Um tipo raro de tuberculose quase o levou a óbito

Saiba como Diogo Souza Gonçalves enfrentou uma doença que comprometia 90% de seu pulmão

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Diogo Souza Gonçalves tem 33 anos, é empresário na área de comunicação visual e vive em Salvador (BA). Ele chegou à Universal há quase 20 anos, quando acompanhava sua mãe que buscava a cura para uma bronquite aguda. Quando ela foi curada, ele seguiu firme na Igreja e não imaginava que, futuramente, teria que usar sua fé contra uma doença que poderia matá-lo. “Há dois anos, comecei a sentir dores nas costas e fui ao médico. Ele disse que era uma dor muscular e indicou que eu tomasse um remédio”, revela.

Indisposição e cansaço

Diogo seguiu sua vida e envolvido com a rotina de trabalho. “Usei o remédio, mas as dores não passavam. Eu estava numa fase em que, graças a Deus, estava sendo abençoado. Eu e minha esposa determinamos a aquisição de nosso apartamento, trocamos o galpão da empresa por um maior e, naquela situação de mudança, pegando coisas pesadas, as dores aumentaram. Até que, em fevereiro de 2024, comecei a sentir, além da dor, falta de ar, indisposição e cansaço”, lembra.

Derrame pleural

Ele voltou ao médico, fez vários exames e foi constatado que ele estava com derrame pleural (veja quadro ao lado). “Seis litros de líquido foram retirados de dentro do meu peito, mas era gerado novamente. Os exames laboratoriais davam resultado normal e os médicos não sabiam exatamente o que eu tinha. Eu ainda tive que voltar várias vezes ao hospital para que tirassem o líquido em excesso”, relata.

Tuberculose

Por não saber a causa de seu problema, ele se sentia angustiado com a gravidade da situação. “Fiz vários exames até que consegui fazer uma biópsia que apontou que eu tinha tuberculose na pleura, que é mais rara até do que a tuberculose normal, a pulmonar. Por se instalar na pleura, a tuberculose que eu tive agravou o derrame pleural e o inchaço também estava pressionando o meu coração. Como já tinha passado muito tempo, mais de 90% do pulmão esquerdo estava comprometido e eu estava realmente com uma doença rara que poderia me matar”, diz.

Nas mãos de Deus

Ele recorda que os médicos ficaram espantados por ele estar vivo sem a ajuda de aparelhos para enfrentar aqueles sérios problemas de saúde. “Disseram que só com um pulmão funcionando era para eu estar usando oxigênio. Eu acredito que só estava vivo porque sempre coloquei tudo nas mãos de Deus. Foi nesse processo que, além de obedecer às recomendações médicas, eu usei a fé, orando e tomando diariamente a água consagrada a Deus na Universal. Eu passava a água no peito e nas costas, além de bebê-la”, detalha.

Um tipo raro de tuberculose quase o levou a óbitoSem trabalho

Ele revela que, além das dificuldades físicas, teve outros problemas: “Durante esse período, eu não pude trabalhar, pois não era recomendado nenhum tipo de esforço físico, o que poderia agravar minha saúde. Eu tinha que ficar em repouso e tomar remédios fortes. Eram quatro comprimidos grandes em jejum, todos os dias, por seis meses. Até que fui sentindo melhora”, declara.

Confirmação plena

Contudo, ao final desse processo, ainda faltava a confirmação médica de que ele estava curado. “Fiz os exames solicitados e levei ao médico. Ele disse que estava tudo bem e que eu podia voltar às minhas atividades com cautela. Sei que o poder de Deus agiu na minha vida, pois todos os dias eu usava a fé, me apegava a Deus e graças a Ele deu tudo certo. Voltei a trabalhar e minha vida segue plena. Temos que confiar em Deus. Assim eu fui curado e assim Deus pode curar quem sofre com alguma doença”, conclui.

O que é o derrame pleural?

É o acúmulo de líquido dentro do espaço pleural e ocorre por múltiplas causas. A detecção é feita por exame físico, radiografia de tórax e ultrassonografia torácica à beira do leito. A análise do líquido pleural costuma ser necessária para determinar a causa. A maioria dos derrames pleurais requer drenagem torácica e, em casos específicos, até cirurgia torácica.

O que é a tuberculose pleural?

É uma infecção da pleura (fina película que reveste os pulmões) pelo bacilo de Koch. Além de dor no tórax, tosse, falta de ar e febre, o derrame pleural pode ser um dos sintomas da tuberculose pleural. O tratamento dura no mínimo seis meses e, geralmente, inclui repouso e uso diário de quatro tipos de antibiótico.

Fontes: msdmanuals.com e tuasaude.com

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: Cedidas