erro. Já o injusto vive no pecado com naturalidade e isso não o incomoda. No entanto esse comportamento traz prejuízos tanto físicos quanto espirituais. A verdade é que, ao viver na injustiça, ele perde o direito de exigir justiça.

No mundo físico, seria incoerente uma pessoa que usa energia elétrica clandestinamente cobrar a concessionária pela falta de fornecimento. O mesmo se aplica ao mundo espiritual: como exigir justiça quando se pratica injustiça com os outros e com o Próprio Deus? Isso não faz nenhum sentido, ainda mais considerando que Deus conhece tudo, inclusive as nossas intenções.

“Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” (Romanos 13:7)

Esse versículo não se refere apenas ao pagamento de tributos ou ao relacionamento com autoridades. Ele também nos convida a refletir sobre outras áreas da vida, como a familiar. Você tem dado ao seu cônjuge o que lhe é de direito? Atenção, amor, tempo e cuidado? E aos seus filhos? Aos seus pais? Aos seus funcionários? Eles têm sido honrados pelas suas atitudes ou prejudicados por elas?

Na contramão do mundo

Viver de forma justa perante Deus e as pessoas é uma decisão individual. Assim como quando se anda contra a multidão: é preciso estar atento, se desviar dos obstáculos e ter muito claro onde se quer chegar. Essa escolha não é bem-vista por todos. Pelo contrário, há pessoas que zombam de quem segue e serve a Deus, mas isso não é motivo de desânimo, mas de alegria, pois sabemos que seremos justificados.

A Fogueira Santa da Justiça é a oportunidade de chamar a atenção de Deus e clamar pela justiça dEle na nossa vida. É também o momento de nos autoavaliarmos se realmente estamos praticando a justiça, sem dar brechas para erros, sem “jeitinhos” que escondem a desonestidade e sem abrir concessões que parecem inofensivas. Lembre-se: Deus não espera de nós a perfeição, mas um coração sincero e disposto a obedecê-Lo. Saiba mais sobre esta campanha de fé em uma Universal mais próxima de você.

Da marginalidade à vida de justiça

Thomaz Ribeiro mergulhou no crime, viveu da mentira e dos vícios, até entender que só abandonando as injustiças poderia viver os benefícios da Justiça de Deus

O começo da queda

Antes de conhecer a fé, minha vida era completamente errada. Me envolvi com o crime ainda na adolescência, mesmo tendo uma boa base familiar. Aos poucos, as baladas e as drogas — maconha e cocaína — se tornaram rotina. Para sustentar o vício, comecei a traficar.

Sem limites para errar

Mentir se tornou um hábito. Sempre que eu via uma oportunidade de tirar vantagem, eu mentia — sem culpa, sem freio. No começo, parecia que eu estava ganhando, mas, pouco a pouco, fui perdendo tudo: bens, dignidade, a confiança da família e de todos ao meu redor.

A ilusão da vida de aparência

Quando decidi sair do crime, achei que poderia mudar sozinho. Montei uma empresa, mas continuei carregando dentro de mim o mesmo espírito de engano. Eu e meu sócio enganávamos clientes, cobrando além do necessário e oferecendo serviços desonestos.

Por fora, ostentávamos uma vida que não era real. Por dentro, vivíamos cercados de problemas.

Quando a Fé se tornou a saída

Foi no meio desse sofrimento que minha esposa começou a buscar ajuda na Igreja Universal. Por puro ciúme, decidi acompanhá-la. Mas, ao ouvir a Palavra, me dei conta de que minhas escolhas me levavam direto para o fundo do poço. Ali, tomei a decisão mais importante da minha vida: entregar minha vida ao Senhor Jesus.

A justiça começa com escolhas corretas

Minha primeira transformação foi interior. Tive nojo da mentira, a ponto de abandonar a sociedade na empresa – eu não queria mais viver no erro. Comecei do zero, agora decidido a caminhar na verdade. E, quando passei a buscar a Justiça de Deus acima de tudo, minha vida começou a se alinhar: paz interior, harmonia no lar e prosperidade, que vieram como consequência.

A vida que só a verdade pode construir

Hoje, sou um homem livre dos vícios, com a confiança restaurada e uma vida limpa — diante de Deus e das pessoas. Vivo com integridade, honrando minha esposa, minha família, meus clientes e, acima de tudo, a Deus. Ando de cabeça erguida, com a paz que só o Espírito Santo pode dar.

Você tem direito à justiça?Caminhada da Fé

De segunda a sexta-feira, Bispos e Pastores realizam a oração da concordância na Caminhada da Fé rumo à Fogueira Santa da Justiça. Acompanhe, às 22h30, pelas mídias sociais da Universal, pelo Univer Vídeo, pela Rede Aleluia e pela TV Templo, Rede CNT e Canal 21.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: Gettyimages; Cedidas