Universal é absolvida por tribunal de Angola e igrejas serão devolvidas aos cristãos

Justiça angolana confirma que réus não praticaram crimes de lavagem de dinheiro nem de estelionato ou evasão de divisas

Contrariando a acusação do Ministério Público de Angola, o Colegiado de Juízes da 4ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal de Luanda anunciou a sentença que absolveu o Bispo Honorilton Gonçalves e outros três oficiais da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) daquele país das acusações de prática de associação criminosa (formação de quadrilha), branqueamento de capitais (lavagem de dinheiro), burla por defraudação (estelionato) e expatriamento de capitais (evasão de divisas). Assim, depois de dois anos de intensa perseguição e atropelos processuais, a Justiça angolana absolveu os réus.

“Sim, foi feita justiça. Como havíamos falado desde o princípio, se há crime teriam que provar”, disse o Bispo Alberto Segunda, atual líder espiritual da IURD em Angola ao jornal local Lusa. “Graças a Deus, o tribunal entendeu que não havia provas para que os réus fossem condenados”, afirmou.

Além disso, foi determinada a devolução dos templos à Universal e o desbloqueio das contas bancárias. A Igreja retomará as atividades nos próximos dias, assim que forem cumpridos os trâmites processuais.

O Bispo angolano António Ferraz, presidente do conselho de administração da IURD, declarou à imprensa no final da audiência: “foi feita justiça. Já esperávamos essa decisão porque somos pessoas honradas, sou um homem honrado e que tem um compromisso para ganhar almas, nunca enganar alguém nem aproveitar de alguém”.

A única condenação sofrida decorre da suposta obrigatoriedade de que os pastores se submetessem à vasectomia — método anticoncepcional contrário à cultura local –, com pena de três anos, com suspensão imediata da pena e pagamento de indenização (multa), conforme previsto na legislação angolana.

Vale ressaltar que a Universal estimula publicamente o planejamento familiar consciente, discutido de modo livre e responsável por cada casal. Em Angola, 50% dos pastores e bispos têm filhos, já que esta é a opção deles.

A Universal respeita as leis, as autoridades locais e a cultura de Angola e de todos os demais 136 países onde está presente no mundo e recorrerá da decisão de acordo com a legislação local.

A Universal de Angola está constituída e é reconhecida pelo Estado angolano desde 1992 e continuará desempenhando seu trabalho evangelístico para mais de 500 mil membros por todo o território local, levando esperança por meio da pregação do Evangelho, pois está escrito: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).

*Com informações do UNIcom

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Redação / Foto: Reprodução