A violência de gênero não é um problema recente e está longe de ser superado. Segundo o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) 2025, mais de 80% dos agressores têm uma relação próxima com as vítimas: são companheiros, ex-companheiros ou familiares.

Um agravante

A vítima nunca deve ser responsabilizada pela violência que sofreu. No entanto um dos problemas é a subnotificação (quando não há denúncia). “Muitos fatores podem impedir uma mulher de romper o ciclo da violência. É comum que ela esteja em uma relação marcada por medo, dependência emocional, financeira e até vergonha. Além disso, há o receio de não ser acreditada, de sofrer retaliações ou de não encontrar acolhimento quando decide pedir ajuda”, diz Bruna Ferreira, advogada criminalista e especialista em Direito das Mulheres.

Desde a promulgação da Lei Maria da Penha (no 11.340/2006), outras leis foram sancionadas para complementar e fortalecer o enfrentamento à violência de gênero no País. Mas, além da ação do Estado, todos nós devemos fazer a nossa parte para mudar essa realidade.

25 de novembro

O Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres é celebrado em 25 de novembro. A data lembra a importância de quebrar o ciclo de violência, como Bruna ressalta: “A sociedade passa a reconhecer que a violência contra a mulher não é um problema privado, mas uma questão social e de direitos humanos. É ainda uma oportunidade de cobrar o Estado e a sociedade civil sobre o fortalecimento das políticas públicas, como ampliação da rede de atendimento, investimentos em prevenção, educação de gênero e autonomia econômica das mulheres”.

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