Você sofre com lombalgia?

Dor atinge a região lombar e acomete muitas pessoas em todo o mundo

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A lombalgia é uma dor na parte mais baixa das costas e é considerada o segundo maior motivo de visitas a consultórios médicos, perdendo apenas para o resfriado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema afeta 80% da população mundial e todos sentirão esse incômodo pelo menos uma vez na vida.

A busca por tratamento médico para a dor tem sido cada vez maior, como aponta um levantamento feito pelo Hospital 9 de Julho, em São Paulo, que registrou 7 mil casos nos últimos dois anos.

Segundo o neurocirurgião e especialista em coluna Rodrigo Miziara, lombalgia é um sintoma de dor localizado ao redor da região lombar da coluna e não caracteriza um diagnóstico, mas sim um sintoma causado por uma gama variada de problemas.

Ele explica que a dor é dividida em três categorias: aguda, quando dura até quatro semanas; subaguda, de quatro a 12 semanas; e crônica, quando presente por mais de 12 semanas.

A dor aguda é a mais comum, normalmente originada por questões musculares (na maioria dos casos é autolimitada, podendo durar alguns dias), como má postura, excesso de esforço físico ou porque a pessoa carregou peso de forma inadequada.

Já as lombalgias subagudas podem ser causadas por hérnia de disco, protrusões, dores de origem facetaria (articulações que conectam as vértebras na parte posterior da coluna) e dores musculares.

As dores crônicas são causadas por hérnias discais e discopatia degenerativa (é uma das causas mais comuns de dor na coluna, progressiva e ameaçadora. Nem sempre é degenerativa).

Existem ainda as dores lombares decorrentes de outros problemas, como dor ciática, osteoporose e estenose, por exemplo.

Miziara alerta para a importância de uma avaliação médica. “Quando a dor lombar é resultado de outra doença, o quadro pode se agravar se não houver um tratamento correto, por isso é importante sempre buscar a opinião de um especialista.”

Existem ainda outros fatores de risco que favorecem a lombalgia, como o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, esforço repetitivo e a herança genética.

Tratamento

Primeiramente um exame clínico é fundamental para se caracterizar a dor. Depois disso, raio X, tomografia e ressonância são os exames principais para diagnosticar a origem da dor.

Com os exames avaliados, o médico prescreve medicamentos específicos – a acupuntura também é indicada. Alguns casos necessitam de cirurgia.

O neurocirurgião orienta como proceder em caso de crises de lombalgia. “O primeiro passo é não se desesperar, fazer repouso, compressa morna no local e suspender esforço físico por um período curto. Na grande maioria dos casos a dor é aguda e não deve durar mais do que quatro semanas. Sendo assim, não é necessário auxílio médico. Recomenda-se investigá-la quando perdurar mais de 12 semanas. Aí é hora de procurar atendimento médico”, completa.

Confira dicas do neurocirurgião Rodrigo Miziara para prevenir a Lombalgia

Mantenha uma dieta saudável e controle o peso (O índice de massa corporal – IMC – entre 20 e 25 é o ideal)

– Pratique exercícios físicos regularmente, recomendados de acordo com a idade. Jovens devem dar preferência a caminhadas, corridas leves e fortalecimento muscular funcional. Para os idosos recomenda-se atividade na água, como hidroginástica

– Não carregue peso de forma inadequada para que não sobrecarregue a coluna. Evite ficar sentado por longos períodos. Alongamentos acompanhados por um profissional são recomendados e aliviam as dores.

– Como a má postura é uma das principais causas das dores na coluna, corrigi-la no dia a dia evita incômodos. Procure sempre manter a coluna reta ao sentar, dirigir, realizar tarefas domésticas e até mesmo ao caminhar. Cuide-se!

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Colaborador

Por Kelly Lopes / Foto: Fotolia