Vigília com o Autor do Primeiro Amor

Na madrugada, milhares de pessoas tiveram a oportunidade de estreitar ainda mais seu relacionamento com Deus

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Muitos cristãos associam o chamado “primeiro amor” ao início da trajetória na fé, quando havia entusiasmo e entrega incansável à Obra de Deus. Alguns chegaram a ser considerados chatos ou fanáticos pela forma insistente e arrojada que evangelizavam; outros mantinham demasiada ansiedade para estar na Casa de Deus – eram os últimos a sair de lá e os primeiros a chegar. Seja na primeira, seja na segunda situação, não havia espaço para questionamentos, os sentimentos contrários à fé eram facilmente detectados, os bons olhos prevaleciam e o temor se renovava a cada dia.

Atitudes como essas não podem se perder no tempo. Pensando nessa necessidade, milhares de pessoas se reuniram em algum templo da Universal, no dia 1o. de março, uma sexta-feira (que antecedeu o feriado de carnaval), para participar da Vigília do Primeiro Amor. O encontro aconteceu em todo o Brasil e em várias localidades pelo mundo.

No Templo de Salomão, em São Paulo, a Vigília foi conduzida pelo Bispo Renato Cardoso, responsável pelo trabalho da Universal no Brasil. Cerca de sete mil pessoas estiveram presentes e outros milhares acompanharam, ao vivo, pela plataforma Univer Vídeo. Os relógios foram esquecidos: quem esteve presente foi ao local para entregar o seu ser, sem limites.

Questionamento
Logo no início, uma pergunta feita pelo Bispo Renato despertou a atenção dos participantes: “se o Senhor Jesus fosse te avaliar agora, o que Ele diria a você?”

Em seguida, apontou que o livro do Apocalipse mostra que o Senhor Jesus analisa a condição espiritual de cada pessoa e a representa por meio das descrições de sete igrejas mencionadas no livro. A elas endereça cartas destacando pontos fortes e aconselhando o que precisava de conserto. Para a igreja em Éfeso, Ele disse: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.” (Apocalipse 2.4-5).

AMAZONAS

No entanto, nos versículos anteriores (2 e 3), é possível notar que o Senhor Jesus, antes de fazer a repreensão, a enaltece por sua intolerância com os maus, sua perseverança e sua disposição à Casa de Deus. Era uma igreja que não se mostrava cansada. Por que, então, Ele a repreendeu quanto ao amor abandonado?

O Bispo explicou que muitas pessoas não entendem que o primeiro amor não deve ser medido pelas obras realizadas, tampouco ser temporário. “O primeiro amor é a posição de Deus na minha vida. Não tem nada a ver com estar há um ou 50 anos na igreja”, expôs. “São as coisas que conhecemos, que foram reveladas e que de pronto aceitamos. Como crianças, cremos e nos entregamos ao que ouvimos.”

Foram exemplificadas também algumas situações que facilitam a perda do primeiro amor, como falta de temor e desprezo à santidade.

Importância
Lilian do Nascimento Gonçalves, de 30 anos (foto a esq.), está há 16 anos na Universal, sendo cinco como obreira. Ela se preparou para que a Vigília fosse especial em sua vida. “Pedi a Deus para que houvesse renovo da presença dEle em mim”, compartilha. Ela descreve que o encontro despertou a sua fé. “Entendo que o primeiro amor é algo que deve durar até o último dia de nossas vidas e que não deve acabar dentro de nós”, observa.

Ela conta que seu primeiro amor já precisou ser resgatado também em outra ocasião. “Sem perceber, acabei priorizando outras coisas e deixei minha comunhão com Deus de lado. No início, fazia tudo nos limites do temor, me afastei das amizades que não eram boas, mas fui aceitando pensamentos do tipo ‘não há nada de errado nisso’. Na mesma época, entrei na faculdade, não tinha tempo de ir à Igreja. Mal conseguia buscar o Espírito Santo, mas justificava que estava envolvida com as coisas da Obra de Deus”, se recorda.

Essas concessões fizeram com que ela fosse esfriando na fé. “Passei a não fazer os propósitos como antes e, então, foi o meu fim espiritual. Perdi a vontade de ir à Igreja”, reconhece.

SERGIPE

Um dia ela reconheceu que estava trilhando um caminho perigoso. “Houve um momento que eu estava tão angustiada que me humilhei a Deus e Lhe pedi ajuda. Então, comecei tudo de novo, conversei com o pastor e priorizei minha vida com Deus e minha Salvação. Procurei olhar só para Jesus e fazer as coisas que fazia no começo: orar, jejuar mais e priorizar meu relacionamento com Ele acima de tudo. Todas as reuniões de que participava eram pela minha vida espiritual. Deus fez tudo novo em minha vida depois que me voltei para Ele.”

Três passos para reacender a fé
Durante a Vígilia, o Bispo Renato lembrou que, assim como fez com a igreja de Éfeso, Jesus pede atualmente para que cada pessoa também se lembre de onde caiu, para que se arrependa e volte à prática das primeiras obras. “Ele pede para você se lembrar de como era sua vida, quem você era e o que fazia”, disse. Ele ainda alertou que essa oportunidade deve ser agarrada com todas as forças. Afinal, os sinais mostram que há pouco tempo disponível para isso. “Não é para sempre que se tem essa chance.”

RIO GRANDE DO SUL

Os participantes também tiveram a oportunidade de buscar o Espírito Santo e entregar a fé velha para construir uma nova história. “Deus quer o seu primeiro amor porque você também é o primeiro amor dEle. Ele se sacrificou na cruz por você”, finalizou o Bispo.

 

 

 

 

 

 

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Demetri Koch e Cedidas