Universitários cristãos sofrem com o aumento da intolerância religiosa

O preconceito que se expande em centros acadêmicos faz com que muitos cristãos sejam censurados

Atualmente, a intolerância religiosa existente dentro das universidades do Brasil tem sido alarmada por muitos cristãos que relatam viver perseguições recorrentes por conta da manifestação de sua crença em sala de aula. O que era marcado, geralmente, por preconceito, em alguns casos, pelo bullying, agora está presente em normas que ferem o direito de crença e a liberdade de expressão, é o que descrevem os acadêmicos.

Quadro-geral:

  • O ambiente que é descrito como um local aberto para diferentes formas de pensar, na prática, perde o sentido de pluralidade de ideias quando prevalecem discursos de esquerda, minimizando e rebatendo opiniões opostas.
  • Principalmente, com o crescimento das discussões políticas e ideológicas, as pautas “progressistas” estimuladas por grande parte dos professores e grupos estudantis em sala, levam muitos cristãos a se autocensurarem para evitar sofrer agressões verbais, psicológicas, quando não físicas.

A intolerância em sala:

Entre os inúmeros casos, a estudante de Relações Internacionais, Thaís Batista, de 20 anos, relata ter enfrentado diversas situações de desrespeito ao ter a sua fé zombada em sala por colegas de classe e, até mesmo, por seus lecionadores. Piadas e comentários maldosos em relação à sua igreja e seus pastores, trouxe a ela uma situação desagradável quando seu foco deveria ser unicamente o aprendizado sobre a matéria da grade escolar.

“Foi uma situação complicada, tive que conversar com meus colegas e professor sobre respeito, se diz tanto sobre intolerância religiosa com as religiões de matriz africanas, por que quando é com os evangélicos o tratamento tem que ser diferente?”, relembra ela.

Pelos olhos da lei:

Segundo o advogado especializado em Estado Constitucional e Liberdade Religiosa, Thiago Rafael Vieira (foto ao lado), também presidente do IBDR (Instituto Brasileiro de Direito e Religião), a ofensa ao sentimento religioso e a crença no Brasil é crime, assim, qualquer pessoa que seja ridicularizada pela sua crença, independentemente do ambiente, inclusive o escolar, deve denunciar o agressor. O especialista que já publicou diversos livros a respeito da temática conta que “além do escárnio, também é crime ultrajar por meio de palavras ou gestos atos ou objetos tidos como sagrados, tais como: cruz, bíblia, entre outros”, e que se agrava a situação quando quem comete o ato criminoso é o professor.

A religião é um forte elemento na cultura brasileira, tanto que o seu exercício e, até mesmo, o seu ensino é protegido por Lei. No art. 20 da Lei de Racismo, assegura-se que as escolas e universidades públicas e/ou privadas devem garantir que seus alunos tenham total liberdade de exercer suas religiosidades, sem quaisquer represálias, ultrajes ou discriminação por ser religioso, caso seja acometido, é inafiançável e passível de cadeia.

Ele também explica que a nação brasileira, por ser cristã, possui um modelo de laicidade que garante os seus direitos, por meio de centenas de dispositivos de proteção e promoção à crença e à manifestação religiosa. “A fé deve ser exercida onde o fiel quiser exercê-la. Qualquer impedimento desse exercício deve ser registrado na Delegacia de Polícia mais próxima de você”, aconselha.

O que a Palavra de Deus diz:

A intolerância unida às perseguições vistas frequentemente na mídia e na política também está presente de forma silenciosa em esferas pouco debatidas, como universidades e no ambiente de trabalho. O Senhor Jesus já advertia: “então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa”. (Mateus 24.9)

Sendo assim, não é de se admirar que aqueles que vivem na contramão do mundo sofram com o preconceito em diferentes lugares, ainda que se destaque o discurso do respeito em sociedade. Por isso, vale se manter firme em sua fé e no Senhor Jesus para se sobressair ileso de situações como esta.

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Colaborador

Yasmin Lindo / Foto: iStock - Cedida