Os crimes de assédio contra crianças e adolescentes não param de crescer no Brasil. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, somente no ano de 2014 mais de 24 mil queixas de assédio foram recebidas pelo serviço de denúncia Disque 100, sendo mais de 19 mil referentes a abuso sexual e quase 5,5 mil de exploração sexual, numa média de 67 notificações por dia.

O abuso sexual ocorre quando a criança ou o adolescente é obrigado por um adulto a manter práticas sexuais, com ou sem contato físico. Já a exploração sexual é a relação sexual com criança ou adolescente que envolve pagamento, com dinheiro ou benefícios.

Diante disso, toda a atenção dos pais ou responsáveis por crianças e adolescentes é necessária, tanto em relação aos que eles fazem no dia a dia como ao que fazem no mundo virtual.

Assediado pelo WhatsApp

Em Feira de Santana, cidade a 108 quilômetros de Salvador, capital baiana, um adolescente de 13 anos estava sendo assediado por um homem de 65 anos, que conversava com ele pelo WhatsApp. O homem mandou áudios obscenos, prometendo dinheiro, entre outras coisas, caso o menino dormisse com ele.

Mas, graças a um pai atento, que viu a conversa do filho, o homem foi denunciado e preso. A delegada que cuida do caso, explicou que não houve consumação do ato sexual, mas o assédio já é caracterizado como crime.

“Nós não temos que ter medo, temos que encarar. E eu estou encarando. Para mim isso não é constrangedor. Graças a Deus não aconteceu nada com o meu filho, então eu espero que sirva de exemplo para alguns pais, que eles vejam onde seus filhos estão”, disse o pai do garoto.

De olho nos filhos

A internet é uma excelente ferramenta tecnológica, mas, se for usada de maneira incorreta, pode trazer muitos perigos, principalmente para crianças e adolescentes. É necessário que, além de estarem atentos, os pais expliquem a seus filhos o que é certo e errado fazer na frente de um computador ou celular, para que eles não criem e nem passem por problemas futuros. Afinal, não é possível para os pais estar 24 horas por dia com os filhos.

Para o bispo Renato Cardoso, é necessário também impor limites. “Nós somos responsáveis por proteger os nossos filhos do mal deste mundo. Não podemos fazer isso 100% do tempo, é impossível. Mas, o possível, temos que fazer. Uma das maiores responsabilidades dos pais é impor limites, pois crianças e adolescentes não têm nenhum senso disso. Portanto, repito: Você sabe o que o seu filho ou filha anda fazendo na internet?” – questiona ele em postagem no seu blog pessoal.

E você, já teve problemas com os seus filhos por causa da internet? Como agiu? Deixe o seu relato nos comentários.