Uma tempestade e Jesus andando sobre o mar

O que Jesus quer nos ensinar sobre a fé

Imagem de capa - Uma tempestade e Jesus andando sobre o mar

Os apóstolos de Jesus já haviam passado por uma tempestade antes. Naquela ocasião, Jesus dormia dentro do barco. Mesmo o Mestre estando ali, e os discípulos tendo visto os inúmeros milagres que Ele realizava por onde passava, se desesperaram, achando que morreriam naufragados. Jesus desperta do sono, acalma o vento e o mar, e os questiona por que tiveram uma fé tão pequena.
Você deve pensar que qualquer um que passa por isso, e se vê novamente em situação semelhante, tiraria de letra da segunda vez. Mas não foi isso que aconteceu na segunda tempestade que os apóstolos enfrentaram.
Depois de multiplicar milagrosamente 5 pães e 2 peixes e alimentar uma multidão com mais de 5 mil pessoas, o próprio Jesus pediu que os apóstolos entrassem em um barco e partissem para o outro lado da margem, enquanto Ele se retiraria para orar.
O que eles não esperavam é que enfrentariam uma grande tempestade, e que algo sobrenatural aconteceria.
Reveja no vídeo abaixo essa cena que foi ao ar, recentemente, na novela Jesus, exibida de segunda a sexta-feira, a partir das 20h45, pela Record TV.

Se você ama alguém, e sabe que ela pode correr algum risco, fará de tudo para poupá-la desse perigo. O Senhor Jesus amava os Seus discípulos. Aqueles doze homens eram o futuro da Sua Obra. Então, por que mesmo sabendo da tempestade que enfrentariam Ele mandou que entrassem no barco? Porque Jesus queria ensinar algo para aqueles homens, e para nós, que de outra forma não conseguiria.

As duas vozes

O Bispo Edson Costa explica que todos os dias duas vozes batem à porta do nosso coração: a voz da fé e a voz da dúvida. “Uma dessas vozes vai guiar a sua vida, seus dias, o seu futuro”.
Aquela situação foi usada pelo Senhor Jesus para nos ensinar que, independentemente do cenário caótico que estamos vivendo, não podemos dar ouvidos à voz da dúvida, mas em toda essa passagem bíblica vemos esses homens dando ouvidos justamente a quem não deveria, o que tornou tudo mais difícil.
A começar quando o Mestre foi ao encontro deles, andando sobre as águas. Por duvidarem, ao invés de reconhecerem que era Jesus, pensaram se tratar de um fantasma. “Isso aconteceu porque a dúvida faz a pessoa enxergar problema onde existe solução. Ela é um câncer da alma, que corrói e compromete tudo”, ressaltou o Bispo.
Voltando à tempestade, Pedro, então, lançou o desafio, indagando a Jesus: se és o Mestre, me faz ir até o Senhor andando sobre as águas. E Ele lhe disse: vem! (leia Mateus 14.28,29).
Perceba que a voz da fé fez Pedro sair do barco e andar sobre as águas. Mas o mesmo homem que tinha acabado de agir a fé deu passagem para a dúvida, quando tirou os seus olhos do Senhor Jesus, enquanto caminhava de modo sobrenatural sobre as águas do mar.
Ou seja, ao prestar atenção na força do vento e nas ondas que batiam em suas pernas, começou a afundar. “Interessante que ele afundou muito perto de Jesus. Tanto que, ao gritar por socorro, Jesus simplesmente estendeu a mão – o que mostra o quão perto eles estavam um do outro. Assim, também, acontece com muitas pessoas dentro da igreja.  Estão ‘afundando’ muito perto do Altar, porque estão deixando a dúvida comprometer a coisa mais importante que possuem, que é a fé”, destacou.

Só um pode ficar no barco

O Bispo compara a nossa vida a um barco, onde não podem estar juntas a dúvida e a fé. Uma delas tem que “pular fora”. E isso acontece, constantemente, quando escolhemos a quem daremos ouvidos.
“Uma coisa é a dúvida falar com você, outra é você deixar ela lhe dominar. Você não é super-herói, é ser humano e tem um coração que sente. Mas é preciso ignorar o que se sente e viver pela fé. Independentemente se está ou não com vontade. Usar a fé não é questão de sentir vontade e, sim, uma necessidade para sobrevivência”.
Ele alerta que a transição entre a fé e a dúvida é muito sutil, pois uma anda ao lado da outra. Por isso é preciso ter cuidado, porque hoje você pode estar na fé e, amanhã, se não vigiar, estará na dúvida.
“A dúvida é uma praga, e cresce muito rápido. Já a fé tem que ser construída a cada dia. Se a dúvida falar mais alto, já era! Você afunda. Mas se a fé falar mais alto, você sairá dessa tempestade e dará a volta por cima. Foi isso que aconteceu quando Jesus pegou pela mão de Pedro e entrou no barco; a tempestade cessou. Quando a fé chega, a dúvida cai fora, e a tempestade acaba”, concluiu o Bispo.
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Colaborador

Núbia Onara / Foto: Blad Meneghel