Parece que é normal para a sociedade falar mal dos outros pelas costas, pois quase todo mundo faz ou já fez isso em algum momento da vida, mas se, por um lado, essa postura gera um prazer efêmero, por outro, saber que alguém está fazendo fofocas de você certamente é, no mínimo, desconfortável.

A Fé inteligente ensina a refletir antes de tomar qualquer atitude, ou seja, pesar se ela será benéfica ou maléfica. Antes de agir, reflita se o que vai falar acrescentará algo a você e a outra pessoa, se edificará sua vida ou a dela, pois, além de estar praticando o respeito com o próximo, isso mostra seu temor a Deus, já que Ele reprova comportamentos que causam prejuízos.

Em seu blog, o Bispo Júlio Freitas aponta uma série de escolhas certeiras para ter um ano de sucesso e destaca como Deus repudia o comportamento de difamação e a falsidade: “quem teme a Deus não faz com os outros o que não gostaria que fizessem com ele. Isto é, não fala mal de ninguém pelas costas, pois sabe que o Próprio Deus alertou em Sua Palavra que não Se agrada das picuinhas”.

Por ser algo reprovado por Deus, entendemos então que é gerado pelo mal e que agrada somente a ele, pois os frutos das fofocas são situações constrangedoras e até mesmo humilhantes, mágoas, ódio, inveja e rivalidade.

Na passagem de Zacarias 8.16-17 é possível verificar como o Criador espera que suas criaturas ajam, principalmente umas com as outras: “Estas são as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo, executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas. E nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu odeio, diz o Senhor.”

O que poucos entendem é que falar mal de alguém pelas costas não prejudica apenas o caluniado, mas, principalmente, o caluniador. Afinal, ter esse comportamento, além de ser uma desobediência à Palavra, deixa claro para todos ao redor que a pessoa é traiçoeira, indigna de confiança, bisbilhoteira, julgadora, entre outras características. E como confiar ou construir qualquer tipo de relação com alguém assim? Por isso, “muitos estão com suas vidas paradas e não veem as Promessas de Deus se cumprirem em suas vidas, mesmo frequentando a Igreja e ainda fazendo parte da Obra de Deus como voluntário”, relata o Bispo Júlio.

A Palavra de Deus também ressalta que prestaremos contas no Dia do Juízo Final sobre tudo o que falamos e, por isso, o Bispo orienta: “analise se você já se acostumou a falar dos outros pelas costas. Pense se você está aborrecendo ao Deus Vivo. Se perceber que está, arrependa-se imediatamente e comece a fazer o que agrada a Deus! Peça desculpas à pessoa de quem você falou mal pelas costas e peça perdão a Deus”.

Mesmo sendo natural do ser humano criticar ou comparar, é preciso praticar boas maneiras e olhar para as qualidades e bons comportamentos de cada pessoa. Assim, será possível viver de forma harmônica, verdadeira e não desagradar a Deus. “Olhe para o lado bom e positivo das pessoas. Todos temos as nossas imperfeições e a nossa humanidade, mas, mesmo assim, temos igualmente o nosso lado bom. Pense nisso, pois, assim como você não é perfeito, os outros também não são”, afirma o Bispo.

Assim, se for necessário fazer uma crítica construtiva (aquela que não ataca, mas orienta sobre como melhorar determinado comportamento), converse diretamente com a pessoa e não com terceiros. Aja de maneira sábia e não de modo arrogante e desrespeitoso, que são formas de fazer desaforo e oprimir o outro.

Seja o espelho de Deus e siga Sua Palavra e não seus instintos humanos e sendo um semeador do mal. Não dê ouvidos aos caluniadores nem sirva de palco para o mal se apresentar. Fuja de rodinhas, de fofocas, de comentários maldosos e da falsidade e, quando perceber que está agindo dessa maneira, lembre-se do que está escrito em Provérbios 12.18: “As palavras do falador ferem como pontas de espada, mas as palavras do sábio podem curar”.