Você precisa mesmo comprar algo?

Em tempos de Black Friday, muitas pessoas gastam dinheiro com o que não precisam e muitas outras compram por impulso. Fuja dessa atitude

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A Black Friday acontece há uma década no Brasil e já se tornou um evento tradicional. Na última sexta-feira deste mês, dia 27, as lojas vão oferecer descontos para atrair a clientela. Milhares de pessoas costumam se acotovelar em filas para aproveitá-los, mas, neste ano, com a pandemia, a previsão é que aconteça um recorde de vendas on-line. Contudo o consumidor precisa estar atento ao consumo consciente, para não gastar com supérfluos ou adquirir produtos que não precisa.

De acordo com a advogada Fábia Puglisi, assessora-chefe do Procon-SP, é importante fazer um planejamento financeiro antes de qualquer compra. “Estamos em um período de instabilidade econômica, com diversas pessoas desempregadas e outras perdendo o emprego. Por isso, é preciso se organizar para não comprometer a renda e ter uma reserva financeira. Também é necessário avaliar se realmente há necessidade na compra que vai fazer na Black Friday. O consumo consciente ajuda o Planeta e evita o desperdício”, alerta.

Cuidados
Além disso, não se deve desconsiderar os riscos que as compras on-line podem oferecer. Segundo a especialista, o Procon-SP disponibiliza em seu site orientações para que o consumidor não caia em golpes. “O número deles aumentou durante a pandemia porque o consumo on-line também se elevou. Os golpistas estão vendo nesse cenário triste uma oportunidade para agir. O que mais chega para nós são as denúncias de perfis falsos de lojas. O consumidor acaba acreditando que está comprando de um site verdadeiro, mas o produto nunca chega”, relata.

Segundo Fábia, o Procon-SP tem trabalhado muito para evitar problemas durante a Black Friday. “Estamos intensificando reuniões com os fornecedores justamente para discutir melhor as políticas de atendimento do SAC das empresas no que diz respeito às vendas e ao pós-venda que, normalmente, já recebem um aumento de reclamações nessa época”, esclarece.

Mas o grande problema é que o brasileiro não se preocupa com a segurança na hora da compra. “O consumidor precisa se resguardar antes de realizar qualquer transação virtual e desconfiar de ofertas irreais. Até a verificação de segurança do site não garante a idoneidade do fornecedor ou o hacker já aprendeu a fraudá-la. Por isso, ações isoladas não adiantam, é o conjunto delas que conta para uma compra segura”, adverte. Veja mais informações no quadro ao lado.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson